Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

domingo, 26 de dezembro de 2010

Origem do nome "Roldão"

Rolando, também referidocomo Roldão (Roland em francês e alemão, Rolando ou Roldán em castelhano, Orlando em italiano, Rotllà ou Rottlant em catalão) é um personagem da literatura medieval e renascentista europeia inspirado num obscuro conde que viveu no século VIII, na época da dinastia carolíngia. Segundo a lenda, Rolando (Roldão) foi sobrinho e paladino do imperador franco Carlos Magno e morreu heroicamente lutando contra os mouros da Península Ibérica. Tradicialmente é associado a sua espada Durindana(Durandal) e seu cavalo Vigilante(Veillantif).

As histórias sobre Rolando(Roldão) e outros personagens da corte de Carlos Magno são coletivamente referidos como Matéria de França e foram objetivo de inúmeras obras literárias. Aobra mais antiga sobre Roldando é o poema épico A Canção de Rolando (La chanson de Roland), datado do século XII. A tradição chega até os épicos renascentistas italianos Orlando apaixonado (Orlando innamorato) de Matteo Maria Boiardo e Orlando furioso de Ludovico Aristo.

"Rolando (Roldão) é feito cavaleiro por Carlos Magno em uma iluminura medieval".
Rolando- Wikipédia

Carlos Magno

sábado, 18 de dezembro de 2010

O CAMINHO DA INDIGNAÇÃO


O caminho da indignação

*

. . . Este documento foi redigido quando os eventos de junho de 2005, envolvendo altos personagens, ainda não tinham vindo a público. Aos poucos este ato de indignação transformou-se num estranho grito, até agora abafado, onde se misturam raiva e tristeza, pelo Brasil e pelos brasileiros, profunda mágoa de ver a transformação desta pérola da América do Sul em paraíso da bandidagem e de quem vive aqui para burlar, sem cessar, milhões de pessoas entregues ao desespero de suas situações individuais na beira do colapso.

. . . Quantas dessas pessoas não estão imbuídas de um sentimento de derrota perante a vida quando na verdade elas são vítimas inocentes de um egoísmo que ultrapassou todos os limites da decência humana?

. . . A raiz do mal é visível todos os dias: uma corrupção pérfida, incessante! Sem que a sociedade reaja de uma maneira direta, sem violência: processar o Estado ou as autoridades competentes por não cumprir o juramento constitucional de assumir, cada um, o seu cargo para o bem do povo!

. . . Ora, sabemos que tal processo é impossível! Sabemos que ninguém irá ressarcir as vítimas de depressão nervosa causada pelo desespero do desemprego permanente ou dos empregos temporários mal pagos, mas indispensáveis para quem não tem alternativas de renda.

. . . Não sei distinguir se este grito é de dor aguda e profunda ou se é simplesmente a revolta da alma diante de um silêncio perturbador ao não ver a sociedade civil, como um todo, assumir esta indignação sem aguardar o grito de ninguém. Um grito coletivo sim, pois o custo disso é visível e sentimos, todos nós, na pele.

. . . Sinto que a sociedade civil está cansada de aceitar tudo em silêncio; ela assiste a tudo ao seu redor, vê as pessoas mais queridas chorar, entregues ao desespero, e ela fica sem saber o que fazer diante de tanta tristeza; o que fazer para que a esperança volte a ser algo espontâneo, natural do ser humano. Perder dinheiro, perder a saúde, perder entes queridos, muitas perdas acabam sendo superadas. Mas perder a esperança em dias melhores? Voltar a sonhar exige uma resposta conjunta da sociedade. Não se trata mais de menor abandonado, nem de idoso sem assistência adequada, nem de escolas deficitárias em ensino, nem saúde deixada por conta de Deus: é toda a sociedade que paga, cada um a sua maneira, as consequências de políticas desastrosas ao aceitar que o ser humano seja tratado como precioso eleitor um dia, voltando a ser, passadas as eleições, um mero "problema social". Que vexame! Posso dizer, sem dúvida nenhuma, que o Brasil em que aportei em 1965 não é mais o mesmo! Ele foi destruído, desprovido de seu espírito que encantava quem quer que chegasse de países onde reinam conflitos graves. É verdade que o Brasil cresceu, evoluiu, mas por que não permitiram ao elemento humano ter um nível de progresso compatível com tantas riquezas que surgiram desde então?

. . . A razão dolorida começa a delirar e exige que o redator pare e volte ao texto original, explicativo de uma indignação muito mais extensa expressa no Manifesto complementar. Antes peço desculpas por certos delírios, afirmando que não há intenção de ferir ninguém, mas chamar a sociedade como um todo a ver os rumos desta nação que foi tirada de seu caminho porque simplesmente arrancaram os trilhos do trem. Este vai a toda velocidade ao encontro de seu destino. Cuidado!

. . . Eis os motivos pessoais primeiro.

. . . As vésperas de 2007, antes, portanto, de fechar o ano que transcorreu, surgiu uma necessidade intima de manifestar o meu repúdio por uma série de fatos que assolam o cotidiano brasileiro. Esses sentimentos de revolta interna vinham acontecendo há algum tempo já. Foi preciso primeiro aguardar o que sairia das urnas: triste realidade! Se muitos deputados não foram reconduzidos ao seu cargo privilegiado, outros, com sérias suspeitas de envolvimentos duvidosos, conseguiram transpor as barreiras e voltar ao cenário de Brasília. Mesmo assim, fica um estranho sabor na boca ao constatar que a renovação dos mandatos não tomou em conta os vícios da função. E estes continuam como sempre foram: nenhuma responsabilidade com o eleitor.

. . . A indignação que eu quis expressar revelou-se como uma destas fontes que não conseguimos mais fechar uma vez liberada a força que retinha a água na profundidade de nosso ser.

. . . De indignação em indignação, de análises em análises dos fatos vivenciados, acabou saindo um extenso relato que intitulei "Manifesto de uma indignação na véspera de 2007". Esse foi avançando e o grito de indignação precisou ser contido, pois eu julgava que não havia, nessa época, quem o escutasse e desse alguma importância. Eram só glórias para um Presidente que se achava superior a todos os anteriores sem deixar que a própria história dê essa interpretação. É que veio o tempo que esvazia todos os assuntos importantes: o período contido entre as festas de fim de ano até o carnaval. Com uma série de esvaziamentos: os urbanos, o político-econômico, o das questões que tomaram conta da nação ao longo do ano anterior e o da longa espera até meados de março quando se supõe que Brasília recomece a pensar as questões nacionais mais imediatas. Se não resolverem primeiro garantir questões internas partido-eleitoreiras!

. . . Enquanto isso, uma estranha serenidade reina no palácio dos congressistas e no país das maravilhas que destoa com a pressa de solucionar problemas cruciais do povo em geral.

. . . A indignação, sob suas mais diversas formas, está aí para tentar lembrar que nem todo silêncio é consentimento, nem toda passividade é aceitação dos fatos como irreversíveis.

. . . Sentimo-nos fracos, isolados, sem que essa fraqueza e isolamento esvaziem o nosso consciente; fortalecidos por nossa vontade de deixar rastros, mesmo ínfimos, do não aceite de um sistema absurdo que deixa florescer expressões de pátria amada ao mesmo tempo em que se omitem as consequências de atos que emanam de seus vícios, de aceitar que uma volúpia voraz coloque o Brasil, pátria enorme e generosa, no nível de paises desgraçadamente pobres!

. . . Enquanto uns clamam por uma pátria igualitária e justa, outros continuam insistindo no erro de achar que o estado de seus bolsos é mais importante que a felicidade pátria!

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Precedentes

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. . . (Este documento foi revisto e enviado para divulgação pública diante dos fatos graves oriundos do próprio Congresso, quando ao fechar o Ano 2010 o Congresso votou por aumentar de maneira unilateral os seus salários e dos escalões mais importantes da nação, com índices nunca aplicados aos subalternos (mais de 61%), isto é, ao povo em geral, em todas as camadas do povo, desde os lixeiros e catadores de rua até engenheiros e advogados, passando por enfermeiras, médicos e todo tipo de mão de obra indispensável para garantir a função minimamente decente de trabalhar para o bem da nação como um todo; pois não haveria nenhuma riqueza que pudesse zombar ou ignorar a importância de todas as profissões que garantem o funcionamento desta nação.)

. . . Quando avançam os argumentos que as responsabilidades assumidas exigem salários de acordo, garantindo também que é um meio de lutar contra apropriações indiretas de somas vultosas, só sobra o simples contra-argumento de que ninguém obriga ninguém a ser candidato: a renúncia está aí para qualquer um que se sentir mal pago. Seria mais honesto ir oferecer os seus serviços em empresas que valorizam seus talentos!

. . . Esta "introdução" ao consequente manifesto de mesmo nome se tornou necessária diante do volume insuportável que a indignação passou a dominar este personagem testemunho da história de um Brasil onde o destino da enorme maioria está nas mãos de uma ínfima minoria.

. . . O tempo do silêncio acabou. A vida pode ser arrancada da gente como tantas outras estão sendo ceifadas por mãos misteriosas. Mas silenciar leva a uma morte pior ainda quando ela invade a nossa alma deixando-nos nos sentir impotentes e testemunhas caladas de cenas absurdas num país que tem tudo para ser uma das nações mais felizes desta esfera terrestre que gira misteriosamente dia e noite e que inspirou um lindo slogan partidário "O sol nasce para todos".

. . . Infelizmente, ao considerar justos reajustes salariais com tamanhas proporções, os deputados parecem afirmar que existem mais de duas categorias de cidadãos: o de primeira classe, como eles, e os escalões de cima e de segunda, terceira e mais classes até chegar ao salário mínimo que acaba sendo uma clara demonstração da péssima distribuição de rendas no Brasil.

. . . Será possível não entender esta indignação que se alastrou até a presente data, 17 de dezembro 2010, e que não perderá suas razões de ser nos próximos anos. A menos que a sociedade civil intime seus eleitos a mudar de postura e assumir novas responsabilidades para acabar com este cenário de um Brasil extremamente rico no Congresso e um Brasil extremamente complicado, socialmente, nas pontas.

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São Paulo, 17.12.2010

Toufic Attar

Pela cidadania reconhecida, participativa e exercida livremente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

BARÔMETRO GLOBAL DA CORRUPÇÃO

No dia 9 de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Corrupção, às 9h30 de Brasília, a Transparência Internacional lançou o Barômetro Global da Corrupção, que é uma pesquisa de mais de 90.000 pessoas comuns em 86 países, incluindo o Brasil.
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O press release está disponível em português. Os resultados para o Brasil estão disponíveis pela primeira vez, e mostram:

- Nível de propinas – quantas pessoas pagaram propina nos últimos 12 meses

- Quais instituições são consideradas as mais corruptas (partidos políticos, judiciário, seitas religiosas, etc...)

- Se os brasileiros pensam que a corrupção aumentou, ficou no mesmo, ou diminuiu nos últimos 3 anos.

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Resultados internacionais estarão disponíveis para 86 países e para 9 países da América Latina.

Alejandro Salas, o Diretor Regional das Américas, esteve em Brasília nos dias 8 e 9 de dezembro, disponível para entrevistas nos números 491.2522 e 889.7892. Ele é fluente em inglês e espanhol.

Os materiais estão disponíveis em inglês, francês e espanhol:

www.transparency.org

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Expressões Novilinguisticas



EXPRESSÕES NOVILINGUISTICAS







Foi um escritor anticomunista, creio que anarquista, de quem não me lembro o nome, quem criou essa expressão: novilíngua. Acusava os comunistas de mudar o sentido das palavras: guerra queria dizer paz, e coisas assim.



É preciso notar que esse processo de enganação de fato ocorre, mas como arma do capitalismo.



Tantas palavras são assim desvirtuadas e usadas em discursos ideológicos capitalistas (pleonasmo?). Socialismo, liberdade, direitos humanos, democracia, são exemplos.



Democracia, para começar, é o que nós, comunistas, queremos. Não que esse seja um objetivo. Nosso objetivo é a qualidade de vida para os trabalhadores, para o povo, e estamos convictos de que esta só se consegue no socialismo. Para esclarecer a palavra gasta (até o presidente da FIESP está no Partido Socialista), é preciso dizer que nosso socialismo é o leninista, caracterizado por democracia mais planejamento (que é um sentido do centralismo democrático). Assim, a democracia é condição necessária, mas não suficiente. E é preciso mostrar que a democracia dos capitalistas é a ditadura do capital. A democracia burguesa, que dizem ser “representativa”, certamente não é representativa dos interesses das maiorias, dos trabalhadores, intelectuais, estudantes. Como vemos em todas as eleições, e cada vez mais, a representatividade é minada pelo poder econômico e pelo processo de deseducação política do povo na luta ideológica. Precisamos, enfim, recuperar a democracia como um conceito revolucionário, de conquista do poder popular. Dar ao conceito o caráter dinâmico, dialético. Adam Shaff, marxista polonês, dizia que “liberdade não existe: o que existe é libertação”. Essa visão dialética, dinâmica, de processo, se aplica também à democracia: o que se busca é o processo de democratização, vinculado ao crescimento da consciência e da participação popular. Na luta ideológica e na luta posicional. Aqui se insere nossa tese de que os comunistas precisam conquistar estações de rádio. Lênin dizia que sem um jornal não se faz revolução. Dizia isso por não haver, na época, estações de rádio. Popov não havia, ainda, inventado a antena. Está claro que nunca conquistaríamos “uma estação de rádio para os comunistas”, pois a classe dominante quer segurar suas rédeas. Mas se defendermos a ideia de que “cada partido tem que ter sua estação de rádio, para que a classe dominante possa falar em democracia”, teríamos mais chances na luta. Ou o risco é o de que a classe dominante deixe de falar em democracia e parta para o fascismo, que sempre é a saída quando se vê acuada. Mas ela perde a capacidade de enganação. Ela já vem perdendo essa capacidade com a internet, ainda que para cada verdade colocada na rede ela coloque cem mentiras, e os acessos fiquem enclausurados.



Outros exemplos de novilíngua são as consignas de “qualidade e produtividade”. É claro que os comunistas querem que os produtos fabricados pelos trabalhadores tenham qualidade, pois eles serão também consumidores. Mas a “qualidade” que interessa ao capitalista é apenas a de tornar vendável o produto, com toda a enganação do marketing e do design (palavras inglesas não por acaso). Na guerra e na publicidade, a primeira vítima é a verdade. E “produtividade”, para os comunistas, tem o sentido econômico e ecológico de evitar desperdícios. Para os capitalistas, produtividade é maior exploração do trabalhador, mesmo que implique mais desperdícios e ineficiências, como no processo de competição destrutiva entre empresas. Por isso me preocupa que documentos nossos, na área sindical, proclamem que somos contra a “qualidade e produtividade”, sem esclarecer que somos contra o conceito capitalista de tais termos, conceito vinculado à exploração e enganação.







Ernesto



Caracas – outubro 2010











OUTROS PROBLEMAS DE LINGUAGEM







Quero levantar aqui o problema de duas expressões comuns nos textos marxistas. É o problema das traduções de Marx criando um jargão, o “marxistês”. Um jargão é uma linguagem “só para iniciados”. É como em minha área de trabalho, a logística, em que encontro, entre outras barbaridades, esse terrível “modal de transporte”, em lugar de, simplesmente, “modo de transporte”. O problema é esse simplesmente: falar simplesmente é considerado pobre. Deve-se falar complicadamente para se destacar dos comuns mortais, aparentar uma espécie de superioridade.



A criação desse jargão, o “marxistês”, não tem nada a ver com essa pretensão de eruditismo, e muito menos com a criação de uma novilíngua destinada à enganação. É, apenas, um problema de tradução difícil.



As expressões de Marx que me intrigam referem-se a conceitos fundamentais: “valor” e “força de trabalho”. Em Marx, existe o “valor de uso”, o “valor de troca” e o “valor”. Em bom português, um substantivo sem qualificativo deve ter um sentido geral, que engloba os diversos sentidos particulares. Assim, “valor de uso” é um tipo de “valor”. “Valor-trabalho” é um tipo de “valor”. “Valor de troca” é um tipo de “valor”. Isso em bom português, mas não em “marxistês”. Nesse jargão, “valor” significa, especificamente, “valor-trabalho”. O conceito é corretíssimo e importantíssimo no marxismo. O valor de troca de uma mercadoria é determinado, tendencialmente, pela quantidade de trabalho envolvido em sua produção, o “valor-trabalho”, em condições tecnológicas médias de produção, socialmente normais, de trabalho abstrato (genérico). Não discuto aqui o conceito, um tanto complexo, mas a terminologia confusa da expressão “valor” com um dos significados específicos. Em alemão, o processo de formação de palavras é distinto do que ocorre em português. Seria bom que os tradutores levassem isso em consideração em proveito da clareza, que Marx merece.



A outra expressão, que já comentei em outros textos perdidos na rede, é a tal “força de trabalho”. Marx, com certeza, nunca falou em “força de trabalho”, pois, com certeza, não falava português. Ele falava em “arbeitskraft”, e “kraft” pode ser traduzido como “força”, mas pode ser, dependendo do caso, mais adequadamente traduzido como “capacidade”, ou “potência” (em inglês “power”, não “force”). Pode-se, por exemplo, falar em “kaufkraft”, que seria “capacidade de compra”, ou “poder de compra”, nunca “força de compra”. O uso corrente da tradução incorreta “força de trabalho” dá uma ideia falsa de que o trabalho está, necessariamente, ligado a uma força física. Pode estar ligado a uma força física, geralmente está, mas pode estar ligado a uma capacidade intelectual, inclusive do operário, que também é explorada, e muito, pelo capitalista.



Há outros problemas de entendimento das palavras. É comum lembrarem um texto inicial do Manifesto: a história é a história da luta de classes. Essa afirmação, assim descontextualizada, me parece estranha. Busquei o original na internet: “Die Geschichte aller bisherigen Gesellschaft ist die Geschichte von Klassenkämpfen”. O fato é que há na história muitas ocorrências importantes, como as grandes guerras, que são lutas dentro da mesma classe, entre facções da classe dominante, e não lutas de classes. Mas o que se deve entender é o conceito marxista de história das sociedades como “transformações das sociedades”. As guerras intra-burguesas, como pouco ou nada transformam (a não ser quando as classes dominadas se aproveitam do enfraquecimento dos dominadores beligerantes para se impor – como ocorreu na revolução russa e na Europa oriental na derrota do nazismo) não fazem parte da história, no sentido marxista. Aqui não é um problema de tradução, mas de entendimento.







Ernesto



São Paulo, dezembro 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Projeto obriga os POLITICOS a matricularem seus filhos em escolas públicas.



http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública..

As conseqüências seriam as melhores possíveis.
Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDEIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.

Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país.
O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.


PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

PARABÉNS PARA O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE.
BOA SORTE JUNTO A SEUS PARES.

IDEIA SENSACIONAL!
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007

Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º
Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º
Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICAÇÃO
No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais –vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República – deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil..
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.
Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações – uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo –, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.
Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

Sala das Sessões,

Senador CRISTOVAM BUARQUE

NADA MELHOR QUE ESSA LEI PARA SANAR O ENSINO PÚBLICO