** Muito se tem reclamado, e com razão, das aposentadorias de governadores em vários Estados, alguns pela passagem de poucos meses no cargo, com valores entre 15 mil e 24 mil reais mensais.
** Tais valores são escandalosos diante do salário que os trabalhadores recebem, mais ainda ante os proventos mensais pagos pelo INSS aos aposentados pela CLT. Mas a ideia de aposentadoria aos ocupantes do poder executivo, governadores e prefeitos, com pelo menos um mandato completado, não é algo errado em si. O problema é o numerário.
** Vamos então a uma remuneração democrática: um salário mínimo por mês, nem mais nem menos, com proibição expressa de alteração nesse ganho. E sem extensão aos descendentes!
** Desvantagens:
**.. (a) é um valor muito pequeno para alguém que foi governador;
**.. (b) a determinação de não se poder aumentar essa relação parece uma camisa de força, talvez humilhante para um ex-governador.
** Vantagens:
**.. (a) os cidadãos se sentirão confortáveis sabendo que não há um privilégio escancarado em favor de um ex-governante;
**.. (b) em pouco tempo o salário mínimo brasileiro terá um nível compatível com o dos países civilizados!
** Cacildo Marques
** Para ver artigos em inglês:
domingo, 23 de janeiro de 2011
Aposentadoria de governadores
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
José Bonifácio - Primeiro Premier brasileiro
Dos índios e das coisas do Brasil
*
** O sistema sobre os índios, que segui na minha Representação à Assembleia, deve ser um pouco alterado: em vez do sistema de missões, talvez o sitema de aliança e comércio será o melhor, e para conter os aliados adotar o sistema das colônias romanas, e para a catequização o dos padres morávios - pôr mestres de escola em todas as aldeias dos índios nossos amigos - pôr estes e os missionários debaixo da proteção imediata do Império, fazendo conhecer aos índios que qualquer crime ou opressão que fizerem será vingada terrivelmente - todos os caciques serão confirmados pelo imperador, e receberão um uniforme adaptado ao clima e um bastão de honra. Cada aldeia terá um conselho composto dos velhos mais respeitáveis, em que entrará o pároco, ou o mestre-escola da aldeia - no centro das aldeias dos indígenas se formará uma colônia à romana portuguesa para vigiar sobre a justiça e boa harmonia das aldeias livres. (...)
** Os índios bravos têm horror a tudo o que cheira a escravidão. Os índios desapareceram da costa pelas guerras de extermínio, cativeiro e bexigas, e talvez o gálico. Juntemos a isso a fome terrível de 1564, que os obrigou a vender os filhos, as mulheres e a si próprios aos colonos. (...)
** Dar aos índios as terras de que precisarem para formar sítios, dentre as da Coroa, ou das vastas sesmarias não aproveitadas, ou não demarcadas e confirmadas.
** Vacinar os índios.
** Para fortalecer a constituição física dos índios introduzir o uso das carnes, e diminuir a dieta vegetal, e sobretudo livrá-los da cachaça, que os enfraquece e mata (...).
** Em São Paulo morrem infinitos brancos hidrópicos pelo demasiado uso da cachaça. (...)
** A maior infelicidade que suportou a massa geral dos homens foi a conquista do Novo Mundo. Aventureiros sem moralidade e sem freios foram irritados pela cobiça, e se tornaram tigres carniceiros. (...)
** Os índios não devem ser obrigados a trabalhar forçados; e os mansos, depois de ensinados, devem entrar na sociedade geral dos cidadãos.
** (...)
** A dissolução da Assembleia foi mais que um crime, foi um erro palmar. (...)
** Por que razão fui preso e deportado? Eis o motivo, segundo La Fontaine: "Et la raison/ C'est que je m'apelle Lion:/ A cela l'on n'a rien à dire." (E a razão é que me chamo Leão: quanto a isso, nada a dizer). (...)
** Pérfido Pedro, quando me fazia amizades com a metade do rosto, com a outra se azedava da minha popularidade e no seu corrompido coração tramava calúnias, que espalhava contra mim (...).
** O Brasil agora é feito para a democracia, ou para o despotismo? - errei em querer dar-lhe uma monarquia constitucional. (...)
** Os rios majestosos correm em silêncio. (...)
** A liberdade de imprimir é para as ciências como o oxigênio para a vida animal. (...)
** Fiz mal de aceitar o ministério; fiz ainda pior em fiar-me na palavra de um príncipe falso e egoísta - não nasci para ser dissimulado com arte.
*
José Bonifácio de Andrade e Silva (trechos do livro 'Projetos para o Brasil')
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Livros para baixar
** Alguns livros de Cacildo Marques podem ser baixados gratuitamente na página do autor, entre eles 'Elegia ao Ensino Destruído', publicado em 2005. Trata-se de um livro-poema, de 185 estrofes, relatando o processo de deterioração do ensino brasileiro e apontando causas e possíveis soluções.
** Depois de carregar a página, clique no livro escolhido. O endereço é:
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
VIDA NA ROÇA
Como é bela a vida lá na roça
Na calada d'uma noite hibernal
Uma luz brilhando lá na choça
À espera da aurora matinal!
O galo canta anunciando o novo dia
De mansinho vem o sol a clarear
Com seus raios de fogo e energia
Para todo sertão se acordar.
Assim passa um dia de luta e amor.
E o sol se despedindo do sertão
Seus raios formando um leque multicor
Carregando o tempo quente de verão
E mais uma noite que chegou
Com sonhos de amor e emoção!
Francisco Gonçalves de Oliveira
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
2011 de realizações positivas
A OCDC e o nosso blog estão conscientes de que o respeito da cidadania plena passa pelo exercicio da cidadania consciente e responsável. Em qualquer partido sejamos, ou mesmo sem nenhum, é preciso sempre lembrar que é a felicidade do ser humano que está imbuida no conceito da cidadania que tanto defendemos.
Com paciencia e perseverencia, com determinação e fé de que as mudanças socioeconomicas no Brasil devem apontar para uma sociedade mais justa e mais fraterna, solidária com um futuro comum a todos: o de uma nação em busca de sua grandeza. Na apenas geográfica, mas sobretudo moral, ao oferecer ao povo brasileiro e quem mora aqui, as melhores condições de vida possíveis que o seu solo cheio de riquezas permite conquistar.
A todos minha amizade
Saravá!
Teo