Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Alta Corrupção


A alta corrupção é essa que ocorre nas altas esferas do poder público e econômico, desviando milhões de reais, atingindo todos os setores da vida brasileira e que acaba se constituindo num atraso de vida, acarretando consequências graves em todas as áreas que atendem as necessidades básicas da nação, como a educação, a saúde pública e a luta contra as desigualdades sociais.

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A OCDC, Organização Cultural de Defesa da Cidadania, está consciente de que a alta corrupção é um dos piores inimigos da sociedade brasileira como um todo, impedindo-a de sair do caos social onde se encontra e que exige a mobilização de todos os recursos para erradicar as causas que provocam a deterioração da qualidade de vida no Brasil.

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Diante disto, a OCDC, apoiando o Dia Internacional de Combate a Corrupção, formula o ensejo de ver uma mobilização permanente suprapartidária para tentar reverter este terrível quadro portador de mortes e desesperanças. Uma mobilização o ano todo, a partir desse que está entrando, 2010, ano de eleições no Brasil e ano de mobilização dos eleitores.

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Se o Brasil quiser superar a péssima qualidade de seus serviços de saúde, educação, lazer e cultura, acessível a todos, é preciso mobilizar todas as forças, começando pela imprensa e meios de comunicação. A alta corrupção, acompanhada da indiferença com o sofrimento dos brasileiros, é criminosa: ela mata, empurra ao suicídio gente desesperada e mantém um povo inteiro numa luta permanente para a sobrevivência enquanto os corruptos e corruptores festejam enriquecimentos ilícitos. E morte exige um luto, de porte nacional e até internacional, já que é notório o alto índice da corrupção no Brasil e suas consequências.

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É necessário organizar um repúdio coletivo da corrupção e um convite á população para sair da indiferença e assumir a proteção obrigatória que é devida às novas gerações, incapazes de lutar contra tais males sem que as gerações anteriores semeiem a resistência contra este estado de coisas no Brasil. A luta contra a alta corrupção tem de ser permanente e lembrada todos os dias até cessar a impunidade de quem se envolve em atos lesivos à nação e ao povo brasileiro.

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A indiferença que ocorreu no mais recente Dia Mundial de Combate Contra a Corrupção é mais resultante do desalento provocado por uma sensação de impotência total diante de tal fenômeno, agravado pela própria indiferença dos partidos políticos, cujos integrantes são constantemente envolvidos em denúncias escandalosas sem que a Justiça mostre o seu real poder!

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A população não acredita mais que seja possível combater a corrupção e vê nas pessoas que tentam sacudir a passividade pública personagens utópicos, sonhadores perdidos por aí, que perseguem objetivos impossíveis. É preciso apoio decisivo e verbas para poder levar adiante uma campanha permanente mostrando as consequências e o perigo que representa a alta corrupção no país.

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A OCDC gostaria de ser parceira de uma união nacional permitindo reconstruir os espíritos, primeiro para poder enfrentar então a própria questão da corrupção que tanto ajuda a manter o Brasil, grande potência continental, num estado de anão político que mal consegue garantir a vida digna à maioria de seus cidadãos e cidadãs!



quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Butantã e o Plano Diretor

  • Em 1992, na gestão da Prefeita de S. Paulo Luíza Erundina, um seminário sobre restauração de imóveis, promovido por especialistas franceses interessados no enorme campo de obras que descobriram aqui, foi lançado no Pátio do Colégio, tendo, no dia de seu lançamento, a Prefeita e convidados, brasileiros e franceses, com tradução simultânea. A Prefeita, logo de início, deu um dado que repercutiu imediatamente entre alguns especialistas de urbanismo franceses: que a cidade de SP, bom ano, mau ano, explicando as variações, cresce entre 300.000 e 400.000 habitantes! No dia seguinte, antes de iniciar as oficinas, a platéia reunida não teve mais a tradução simultânea, mas sim um intérprete fazendo o papel de tradutor. Passa-se sobre a qualidade dessas traduções. Viu-se o seguinte, entre outras: Um especialista francês, afamado lá, por sua competência, teve a humildade de tomar a palavra dizendo o seguinte praticamente: "Me chamaram para dar uma palestra sobre o assunto. Mas eu mesmo nunca lidei com números como esses que a Prefeita forneceu. Eu peço a vocês o favor de me ensinarem como fazem para lidar com eles."

  • Outra constante, a apatia da sala diante dos palestrantes. O testemunho que trago agora me levou a observar que a corrente não tinha passado entre mesa e platéia e um mal-estar começava a reinar tipo "o que estamos fazendo aqui". Os franceses falavam por metáforas tipo "curto prazo – longo prazo". Quando solicitados a especificar o que isto significava revelaram o seguinte: curto prazo no jargão francês, disse um, era o espaço de oito anos. Diante da reação da sala espantada, outro francês corrigiu: "não, na minha região é cinco anos." Em suma, curto prazo para um plano diretor é de 5-8 anos!

  • Ao soltar as especificações de longo prazo, 30 anos, a sala ficou mais espantada ainda.Existiam planos assim, prevendo com 30 anos de antecedência as alterações ou crescimento de uma área? Sim! Mas aqui mantiveram, apesar dessas revelações, políticas de improviso!

  • Vieram mais lições dos franceses que olhavam a cidade do alto do Edifico Martinelli e viam, aos seus olhos, os tesouros escondidos atrás de prédios bem deteriorados ou em estado de abandono. Revelaram que existiam fórmulas simples de avaliar quanto custaria a reforma de um prédio, bastando subir e descer pela escada e tomar notas. Prometeram ensinar essa metodologia aos seus agora colegas brasileiros. Nunca mais se ouviu falar nem do método nem do que foi feito com ele. Ou se era apenas besteirol francês, tipo brincadeira de quem não tem o que dizer.

  • Porque falo tudo isto agora, no Blog da OCDC? Porque ao ver como as coisas estão andando no Butantã e região, a gulodice imobiliária em erguer edifícios e edifícios ali sem saber exatamente a categoria social que será privilegiada, lembrei que, aparentemente, não há nenhum Plano Diretor, nem de curto prazo nem de longo prazo. Previram quantas escolas e creches a mais ia ser necessário? Previram as condições de atendimento, adaptadas aos novos números de crescimento na região, de hospitais e postos de saúde? E o transporte urbano que mal atende hoje em dia os seus usuários submetidos a aviltante situação e aceitar ser pior que sardinha (porque essa tem de ser morta para ser posta em lata)? Como será amanha? Será que as poucas estações de metrô, até Vila Sônia, vão dar conta da demanda? Como será o escoamento das vias secundárias até acessar linhas de ônibus e metrô? E não estamos falando ainda do efeito regional da Copa caso o Morumbi venha a ser confirmado, como tudo leva a crer. A melhoria não pode atender visitante ocasional quando mal atende o usuário diário. Pensar nos turistas, nos seus deslocamentos, é pensar no conforto deles durante um mês. Enquanto que pensar no usuário local é pensar na vida dele e de milhões de pessoas que dependem de um bom Plano Diretor onde todos os aspectos humanos possam ser integrados.

  • Pedimos às entidades do Butantã e outras regiões, que têm situações similares, que pensem conjuntamente em planos de interesse geral onde possa prevalecer o ser humano chamado a usufruir tudo o que foi proposto.

  • O diálogo está aberto.

Teo Attar – pela Diretoria da OCDC

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CADÊ NOSSO ÔNIBUS

Nós moradores dos bairros da Vila Sônia e Jardim Monte Kemel, estamos indignados com a falta de respeito da empresa Consórcio Sudoeste, operadores da linha 6245/10 Vila Sônia e também com o descaso da Secretária dos Transportes e Sptrans para com os usuários desta linha de ônibus. A linha 6245/10 sempre funcionou da Vila Sônia/Estação da Luz, sem se quer consultar os usuários foram diminuindo o percurso, primeiramente para a Praça do Correio, depois para a Praça das Bandeiras e atualmente para Hospital das Clínicas e pior ainda diminuíram de dez para cinco ônibus, isso na hora de pico, fazendo os usuários virarem sardinha em lata, fora desse horário a empresa diminui ainda mais os ônibus, fazendo os usuários dessa linha ficarem até uma hora e meia à espera do ônibus que não aparece.
Nós moradores do Distrito Vila Sônia, solicitamos que a ONG-OCDC, organize uma reunião especifica para discutir o transporte público na região. Nós moradores temos que desacomodar do aconchego do sofá e vir participar, só assim pode melhorar.
Roldão Soares

LEMBRETE IMPORTANTE

A diretoria da OCDC faz questão de lembrar que o seu BLOG-OCDC.BLOGSPOT.COM é um espaço da cidadania onde é preservada a liberdade de expressão, representando a opinião de quem escreve e nao necessariamente da diretoria ou de todos os associados da Organização Cultural de Defesa da Cidadania.
Fica claro que a OCDC recomenda o respeito aos seus estatutos que proibem qualquer tipo de descriminação, de incitação ao ódio racial, etnica ou religiosa. Fazendo do respeito à diferença uma filosofia recomendada aos seus associados e simpatizantes.
Assim, os textos e opiniões publicados no blog são de única responsabilidade de seus autores.
Esperamos que o espirito de respeito mútuo seja posto acima das divergencias de opinião, fazendo das contraversias que podem surgir pontos de avanços sociais na busca do dialogo e de afirmação da liberdade de expressão e da democracia.
Segunda-feira, 19 de Abril 2010
Pela diretoria da OCDC
Toufic Attar

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O QUE SERÁ DO BUTANTÃ AMANHÃ?

CUIDADO: A ESPECULAÇÃO IMOBILIARIA NO BUTANTÃ PODE EXPULSAR DE LÁ OS ATUAIS MORADORES?

É um assunto que não pode passar despercebido. O que está acontecendo com o Butantã, Taboão da Serra e região, já aconteceu em outros tempos e outros bairros, empurrando os moradores de classe média para mudanças de endereço e vida.
Nos anos de alta inflação, em torno de 85/86, a alta dos alugueis bem acima do poder aquisitivo empurrou quem não podia acompanhar o processo inflacionário para outros bairros. O Butantã foi uma das áreas que recebeu muita gente que vinha em busca de alugueis mais baratosou de imoveis mais acessíveis para comprar. Hoje, estamos diante de uma situação semelhante. Na medida que chegam os grandes conjuntos habitacionais na Vila Sonia, Jd. Bonfilioli, Monte Kemel e outros, as grandes construtoras estão investindo pesadamente para comprar lotes de terrenos e casas afim de constituir um estoque propício a receber futuros investimentos. Sem que nada seja feito para dizer sehá planos paralelospara construir mais escolas, creches e toda a infraestrutura necessária para usufruir de uma vida decente. Semana que vem abordaremos este assunto, convidando a um dialogo a nivel da sociedade civil para procurar entender o que vai acontecer daqui em diante com a exploração imobiliaria. Quem vai poder ficar, quem vai ter que sair. E para onde? Se todas as direções, Raposo, Rio Pequeno, ao longo de toda a Av. Francisco Morato já estão entupidas, com um treansito que desafia a paciencia de qualquer um. Enquanto os responsáveis pelo Metro contam vitória a inauguração da Estação Vila Sonia em 2012/14, ninguem sabe o que está sendo preparado no plano da MOBILIDADE URBANA, no transito em geral, nos transportes públicos em particular, caóticos, entupidos de gente, saturados em horário de pico. Como solucionar se não há discussão franca e aberta? A indiferença atual, ou a omissão, pode custar bem caro para quem acha que não vai ser atingido no plano individual. Questões coletivas precisam de respostas e responsabilidades coletivas. Ao nosso entender o exercicioda plena cidadania livre passa por este caminho deindagar qual amanhã querem para nossos filhos e netos. Aceito debate sobre este tema, direto ou entre entidades. A OCDC quer ser apenas uma das vozes que se erguem a favor da humanização da questão pública. Bom fim de semana. Teo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Plenária sobre o transporte público em São Paulo.







Dirigiu a reunião o presidente da ONG, prof. Cacildo Marques.

Soletrando 2010

Quando cheguei a S. paulo à trinta e sete anos atrás, o meu objetivo era trabalhar e poder ser alguem na vida. Esse é o objetivo da maioria daqueles que migram para o sul do país. Chegamos com nossos sonhos e o que encontramos, na maioria das vezes, é muita dificuldade. O nordestino em S. paulo quer o que ele não tem em sua terra, que é poder trabalhar com dignidade ou seja, o básico necessário para qualquer cidadão progredir na vida.
Os problemas começam com os preconceitos, as pessoas que aqui chegaram a mais tempo, vindos das mais diferentes regiões da Brasil e do mundo ver nesse movimento migratório uma ameaça à sua estabilidade. Esses acontecimentos fazem parte da história de S. Paulo, no passado eram os Italianos os maus feitores. Tudo que acontecia de errado era culpa das marranos, palavra pejorativa designativa dos judeus, mouros e italianos entre outros tidos como intrusos.
Mas o tempo passou e esses migrantes adquiriram, através de muito sacrificio, o reconhecimento da sociedade. O escritor paulista nascido em Piracicaba, soube como ninguem arrancar das páginas dos jornais da época belas crônicas retratando o jeito e a fala dos italianos do Brás, Bexiga e da Barra Funda. A comovente história do Gaetaninho, uma criança pobre que sonhava passear de carro e que esse passeio só acontece quando o pequeno Gaetaninho corre para pegar uma bola sendo atingido por um bonde que lhe ceifa a vida.
A crônica de Alcântara Machado diz: "Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da rua do Oriente e Gaetaninho, não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Ia na frente dentro de um caixão com flores pobres por cima." Essas eram as crônicas colhidas por Acântara Machado da sociedade da época.
Hoje, passados tantos anos do milagre brasileiro, onde diziam que o Brasil estava crescendo, e que o paraiso era o sul do pais, estamos nós nordestinos, aqui no sul do país. Passamos por muitos constrangimentos por estarmos em terras estranhas, mas soubemos fazer nossa parte. Como bem nos caracterizou o escritor Euclides da Cunha: "O Sertanejo acima de tudo é um forte". Educamos nossos filhos para que hoje eles nos deem orgulho, não apenas a nós, como também aos paulistas e a todo povo brasileiro.
Ontem dia 10 de abril foi a final do soletrando do Caldeirão do Huck e pela primeira vez um paulista é finalista do soletrando. E esse representante de S. Paulo é filho de um casal Alagoano o Sr. Luis Honório Silva e sua esposa D. Maria de Fátima.
Dener Luis silva 12 anos 7ª série do ensino fundamental, aluno da E.E Américo Brasiliense, é o novo campeão do soletrando 2010. O Dener também foi medalha de prata da olimpíada de matemática do ano passado. Eu como nordestino, cearense, fico orgulhoso de sua vitória, pois é isso que nós nordestinos desejamos ao migrar para S. Paulo: Mostrar a nossa garra e a nossa força, e que temos muito a contribuir com a cultura de S. Paulo e do Brasil.

Francisco Gonçalves de Oliveira