Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Audiência do Orçamento

A V I S O

A Audiência Pública do Orçamento 2012 nas Subprefeituras ocorre no dia 31/08/2011, 18h às 21h30.
Na Subprefeitura do Butantã: Rua Ulpiano da Costa Manso, 201 - Jardim Peri-Peri.

INDIGNAÇÃO & SILENCIO (S)

A OCDC - ORGANIZAÇÃO CULTURAL DE DEFESA DA CIDADANIA ENTENDE QUE A DEFESA DA CIDADANIA EFETIVA PASSA PELO RESGATE DA CIDADANIA DIGNA, RESPEITADA EM TODAS AS MANEIRAS DE SER.

Sendo este espaço reservado á LIBERDADE DE EXPRESSÃO surgiu a necessidade de exteriorizar publicamente os sentimentos de indignação que domina há muitos anos o nosso cotidiano. Isto leva a refletir sobre as estranhas ligações entre silêncios, omissões e passividade sob o enfoque dos quentes acontecimentos mundiais ao Norte da África e proximidades.

Durante o mês de setembro próximo apresentaremos aos nossos leitores divagações de quem há muito tempo está indignado ao ver como um país tão rico como o Brasil dilapida fortunas colossais sem nunca resolver seus graves problemas internos.

Há um estranho silencio composto por uma soma de silêncios que dominaram e ainda dominam a nossa História no momento que lá fora o momento é da quebra do silencio que parece predominar e liberar a ira de massas incontidas clamando por Liberdade e Democracia.

Ao leitor será preciso de uma longa paciência, pois de divagação em divagação, a mente da gente acaba abraçando a História contemporânea além dos limites dos eventos relatados.

Por ser um blog de Defesa da Cidadania é natural focar o fato de que abusos contínuos à dignidade humana, ao longo dos anos, acabaram por levar massas de diversos países, iradas, às ruas, com as conseqüências que estamos assistindo e de futuro ainda imprevisivél.

Escutamos de cara oescritor Amim Maluf, radicado na França, citar num dos seus livros esta sentença premonitória:

“ J’ai la profonde conviction, en ce début de siecle (1900) que, si l’Orient ne parvient pas a se réveiller, bientôt c’est l’Occident qui ne pourra plus dormir.” Amin Maluf Saramande La fin du millénaire

"Eu tenho a profunda convicção, neste inicio de século, 1900, que, se o Oriente não conseguir despertar. logo logo é o Ocidente que não vai mais conseguir dormir. "

Os últimos acontecimentos mostram isto. Tunísia, Egito, Líbia, regimes abalados do Iemen e Síria. mobilizando massas importantes em Israel pedindo mais presença social do governo, criando graves problemas para Europa com a questão cada vez mais crucial da fuga em massa em busca de paraísos de paz (e possível trabalho). Mal se sabe onde vão parar ainda. Mas já criaram perplexidades, angústias e medos diante dos próximos a cair e das incertezas do que advirá de tudo isto. Gente conciliadora e disposta a dialogar ou gente cheia de hostilidades semeando mais ódios e mais obscurantismo? O importante agora é que a quebra do silencio e suas consequencias vão exigir respostas onde a dignidade humana será a palavra chave. Inchallah! Oxala! Tomára! Até breve e boa reflexão...Teo

domingo, 21 de agosto de 2011

Onde começou o CEO





* Publicado no então Jornal da Vila Sônia, às vésperas da posse da Prefeita Marta Suplicy, este artigo delineou o que deveria ser um CEO (a sigla CEU tinha sido descartada, por pretensiosa). Das ideias abaixo, o autor deixou de defender a Universidade Municipal, porque as vagas pedidas foram aumentadas nas universidades federais e estaduais. Exemplar do Jornal com o artigo foi entregue ao então futuro Secretário de Finanças da Prefeitura João Sayad.
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Fazer da cidade um jardim



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Cacildo Marques (*)



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* Se os antifascistas todos não colaborarmos com a prefeita nos próximos anos, para que sua gestão melhore a cidade, teremos em seguida a eleição do partido da ditadura, o PPB, para comandar o Estado, ou até o país. Um jardim não significa apenas o lugar físico, cheio de árvores e flores. É antes uma metáfora, lançada na recomendação de Voltaire: 'cultiver son jardin', que significa 'manter uma vida saudável, fazendo aquilo que convém e que dá prazer'. Popularmente, fazer de um lugar um jardim é um modo de dizer que se vai transformá-lo num lugar muito bom.



* Mais verbas. Antes de qualquer coisa, temos de pôr 'brainstorms' em ação para trazermos à luz idéias sobre como arrecadar mais, ou como otimizar os recursos disponíveis. E um primeiro lampejo que surge é a respeito da demagógica isenção do IPTU para imóveis abaixo de certo valor, forma marota de compra de votos. Pois os donos de pequenos imóveis são proprietários, livres do aluguel, e podem pagar a cota de IPTU que lhes cabe, e que é pequena. Não se aboliria de chofre a isenção, que isso não seria político, mas deve-se enviar o carnê para todas as propriedades. Aquelas que pela lei atual estão isentas devem receber esse documento com a anotação 'pagamento voluntário'. Pode-se imaginar algum prêmio, que pode ser por sorteio, para incentivar os pagantes dessa modalidade.



* Universidade. Para resgatar a cidade são necessários mais recursos. Pois a universidade municipal, por exemplo, é uma necessidade, uma vez que o número de vagas públicas em cursos universitários é muitíssimo pequeno em São Paulo, e a USP já é uma instituição gigante, não cabendo cobrar dela aumento de vagas.



* Mananciais. Os mananciais devem ser transformados em locais turísticos, com ciclódromos, pistas de'jogging', pomares, gramados para piqueniques, tudo protegido por guardas florestais.



* Rios limpos. Dia desses sonhei que havia acontecido com o córrego que passa perto de casa aquilo que há anos imagino para o Tietê: o esgoto corria em canaleta coberta paralela ao leito límpido e piscoso, sobre o qual não se despejava nenhuma sujeira. Sem mais enchentes. É necessário deixar a chuva voltar a penetrar o solo das ruas e avenidas, pois o fenômeno da enchente surgiu depois que tudo foi coberto com asfalto. Registrei na Biblioteca Nacional anos atrás a idéia dos 'ilhoses de permeabilização', que são anéis de cimento, com grama ou arbusto ao centro, dispostos nas laterais das vias públicas.



* Escolas de período integral. Convém fazer de algumas escolas projetos pilotos de ensino em período integral. Segundo proposta defendida por Roldão Soares e por Eliseu Gabriel, isso deve ocorrer em bairros violentos, nos quais as crianças precisam estar mais resguardadas dos riscos que a rua oferece. Cada uma dessas escolas passa a contar com um local anexo chamado CEO (Centro de Entretenimento e Oficinas), onde o aluno fica um dos períodos do dia, junto com inspetores de alunos, em atividades instrutivas, lúdicas e culturais, como esportes, leituras, treino de datilografia, pesquisas, elaboração de trabalhos das disciplinas da grade regular e assim por diante. O aluno que tem aula no período da manhã fica no CEO à tarde, e vice-versa.



* Novo currículo. A escola continuará um martírio para as crianças se as matérias continuarem como estão. Urge mudar. As dez disciplinas do Ciclo Fundamental I devem ser: Português, Matemática, 'Geometria', Ciências, História, Geografia, 'Ética e Etiqueta', 'Desenho Artístico', 'Canto Coral' e Educação Física. As dez disciplinas do Ciclo Fundamental II (alunos de 12, 13 e 14 anos) devem ser: Português, Matemática, 'Geometria', Ciências (Biologia/Química/Física), História, Geografia, Língua Estrangeira, 'Teoria Musical', 'Técnicas Manuais' e Educação Física.



* A arte do mês. Cada mês do ano deve ser dedicado a uma arte. A Secretaria de Cultura, com patrocínio de empresas privadas, deve promover festivais relativos a cada uma dessas modalidades. Janeiro - Pintura; fevereiro - Escultura; março - Teatro; abril - Desenho e Artes Gráficas; maio - Paisagismo; junho - Dança; julho - Música; agosto - Literatura; setembro - Cine e Vídeo; outubro - Arquitetura; novembro - Culinária; dezembro - Decoração. A indústria do turismo só ganhará.






(*) Cacildo Marques é professor




domingo, 7 de agosto de 2011

Indignaçao e silencio: causas ou consequencias?

Desde os tempos das "Mudanças Já" e da série de eleiçoes posteriores, vi o cenário social brasileiro se deteriorar de maneira preocupante acompanhado sempre de uma sentença portadora de esperança: "pior do que está é impossivel"!
Os diversos governos, todos conhecem de quem se trata, prometeram governar por um Brasil melhor, certos de que o desenvolvimento economico seria consequente de um desenvolvimento social mais equitavel. Todos cantaram vitórias e louvores para si mesmo como se governar bem fosse um favor e não uma obrigaçao. Destes tempos longiquos portadores de esperança portanto foi se desenvolvendo em mim uma espécie de indignaçao permanente, um estado de coisas que me fazia reagir a cada vez que denuncias graves irrompiam no cenário nacional (e internacional, como a situaçao dos clandestinos brasileiros lá fora quando a politica de reciprocidade nunca é aplicada, até hoje). De indignaçao em indignaçao fui colhendo reaçoes que pouco diferiam umas das outras: "Você nao sabe em que pais está" e "no Brasil é assim", triste consolo de quem acredita que uma boa gestao pública, durante algumas décadas, ajudaria a sanar boa parte das mazelas sociais aqui existentes.
Foi assim quando tentei reclamar da Telefoonica no Procon. A pergunta: porque no Brasil a ficha telefonica, hoje cartao, não tem um preço fixo, igual no resto do mundo dito civilizado? Porque a mesma Telf vende cartoes nos terminais rodoviarios como se fossem mercadorias e nao serviços? Na França que saiba, como na Espanha e demais países da U.E. é possivel comprar cartao em qualquer lugar, tabacarias em geral, sem pagar um tostao a mais? O serviço prestado pelos que repassam estes cartoes é embutido no preço público, ficando um acerto interno entre Servidor Publico e seus agentes. Porque aqui não podieria ser igual ao ter-mos a Telefonica espanhola? Resposta: Você nao sabe em que país está? Ademais a legislaçao nacional permite isto. Porque não mudar então? Ah! como a gente é chato quando queremos retificar distorçoes do sistema!
Prometo voltar com mais exemplos destes. Aos leitores e apoiadores de uma cidadania mais respeitada vai o convite de citar seus próprios momentos de perplexidade e indignaçao pessoal.
É preciso que a indginaçao seja pública, quebrando o silencio atual. É preciso que ela saia do campo pessoal para permitir a visão de que são problemas coletivos que atingem todos e todas! Menos aqueles beneficiados por amplos financiamentos públicos que tornam gratuitos serviços de correio, de gasolina, de carros a disposiçao. Esses são cidadaos superiores que vivem fora das fronteiras brasileiras pois acham normal usufruir privilégios enquanto a maioria absoluta da populaçao luta para sair da lamentável sina de tentar sobreviver, a qualquer custo, ao ponto de aceitar que a corrupção desenfreada que assola terras (e vidas) brasileiras nao poupa ninguém de suas consequencias. E nós, cidadãos comuns, sentimo-nos como que abandonados por quem promete maravilhas em momentos de acolher nossos votos nas urnas.
É possivel mudar isto! É possivel mudar este trágico rumo. Vejam lá fora, Paises Arabes, Espanha, Israel, onde as massas lembram aos governos locais que é tempo de ensar a politica diferente.
A indignaçao e a quebra do silencio (no plural seria melhor) são as melhores armas, pacificas é importante dizer isto, para alertar os responsáveis pela catastrofe socioeconomica: cuidado, as juventude particularmente, uqer sair de vãs promessas e buscar novos caminhos que faça da preocupação social um dever básico de qualquer governo, esquerda ou direita.
A juventude que clama por aí e puxa as massas está defendendo seu futuro, sem dúvida. Porém ela não fala somente de seus interesses! Ela deixa claro que é no momento presente que as coisas têm que começar a mudar. Esta juventude é porta-voz de seus pais, seus familiares, de idosos, crianças, desempregados ou empregados precários. Será que no Brasil nada disto é verdade? Será que estámos em outro planeta e que nada disto mexe conosco? Indignaçao? Silencio? Omissão? Participaçao cidadã? Janelas existem, muros invisíveis podem ser derrubados, dependendo das opçes escolhidas!~....Peço desculpas por erros no texto. Mente indignada é dificil de controlar!
Até breve
Teo

H.C; QUANDO A FALTA DE HIGIENE É GRAVE

Sou usuário frequente do HC (Hospital das Clinicas) e venho tornar públicos alguns pontos que me deixam perplexos quanto a este mais famosos centro de saúde do Brasil.
Nao venho falar aqui da competencia profissional dos médicos. Nao é disto qe se trata aqui. Mais competentes que eles sejam, me pergunto como podem conviver, sem eles mesmos se sentirem indignados, mas impotentes, diante do estado dos banheiros públicos da ala conhecida como Predio dos Ambulatórios.
Por ali passam diariamente milhares de pessoas portadores de doenças, uns graves, outros menos, fragilizados por um estado de saúde que os obriga a estar ali. Quem tentou entrar naqueles banheiros? Num Hospital onde uma das maiores preocupaçoes é a infecçao hospitalar, isto nao poderia acontecer. Tenho certeza que nao compete ao médico bverificar o estado dos banheiros nem zelar por sua higiene. A quem compete isto e porque nao tomam as providencias de oferecer a decencia de aendimento a cidadaos justamente que nao reclamam porque (como eu) se sentem privilegiados em relaçao aos demais ao serem atendidos enquanto milhares estão na fila aguardando a sua vez.
Outro ponto grave: os elevadores de acesso que leva a rampa de embarque/desembarque das Rebouças, até a passarela. Ali consta que a prioridade é do cadeirante.....mas o tamanho da gaiola deixa dúvidas quanto a eficiencia deste serviço ao ser bem estreita. São intervençoes pequenas e nao necessariamente custosas que poderiam demostrar mais respeito a cidadania.
Se presidentes, deputados e outros, frequentassem tais banheiros públicos e tais elevadores, certamente a situaçao seria outra. Quando vao normalizar estas anomalias?
Este espaço está aberto para quem quer apontar outras anomalias ou questoes graves relativas a Saúde Pública.
Teo