O J. Havelange foi presidente da FIFA na época dos fatos. Seu vice estava ansioso por assumir seu lugar pois o seu rival e parceiro parecia eterno no cargo. Como foi R. Teixeira por aqui. O Sr. Blatter assumiu e, décadas depois, aguardou o estouro do escândalo que sacudiu a opinião pública para anunciar novos tempos: isto em 2012! Nestes termos.
“Novo código de conduta da Fifa promete ser rigoroso contra a corrupção”
Madri, 26 abr (EFE).- A Fifa anunciou nesta quinta-feira que apresentará seu novo código de conduta no Congresso da entidade, que acontecerá em Budapeste, na Hungria, nos dias 24 e 25 de maio, com texto que rejeita e condena toda forma de suborno e corrupção ligadas ao futebol.
O regimento terá que ser cumprido por todos os países membros da Fifa e é composto do onze princípios. Além do combate as fraudes, o documento também reafirma o desejo da entidade "desempenhar um papel pioneiro na luta contra as drogas e o doping no esporte".
Outro ponto de destaque do novo código de conduta é a intolerância contra discriminação por qualquer motivo, além não aceitar nenhuma forma de assédio moral ou físico.
O Fair Play, o esporte aliado a responsabilidade social e o meio-ambiente, são outros dos princípios que estarão no documento. Com as mudanças, o objetivo da Fifa é cobrar clubes e entidades a "manter a transparência e cumprir suas obrigações através de controles internos necessários".
Nao é irónico falar de Fair-Play depois de tudo isto? E ainda mantendo sob sigilo as verdadeiras conclusões, inteiras, sem censura, do processo! Graças ao processo parece que despertaram sobre a necessidade de trazer de volta o Fair-Play nos bastidores do futebol. Que bom!
O verdadeiro papel do Blatter ficou em zonas de sombra enquanto os advogados da defesa (do Havelange e Teixeira) apresentaram argumentos tipo “não há nada de repreensível na atitude deles pois nos países de origem é assim mesmo"! E nos países dos coadjuvantes como é? Inclusive na Suíça onde, recentemente, um clube local de futebol dominou o noticiário local?
Ao aceitar acertos de contas como pagamentos de multa para chegar a um acordo entre as partes, o processo deixou de especificar se tais atos eram corrupção ou algo bem próximo a ela. A menos que fez e esta parte ficou engavetada procurando salvar outros personagens importantes.
Não obstante, tais argumentos usados na corte suiça, destoam completamente das mensagens de tolerância e de harmonia entre povos e nações lidas em campos de futebol. Pior ainda, ao assumir a presidência (não é de ontem que o Havelange se afastou da presidencia sem perder suas influencias) deixou de providenciar uma auditoria salutar nas contas da entidade.
Usar a justiça suiça para diferenciar suíços e europeus de outros, não-europeus, para amenizar mesmos crimes, é algo que deveria ser verificado por quem defende uma justiça republicana justa e democrática na Suiça mesmo e na U.E. onde escandalos de percas fabulosas de grana parecem ter relação estreita com a fenomenal crise economica pelo mundo. Não caberia á justiça dizer quem é quem, o que fez e qual seu papel, corrupto ou corruptor, ou até inocente? Doe a quem doer! Com a crise mundial em busca de novos parametros de transparencia total é preciso acabar com zonas de sombra de quem ainda detém poder na FIFA ou qualquer outra entidade deste gabarito.
É curioso ver como a FIFA aceitou manter o Sr. Blatter apesar de tudo ao mesmo que o Havelange perdia seu podium e o Teixeira saía rapidamente pelas portas do fundo da CBF. A tempo de poder receber, oficilamente, com todas as honras do cargo, o Sr. Blatter no Planalto! Essas zonas de sombra ainda blindam certos personagens!
O mais elementar nos países democráticos é renunciar ao cargo enquanto não inocentam o sujeito metido em encrencas.
Há ainda outros fatos a realçar : a FIFA perdoou e não exigiu a restituição de um dinheiro que aparentemente não lhe faz falta! Deixando entender que não foi roubo nem desvio de caixa. Apenas jeitinhos toleráveis! Deixando os dois compadres com uma bolada nada desprezível e que permite vida de nababos....pelos preciosos serviços prestados a FIFA e Cia!
Assim, seria elementar agradecer a justiça suiça por ter permitido revelar as conclusoes do processo, ainda que em partes. É de esperar que um belo dia o restante virá a tona se certas linguas, até agora amarradas, começam a se soltar. Quem sabe o teor das surpresas ali escondidas?
Tpdo caso, em vista de tudo que este processo deixa pendente, é tempo que os amantes do futebol passem a exigir menos complacencia com quem usa seus poderes para manipular, em benéficio próprio, os bastidores do futebol. É a CBF, como fica com tudo isto? Para a saúde da futura Copa no Brasil (e das finanças resultantes) seria preciso que a própria Justiça brasileira mostre sua verdadeira independencia e ajude a sanear o ambiente. Quem sabe se com isto teriamos de volta, pelo mundo, o futebol arte a mandar mais que o futebol que fala em bilhetes verdes! Que o espetáculo continue......