Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

domingo, 26 de dezembro de 2010

Origem do nome "Roldão"

Rolando, também referidocomo Roldão (Roland em francês e alemão, Rolando ou Roldán em castelhano, Orlando em italiano, Rotllà ou Rottlant em catalão) é um personagem da literatura medieval e renascentista europeia inspirado num obscuro conde que viveu no século VIII, na época da dinastia carolíngia. Segundo a lenda, Rolando (Roldão) foi sobrinho e paladino do imperador franco Carlos Magno e morreu heroicamente lutando contra os mouros da Península Ibérica. Tradicialmente é associado a sua espada Durindana(Durandal) e seu cavalo Vigilante(Veillantif).

As histórias sobre Rolando(Roldão) e outros personagens da corte de Carlos Magno são coletivamente referidos como Matéria de França e foram objetivo de inúmeras obras literárias. Aobra mais antiga sobre Roldando é o poema épico A Canção de Rolando (La chanson de Roland), datado do século XII. A tradição chega até os épicos renascentistas italianos Orlando apaixonado (Orlando innamorato) de Matteo Maria Boiardo e Orlando furioso de Ludovico Aristo.

"Rolando (Roldão) é feito cavaleiro por Carlos Magno em uma iluminura medieval".
Rolando- Wikipédia

Carlos Magno

sábado, 18 de dezembro de 2010

O CAMINHO DA INDIGNAÇÃO


O caminho da indignação

*

. . . Este documento foi redigido quando os eventos de junho de 2005, envolvendo altos personagens, ainda não tinham vindo a público. Aos poucos este ato de indignação transformou-se num estranho grito, até agora abafado, onde se misturam raiva e tristeza, pelo Brasil e pelos brasileiros, profunda mágoa de ver a transformação desta pérola da América do Sul em paraíso da bandidagem e de quem vive aqui para burlar, sem cessar, milhões de pessoas entregues ao desespero de suas situações individuais na beira do colapso.

. . . Quantas dessas pessoas não estão imbuídas de um sentimento de derrota perante a vida quando na verdade elas são vítimas inocentes de um egoísmo que ultrapassou todos os limites da decência humana?

. . . A raiz do mal é visível todos os dias: uma corrupção pérfida, incessante! Sem que a sociedade reaja de uma maneira direta, sem violência: processar o Estado ou as autoridades competentes por não cumprir o juramento constitucional de assumir, cada um, o seu cargo para o bem do povo!

. . . Ora, sabemos que tal processo é impossível! Sabemos que ninguém irá ressarcir as vítimas de depressão nervosa causada pelo desespero do desemprego permanente ou dos empregos temporários mal pagos, mas indispensáveis para quem não tem alternativas de renda.

. . . Não sei distinguir se este grito é de dor aguda e profunda ou se é simplesmente a revolta da alma diante de um silêncio perturbador ao não ver a sociedade civil, como um todo, assumir esta indignação sem aguardar o grito de ninguém. Um grito coletivo sim, pois o custo disso é visível e sentimos, todos nós, na pele.

. . . Sinto que a sociedade civil está cansada de aceitar tudo em silêncio; ela assiste a tudo ao seu redor, vê as pessoas mais queridas chorar, entregues ao desespero, e ela fica sem saber o que fazer diante de tanta tristeza; o que fazer para que a esperança volte a ser algo espontâneo, natural do ser humano. Perder dinheiro, perder a saúde, perder entes queridos, muitas perdas acabam sendo superadas. Mas perder a esperança em dias melhores? Voltar a sonhar exige uma resposta conjunta da sociedade. Não se trata mais de menor abandonado, nem de idoso sem assistência adequada, nem de escolas deficitárias em ensino, nem saúde deixada por conta de Deus: é toda a sociedade que paga, cada um a sua maneira, as consequências de políticas desastrosas ao aceitar que o ser humano seja tratado como precioso eleitor um dia, voltando a ser, passadas as eleições, um mero "problema social". Que vexame! Posso dizer, sem dúvida nenhuma, que o Brasil em que aportei em 1965 não é mais o mesmo! Ele foi destruído, desprovido de seu espírito que encantava quem quer que chegasse de países onde reinam conflitos graves. É verdade que o Brasil cresceu, evoluiu, mas por que não permitiram ao elemento humano ter um nível de progresso compatível com tantas riquezas que surgiram desde então?

. . . A razão dolorida começa a delirar e exige que o redator pare e volte ao texto original, explicativo de uma indignação muito mais extensa expressa no Manifesto complementar. Antes peço desculpas por certos delírios, afirmando que não há intenção de ferir ninguém, mas chamar a sociedade como um todo a ver os rumos desta nação que foi tirada de seu caminho porque simplesmente arrancaram os trilhos do trem. Este vai a toda velocidade ao encontro de seu destino. Cuidado!

. . . Eis os motivos pessoais primeiro.

. . . As vésperas de 2007, antes, portanto, de fechar o ano que transcorreu, surgiu uma necessidade intima de manifestar o meu repúdio por uma série de fatos que assolam o cotidiano brasileiro. Esses sentimentos de revolta interna vinham acontecendo há algum tempo já. Foi preciso primeiro aguardar o que sairia das urnas: triste realidade! Se muitos deputados não foram reconduzidos ao seu cargo privilegiado, outros, com sérias suspeitas de envolvimentos duvidosos, conseguiram transpor as barreiras e voltar ao cenário de Brasília. Mesmo assim, fica um estranho sabor na boca ao constatar que a renovação dos mandatos não tomou em conta os vícios da função. E estes continuam como sempre foram: nenhuma responsabilidade com o eleitor.

. . . A indignação que eu quis expressar revelou-se como uma destas fontes que não conseguimos mais fechar uma vez liberada a força que retinha a água na profundidade de nosso ser.

. . . De indignação em indignação, de análises em análises dos fatos vivenciados, acabou saindo um extenso relato que intitulei "Manifesto de uma indignação na véspera de 2007". Esse foi avançando e o grito de indignação precisou ser contido, pois eu julgava que não havia, nessa época, quem o escutasse e desse alguma importância. Eram só glórias para um Presidente que se achava superior a todos os anteriores sem deixar que a própria história dê essa interpretação. É que veio o tempo que esvazia todos os assuntos importantes: o período contido entre as festas de fim de ano até o carnaval. Com uma série de esvaziamentos: os urbanos, o político-econômico, o das questões que tomaram conta da nação ao longo do ano anterior e o da longa espera até meados de março quando se supõe que Brasília recomece a pensar as questões nacionais mais imediatas. Se não resolverem primeiro garantir questões internas partido-eleitoreiras!

. . . Enquanto isso, uma estranha serenidade reina no palácio dos congressistas e no país das maravilhas que destoa com a pressa de solucionar problemas cruciais do povo em geral.

. . . A indignação, sob suas mais diversas formas, está aí para tentar lembrar que nem todo silêncio é consentimento, nem toda passividade é aceitação dos fatos como irreversíveis.

. . . Sentimo-nos fracos, isolados, sem que essa fraqueza e isolamento esvaziem o nosso consciente; fortalecidos por nossa vontade de deixar rastros, mesmo ínfimos, do não aceite de um sistema absurdo que deixa florescer expressões de pátria amada ao mesmo tempo em que se omitem as consequências de atos que emanam de seus vícios, de aceitar que uma volúpia voraz coloque o Brasil, pátria enorme e generosa, no nível de paises desgraçadamente pobres!

. . . Enquanto uns clamam por uma pátria igualitária e justa, outros continuam insistindo no erro de achar que o estado de seus bolsos é mais importante que a felicidade pátria!

*

Precedentes

*

. . . (Este documento foi revisto e enviado para divulgação pública diante dos fatos graves oriundos do próprio Congresso, quando ao fechar o Ano 2010 o Congresso votou por aumentar de maneira unilateral os seus salários e dos escalões mais importantes da nação, com índices nunca aplicados aos subalternos (mais de 61%), isto é, ao povo em geral, em todas as camadas do povo, desde os lixeiros e catadores de rua até engenheiros e advogados, passando por enfermeiras, médicos e todo tipo de mão de obra indispensável para garantir a função minimamente decente de trabalhar para o bem da nação como um todo; pois não haveria nenhuma riqueza que pudesse zombar ou ignorar a importância de todas as profissões que garantem o funcionamento desta nação.)

. . . Quando avançam os argumentos que as responsabilidades assumidas exigem salários de acordo, garantindo também que é um meio de lutar contra apropriações indiretas de somas vultosas, só sobra o simples contra-argumento de que ninguém obriga ninguém a ser candidato: a renúncia está aí para qualquer um que se sentir mal pago. Seria mais honesto ir oferecer os seus serviços em empresas que valorizam seus talentos!

. . . Esta "introdução" ao consequente manifesto de mesmo nome se tornou necessária diante do volume insuportável que a indignação passou a dominar este personagem testemunho da história de um Brasil onde o destino da enorme maioria está nas mãos de uma ínfima minoria.

. . . O tempo do silêncio acabou. A vida pode ser arrancada da gente como tantas outras estão sendo ceifadas por mãos misteriosas. Mas silenciar leva a uma morte pior ainda quando ela invade a nossa alma deixando-nos nos sentir impotentes e testemunhas caladas de cenas absurdas num país que tem tudo para ser uma das nações mais felizes desta esfera terrestre que gira misteriosamente dia e noite e que inspirou um lindo slogan partidário "O sol nasce para todos".

. . . Infelizmente, ao considerar justos reajustes salariais com tamanhas proporções, os deputados parecem afirmar que existem mais de duas categorias de cidadãos: o de primeira classe, como eles, e os escalões de cima e de segunda, terceira e mais classes até chegar ao salário mínimo que acaba sendo uma clara demonstração da péssima distribuição de rendas no Brasil.

. . . Será possível não entender esta indignação que se alastrou até a presente data, 17 de dezembro 2010, e que não perderá suas razões de ser nos próximos anos. A menos que a sociedade civil intime seus eleitos a mudar de postura e assumir novas responsabilidades para acabar com este cenário de um Brasil extremamente rico no Congresso e um Brasil extremamente complicado, socialmente, nas pontas.

*

São Paulo, 17.12.2010

Toufic Attar

Pela cidadania reconhecida, participativa e exercida livremente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

BARÔMETRO GLOBAL DA CORRUPÇÃO

No dia 9 de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Corrupção, às 9h30 de Brasília, a Transparência Internacional lançou o Barômetro Global da Corrupção, que é uma pesquisa de mais de 90.000 pessoas comuns em 86 países, incluindo o Brasil.
*

O press release está disponível em português. Os resultados para o Brasil estão disponíveis pela primeira vez, e mostram:

- Nível de propinas – quantas pessoas pagaram propina nos últimos 12 meses

- Quais instituições são consideradas as mais corruptas (partidos políticos, judiciário, seitas religiosas, etc...)

- Se os brasileiros pensam que a corrupção aumentou, ficou no mesmo, ou diminuiu nos últimos 3 anos.

*

Resultados internacionais estarão disponíveis para 86 países e para 9 países da América Latina.

Alejandro Salas, o Diretor Regional das Américas, esteve em Brasília nos dias 8 e 9 de dezembro, disponível para entrevistas nos números 491.2522 e 889.7892. Ele é fluente em inglês e espanhol.

Os materiais estão disponíveis em inglês, francês e espanhol:

www.transparency.org

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Expressões Novilinguisticas



EXPRESSÕES NOVILINGUISTICAS







Foi um escritor anticomunista, creio que anarquista, de quem não me lembro o nome, quem criou essa expressão: novilíngua. Acusava os comunistas de mudar o sentido das palavras: guerra queria dizer paz, e coisas assim.



É preciso notar que esse processo de enganação de fato ocorre, mas como arma do capitalismo.



Tantas palavras são assim desvirtuadas e usadas em discursos ideológicos capitalistas (pleonasmo?). Socialismo, liberdade, direitos humanos, democracia, são exemplos.



Democracia, para começar, é o que nós, comunistas, queremos. Não que esse seja um objetivo. Nosso objetivo é a qualidade de vida para os trabalhadores, para o povo, e estamos convictos de que esta só se consegue no socialismo. Para esclarecer a palavra gasta (até o presidente da FIESP está no Partido Socialista), é preciso dizer que nosso socialismo é o leninista, caracterizado por democracia mais planejamento (que é um sentido do centralismo democrático). Assim, a democracia é condição necessária, mas não suficiente. E é preciso mostrar que a democracia dos capitalistas é a ditadura do capital. A democracia burguesa, que dizem ser “representativa”, certamente não é representativa dos interesses das maiorias, dos trabalhadores, intelectuais, estudantes. Como vemos em todas as eleições, e cada vez mais, a representatividade é minada pelo poder econômico e pelo processo de deseducação política do povo na luta ideológica. Precisamos, enfim, recuperar a democracia como um conceito revolucionário, de conquista do poder popular. Dar ao conceito o caráter dinâmico, dialético. Adam Shaff, marxista polonês, dizia que “liberdade não existe: o que existe é libertação”. Essa visão dialética, dinâmica, de processo, se aplica também à democracia: o que se busca é o processo de democratização, vinculado ao crescimento da consciência e da participação popular. Na luta ideológica e na luta posicional. Aqui se insere nossa tese de que os comunistas precisam conquistar estações de rádio. Lênin dizia que sem um jornal não se faz revolução. Dizia isso por não haver, na época, estações de rádio. Popov não havia, ainda, inventado a antena. Está claro que nunca conquistaríamos “uma estação de rádio para os comunistas”, pois a classe dominante quer segurar suas rédeas. Mas se defendermos a ideia de que “cada partido tem que ter sua estação de rádio, para que a classe dominante possa falar em democracia”, teríamos mais chances na luta. Ou o risco é o de que a classe dominante deixe de falar em democracia e parta para o fascismo, que sempre é a saída quando se vê acuada. Mas ela perde a capacidade de enganação. Ela já vem perdendo essa capacidade com a internet, ainda que para cada verdade colocada na rede ela coloque cem mentiras, e os acessos fiquem enclausurados.



Outros exemplos de novilíngua são as consignas de “qualidade e produtividade”. É claro que os comunistas querem que os produtos fabricados pelos trabalhadores tenham qualidade, pois eles serão também consumidores. Mas a “qualidade” que interessa ao capitalista é apenas a de tornar vendável o produto, com toda a enganação do marketing e do design (palavras inglesas não por acaso). Na guerra e na publicidade, a primeira vítima é a verdade. E “produtividade”, para os comunistas, tem o sentido econômico e ecológico de evitar desperdícios. Para os capitalistas, produtividade é maior exploração do trabalhador, mesmo que implique mais desperdícios e ineficiências, como no processo de competição destrutiva entre empresas. Por isso me preocupa que documentos nossos, na área sindical, proclamem que somos contra a “qualidade e produtividade”, sem esclarecer que somos contra o conceito capitalista de tais termos, conceito vinculado à exploração e enganação.







Ernesto



Caracas – outubro 2010











OUTROS PROBLEMAS DE LINGUAGEM







Quero levantar aqui o problema de duas expressões comuns nos textos marxistas. É o problema das traduções de Marx criando um jargão, o “marxistês”. Um jargão é uma linguagem “só para iniciados”. É como em minha área de trabalho, a logística, em que encontro, entre outras barbaridades, esse terrível “modal de transporte”, em lugar de, simplesmente, “modo de transporte”. O problema é esse simplesmente: falar simplesmente é considerado pobre. Deve-se falar complicadamente para se destacar dos comuns mortais, aparentar uma espécie de superioridade.



A criação desse jargão, o “marxistês”, não tem nada a ver com essa pretensão de eruditismo, e muito menos com a criação de uma novilíngua destinada à enganação. É, apenas, um problema de tradução difícil.



As expressões de Marx que me intrigam referem-se a conceitos fundamentais: “valor” e “força de trabalho”. Em Marx, existe o “valor de uso”, o “valor de troca” e o “valor”. Em bom português, um substantivo sem qualificativo deve ter um sentido geral, que engloba os diversos sentidos particulares. Assim, “valor de uso” é um tipo de “valor”. “Valor-trabalho” é um tipo de “valor”. “Valor de troca” é um tipo de “valor”. Isso em bom português, mas não em “marxistês”. Nesse jargão, “valor” significa, especificamente, “valor-trabalho”. O conceito é corretíssimo e importantíssimo no marxismo. O valor de troca de uma mercadoria é determinado, tendencialmente, pela quantidade de trabalho envolvido em sua produção, o “valor-trabalho”, em condições tecnológicas médias de produção, socialmente normais, de trabalho abstrato (genérico). Não discuto aqui o conceito, um tanto complexo, mas a terminologia confusa da expressão “valor” com um dos significados específicos. Em alemão, o processo de formação de palavras é distinto do que ocorre em português. Seria bom que os tradutores levassem isso em consideração em proveito da clareza, que Marx merece.



A outra expressão, que já comentei em outros textos perdidos na rede, é a tal “força de trabalho”. Marx, com certeza, nunca falou em “força de trabalho”, pois, com certeza, não falava português. Ele falava em “arbeitskraft”, e “kraft” pode ser traduzido como “força”, mas pode ser, dependendo do caso, mais adequadamente traduzido como “capacidade”, ou “potência” (em inglês “power”, não “force”). Pode-se, por exemplo, falar em “kaufkraft”, que seria “capacidade de compra”, ou “poder de compra”, nunca “força de compra”. O uso corrente da tradução incorreta “força de trabalho” dá uma ideia falsa de que o trabalho está, necessariamente, ligado a uma força física. Pode estar ligado a uma força física, geralmente está, mas pode estar ligado a uma capacidade intelectual, inclusive do operário, que também é explorada, e muito, pelo capitalista.



Há outros problemas de entendimento das palavras. É comum lembrarem um texto inicial do Manifesto: a história é a história da luta de classes. Essa afirmação, assim descontextualizada, me parece estranha. Busquei o original na internet: “Die Geschichte aller bisherigen Gesellschaft ist die Geschichte von Klassenkämpfen”. O fato é que há na história muitas ocorrências importantes, como as grandes guerras, que são lutas dentro da mesma classe, entre facções da classe dominante, e não lutas de classes. Mas o que se deve entender é o conceito marxista de história das sociedades como “transformações das sociedades”. As guerras intra-burguesas, como pouco ou nada transformam (a não ser quando as classes dominadas se aproveitam do enfraquecimento dos dominadores beligerantes para se impor – como ocorreu na revolução russa e na Europa oriental na derrota do nazismo) não fazem parte da história, no sentido marxista. Aqui não é um problema de tradução, mas de entendimento.







Ernesto



São Paulo, dezembro 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Projeto obriga os POLITICOS a matricularem seus filhos em escolas públicas.



http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública..

As conseqüências seriam as melhores possíveis.
Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDEIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.

Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país.
O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.


PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

PARABÉNS PARA O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE.
BOA SORTE JUNTO A SEUS PARES.

IDEIA SENSACIONAL!
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007

Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º
Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º
Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICAÇÃO
No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais –vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República – deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil..
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.
Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações – uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo –, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.
Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

Sala das Sessões,

Senador CRISTOVAM BUARQUE

NADA MELHOR QUE ESSA LEI PARA SANAR O ENSINO PÚBLICO

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CHEGA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO!



Década da Ação para Segurança Viária

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Apresentadores: Jakow Grajew (FGV) e José Oka (CESVI)

Reunião de 23/11/2010 17:00 - FGV-SP - Avaliação e Encaminhamentos - Evento DMMVT

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Participantes:

Sérgio Ejzenberg (Sejzenberg), Vanda de Oliveira (ABRAMET), Alex Sander (ABRAMET), Cícero Yagi (MNSP), Asunción Blanco (MNSP), José Bellintani (Inst. SP Contra a Violência), Alexandre Salaverry (BITGRAPH), José Ramalho (CESVI), Patricia Gejer (CESVI), Fernanda Mendonça (CESVI), Carolina Circelli (CESVI), Eduardo Magrini (CESVI), Ailton Brasiliense (ANTP), Horácio Augusto Figueira (Hora H), Nancy Schneider (CET), Roberto S. Scaringella (Pref. Jundiaí), Tomaz Puga Leivas (IOT - HCFM - USP), Luana Magalhães (INSIGHT - Asses. Imprensa GV), Toufic Attar (OCDC/MCCE), Alexandre Xavier (IQA), Leandro Valverdes (Ciclocidade), Andrea R. L. Magri (Rede Nossa SP), Tais Lucilo (Semcia Brasil), Manuel Xavier Lemos (Metrô), Artur Aymoré, Wania Maria Madeira da Fonseca, Daniel Steve, Milton Stziman (APM), Ariel Kegan (Rede Nossa São Paulo), Carolina Zanatto (PROAHSA), Marco Aquino Alves (FGV), Idelbrando Gozzo (ST Corretora).

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Sugestões:

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* Elaborar metas e indicadores técnicos e projetos de lei com ações definidas(Horácio Augusto)

* Chamar representantes do CREA responsáveis por projetos urbanos e lembrar que a maioria dos acidentes ocorre com os pedestres e que sejam mais mencionados e também representados. (Assunción)

* Envolver os centros técnicos para fornecer dados sobre o problema, utilizar a imprensa para documentar os fatos ( José Ramalho)

* Mencionar os locais que matam mais e menos no Brasil, analisar os casos contados nos vídeos de depoimentos pois cada um tem responsabilidades diferentes como imprudência, falta de sinalização, qualidade da via .

* Elaborar indicadores e metas e levá-los aos órgãos públicos, necessidade de comprometimento da mídia e autoridades sobre o problema. (Andrea Magri)

* Contatar uma assessoria de comunicação para tentar "converter" quem tem o poder para resolver o problema. (Scaringella)

* Desenvolver zonas de traffic calming e lutar pela redução da velocidade nas vias. (Leandro Valverdes)

* Mobilizar a sociedade e esta pressionar o poder público, priorizar o transporte de massa eficiente, passar para mídia quais informações queremos divulgar, usar estratégias diferentes para mobilização do poder público e sociedade (Tomaz Puga)

*Mudar o conceito das auto-escolas, passar os critérios de velocidade nas vias para o conhecimento público, enfoque nas pessoas e campanhas que expliquem os porquês ( Alexandre Salaverry)

* Deixar de priorizar as questões orçamentárias e de fluidez das vias e sim focar na segurança das mesmas, mobilizar a sociedade, mostrar que os pedestres já são mais de 50% das vítimas e incentivar o respeito entre o motorista e o pedestre.(Nancy)

* Questionar como devemos convencer as outras pessoas sobre os problemas do trânsito, criar indicadores e acompanhá-los para informar a sociedade. (Ailton)

*Aprofundar na questão da cidadania como ponto inicial para que algo seja feito (Toufic)

*Pensar na cidade e seu plano diretor com um modelo de governança e que fale sobre as questões de acidentes de trânsito e suas vítimas. (Cícero)

* Pensar em vender motos ou veículos somente com a verificação de Habilitação comprovada (CNH), meios para que seja evitada a corrupção nesta esfera, criar grupos de estudos e ações para a década, imaginar evento para o final do ano que vem para ser apresentado para a mídia, DM9 se compromete a ajudar.

* Explorar o papel social da Universidade Getulio Vargas com pesquisas e também no âmbito da educação do futuro cidadão. (Manuel Xavier)

#### Marco Zero em 17/11/2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010



DOBBY!

O Elfo oscilou levemente, as estrelas refletiram em seus grandes olhos brilhantes. Juntos, ele e Harry olharam para o cabo de prata da faca espetada no peito arfante do elfo.

-Dobby...não...SOCORRO! - berrou Harry em direção ao chalé, às pessoas que se moviam lá. - SOCORRO!
Ele não sabia nem se importava se eram bruxos ou trouxas, amigos ou inimigos; só se importava com a mancha escura que se espalhava pelo peito de Dobby, e que o elfo estendera os braços finos para Harry com um olhar súplice. Harry segurou-o e deitou-o de lado no capim fresco.
-Dobby, não, não morra, não morra...
Os olhos do elfo encontraram os seus e seus lábios se mexeram em um esforço para formar palavras.
-Harry.. Potter...
E, então, com um tremor, o elfo ficou muito quieto e o seus olhos eram apenas grandes globos vítreos salpicados com a luz das estrelas que eles já não podiam ver.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Telha de Vidro



Telha de vidro
( RAQUEL DE QUEIROZ )

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda, na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão bem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Teatro


Prometeu Acorrentado.

Algumas informações sobre a peça:
É uma tragedia grega.
Onde será realizado o evento:
Teatro Macunaima- Sala 4.
Rua Adolfo Gordo nº 238, campos Eliseos, região central de São Paulo.
Horário: Sábado às 21:00h e domingo às 20:00h.
Último dia: 07 de novembro.
Preço:
Inteira: 14,00
Meia: 7,00
Obs: Professores e idosos pagam meia.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Asfalto novo na Rua Áurea Batista

* No início de agosto de 2010, em reunião com o Subprefeito do Butantã, Engenheiro Régis G. de Oliveira, o Presidente da OCDC, Cacildo Marques, e o Vice, Roldão Soares, trataram, entre outros assuntos, do asfaltamento da Rua Áurea Batista dos Santos, que havia sido solicitado através de ofício desta Ong à Subprefeitura no dia 22 de julho de 2010, sob número 143/2010. O Subprefeito explicou que havia uma sequência de atendimento nesse trabalho de reasfaltamento e que em breve chegaria a vez da Rua Áurea Batista, que é uma via de grande movimento relativo de carros, ligando a Av. Jorge João Saad ao Cemitário Gethsêmani e a alguns colégios importantes da região.

* No início de outubro as obras tiveram início. Agora a rua está com asfalto novo e os moradores usufruem finalmente uma via sem buracos e sem paralelepípedos soltos.

* Candidatos a deputados andaram capitalizando o feito, soltando em panfletos uma suposta autoria da solicitação. Não há interesse em apurar se havia pedidos anteriores, mas a solicitação da OCDC, conforme dito acima, deu-se no dia 22 de julho. (Em tempo: as obras da ciclovia da Av. Eliseu de Almeida só terão início, segundo o Subprefeito, em meados de 2011.)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eleições 2010

Recebi esse texto por email como sendo do Pedro Bial. O amigo profº Cacildo Marques me enviou um email informando de que esse texto não seria nunca do Bial devido a alguns erros de concordância. Bem quem escreveu o texto conhece muito bem o estilo do Pedro bial, pois o texto é semelhante ao dele. Porém Vou mantê-lo com essa resalva.

Carta de um tal de: "Pedro Bial" sobre Serra e Dilma

O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que “um filho seu não foge à luta”.
Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira.
Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, “colocaram o rabinho entre as pernas” e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários.

Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.

Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa.
Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.
Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!

Pedro Bial? jornalista.

domingo, 17 de outubro de 2010

Boato na rede é crime!

Boato na rede é crime! Quem espalha pode ter até a prisão preventiva decretada

14 de Outubro de 2010, por Paulo Castro - Brasília-DF

Você sabia que é crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor na internet, e que o e-mail é prova material do crime?

A Lei 12034 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12034.htm), ou Lei dos Partidos Políticos, prevê multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 30 mil para quem envia ou reenvia e-mails com boatos, calúnias ou difamação, para fins eleitorais ou não, atacando candidatos.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (http://www.tse.gov.br/eje/html/info_eleicoes7.html), "divulgar fatos inverídicos em relação a candidatos e partidos, que sejam capazes de influenciar a opinião do eleitorado" também constitui crime eleitoral.
Esse tipo de prática também é considerada estelionato pelo Código Penal (http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/Del2848compilado.htm), e dá prisão preventiva. O artigo 171 da legislação tipifica como crime "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento", e a pena varia entre um e cinco anos de reclusão. Já o artigo 307 do mesmo Código diz que "no caso de atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio ou para causar dano a outrem", e a pena de detenção prevista é de 3 meses a um ano.

Os e-mails criminosos podem ser encaminhados para o Ministério Público Federal (pge@pgr.mpf.gov.br) e para a Polícia Federal (http://www.safernet.org.br/site/), preferencialmente com o código original das mensagens (o ip de origem). Procure também identificar-se quando for fazer a denúncia.

Espalhe a verdade!

sábado, 16 de outubro de 2010

Amor Não Correspondido



Artigos sobre namoro e relacionamento.

Seu amor não é correspondido? Pare de tentar encontrar os motivos...

Poucas situações na vida são mais angustiantes do que viver um amor não correspondido. No entanto, pouquíssimas são as pessoas que nunca experimentaram algo semelhante. Ou seja, amar e não ser amado é, em última instância, uma dor comum, embora bastante pessoal.

E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?

O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!

A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.

Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que “quando um não quer, dois não brigam” ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde o seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.

Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovadas pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita.

Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.

Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. E por isso mesmo deveríamos confiar um pouco mais no fluxo do Universo.

Certamente já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um “desastre”.

Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade.

Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria. Permita-se acreditar que o sol voltará a brilhar em seu coração mais cedo do que você imagina... E siga o fluxo da existência.

E assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta – até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais – levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!
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Este artigo foi escrito por:
Dra. Rosana Braga
Consultora

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eleições 2010



Por Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

Fonte: Agência Carta Maior.

domingo, 10 de outubro de 2010

Terra do Arroz



Terra do Arroz.

Do arroz do machado e dos Felipes
Do pão de arroz ou de quem for
Várzea Alegre se alegra com fervor
É de Papai Raimundo nossa estirpe

Por ser um dos seus eu dou valor
Vejo o povo formando sua equipe
Para votar vai de jeep ou vai a pé
Com liberdade marcha o nobre eleitor

Política é arte de somar e dividir
E Várzea Alegre bem sabe contribuir
Na guerra e na paz vence o amor

Entre contrastes nasce um vencedor
É um dos nossos e que sabe competir
Ricardo Oliveira é o nosso embaixador

Uma singela homenagem a minha querida Várzea Alegre.

Francisco Gonçalves de Oliveira

sábado, 9 de outubro de 2010

Visita ao Instituto Dandara

Três diretores da OCDC - Cacildo Marques, Roldão Soares e Toufic Attar (Teo) -, mais a colaboradora Wellyene, fizeram hoje, 09/10/10, visita ao Instituto Dandara, entidade sem fins lucrativos situada no ponto final da linha de ônibus Pinheiros - Cohab-Adventista.

O objetivo da visita foi a troca de informações, visando a uma busca de subsídios para o melhor funcionamento da OCDC.

O Instituto Dandara tem dois anos de existência e oferece diversos cursos profissionalizantes para os jovens da comunidade, além de atividades artísticas e esportivas. A diretora, Profa. Ivanete, explicou que muitos novos projetos estão prontos, à espera do aniversário de três anos da entidade, quando então poderá receber financiamentos para implementar esses novos planos.

Por que Voto na Dilma



Porque voto na Dilma

Eu tinha nove anos e gostava de folhear a Revista o Cruzeiro, a mais importante da época. Ficava encantado com o universo apresentado naquelas páginas coloridas, onde artistas da Jovem Guarda eram mostrados com seus carrões e público delirante.

Em uma dessas revistas, despertou-me a atenção uma reportagem em preto e branco sobre a morte de um estudante, assassinado pela polícia. O nome dele, creio que muitos brasileiros saibam, era Edson Luís. O clima era de comoção nacional.

Na minha perplexidade pueril, jamais imaginei que aquele rapaz tinha sido morto porque estava reivindicando o direito ao voto, à liberdade de expressão, inclusive artística, e o cessar dos absurdos nos porões dos quartéis, onde eram torturados homens e mulheres, enquanto outros eram jogados de aviões no mar.

A partir daquele ano, as atrocidades cometidas em milhares de brasileiros se tornaram banais. Bastava você se manifestar sobre política, com mais alguns, que você era preso, torturado e obrigado a dizer quem eram os líderes e onde eles estavam.

O presidente era nomeado e tinha que ser General. Os artistas eram presos ou mandados para fora do País. Filmes, Peças de Teatro, Músicas, Poesia e outras manifestações eram impedidas de serem veiculadas, pois existia um serviço de censura que “analisava” os textos e colocava um carimbo enorme: CENSURADO. Notícias questionando o governo? Nem pensar.

Os grandes meios de comunicação, como Globo, Estadão, Folha de São Paulo e outros chamavam a ditadura de revolução. O PC do B era clandestino e seus militantes eram presos, como se fossem bandidos de altíssima periculosidade. Seus familiares, sem compreender o que estava acontecendo, perguntavam para onde os levariam. Muitos não tinham resposta e nem mais notícia deles.

Hoje, me reencontro com aquela realidade, através da candidata Dilma, sendo que, na época, ela era uma das vítimas das barbaridades do regime ditatorial, porque tem nas veias o sangue latino, que não engole injustiça, falta de democracia e de liberdade e, sobretudo, não entrega seus parceiros de luta, mesmo sob forte tortura. Mas o que me impressiona é a imensa contradição entre o direito adquirido, através da luta, do sofrimento e do idealismo, de pessoas como a Dilma, ao voto para Presidente da República e a caçada cruel, preconceituosa, mentirosa e implacável que, não só a imprensa, mas muitas pessoas fazem em relação a ela, porque foi indicada, democraticamente, como candidata à presidência.

Fico me perguntando: Qual é o pior? Ser vítima de um regime ditatorial, porque luta pela liberdade ou ser vítima de uma série de mentiras, que fomentam o preconceito e a descrença nos verdadeiros ideais democráticos?

Todos têm direito a escolher em quem vai votar, porém, todos têm o dever de conhecer bem os candidatos, sua história e as suas propostas, sem desenvolver preconceitos. Todos têm o dever de avaliar as políticas implementadas pelos partidos que estão na disputa e ver quem realizou mais. Eu já fiz isto e seria suficiente para fundamentar minha decisão, mas é em nome daquela criança de nove anos que folheou incrédula as páginas da revista O Cruzeiro e viu milhares de pessoas em volta do caixão de Edson Luís, que declaro meu voto à Dilma. Assim terá valido a pena a minha perplexidade infantil.

Paulo Viana

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Linhas de Microônibus Estação Morumbi

Ônibus na Vila Sônia

Na reunião que marcamos para o dia 17 de setembro, no Cursão, com vistas a uma decisão sobre que solicitação teríamos de fazer à SPTrans, não conseguimos chegar a um consenso. Antes havia um proposta de abaixo-assinado e ao longo da discussão no bairro essa proposta foi modificada. Ficamos com uma proposta original e uma remodelada, e então decidimos chamá-las de Proposta 1 e Proposta 2.
Nessa reunião da OCDC do dia 17, dada a não obtenção de consenso, decidimos que não passaríamos as propostas como abaixo-assinados, mas enviaríamos as duas à SPTrans, para que ela avalie e tome a decisão que achar mais viável.
Abaixo seguem os dois textos.

Proposta 1

Solicitação da linha de microônibus Vila Morse

Nós, da OCDC – Organização Cultural de Defesa da Cidadania - e do conjunto de moradores dos bairros Vila Sônia, Vila Morse, Jardim Colombo, Jardim Mont Kemel e adjacências, vimos solicitar e propor às autoridades municipais a criação de uma linha de microônibus passando pelas ruas situadas entre a Avenida Giovanni Groncchi e a Avenida Francisco Morato, indo do Shopping Butantã (subindo pelas ruas Comandante Lira e Éden, região na qual os usuários de transporte coletivo têm de andar longas distâncias em subidas e descidas íngremes, para ter acesso às linhas hoje existentes) até o Cemitério da Paz, voltando pelo mesmo trajeto até o Shopping Butantã.
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Proposta 2

Solicitação da linha de microônibus Circular-Butantã

Nós, da OCDC – Organização Cultural de Defesa da Cidadania - e do conjunto de moradores dos bairros Vila Sônia, Vila Morse, jardim Colombo, Jardim Mont Kemel, Jardim Jaqueline, Jardim Bonfigliolli e adjacências, vimos solicitar e propor às autoridades municipais a criação de uma linha de microônibus passando pelas ruas situadas entre a Avenida Giovanni Groncchi e Avenida Francisco Morato, indo do Shopping Butantã até o Cemitério da Paz, seguindo daí para o Balneário J. Celeste, o CEU-Butantã e a Veterinária-USP, voltando ao Shopping Butantã. Propomos ainda que haja pelo menos quatro carros em cada um dos dois sentidos da linha.
TRAJETO proposto (ida e volta, pelos mesmos pontos-chave da região): Shopping Butantã - Creche V. Morse (Áurea Batista) - CDM J. Colombo (Francisco Preto) - UBS V. Sônia (Dias Vieira) - Cem. Gethsêmani - Cem. da Paz - Balneário J. Celeste (Caminho do Engenho) - CEU-Butantã (H. A. Eiras Garcia - J. Maria Luísa) - EE Emygdio de Barros (N. S. Assunção) - Veterinária-USP (Corifeu) - Biblioteca Camila (H. A. Eiras Garcia - J. Esmeralda) - PS Bandeirantes (Bombeiros - Raposo Tavares) - Casa de Cultura (Junta Mizumoto) - Pátio V. Sônia (Eliseu de Almeida) - Shopping Butantã.
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Diretoria da OCDC


sábado, 2 de outubro de 2010

Sistema Político Eleitoral em Cuba



O Sistema Político e Eleitoral em

Cuba


O questionar constante do sistema político e eleitoral cubano constitui um dos pilares fundamentais da campanha inimiga contra nosso país, liderada pelos Estados Unidos. A atividade contra Cuba em matéria de democracia e direitos humanos, não só constitui a principal ferramenta dos Estados Unidos para tratar de “legitimar” sua política de hostilidade e agressão contra Cuba; senão que responde também ao interesse dos principais países capitalistas industrializados de impor aos países em desenvolvimento um modelo de organização política que facilite a dominação.

Em sua campanha contra Cuba, Washington pretende demonstrar a incompatibilidade do sistema político que estabelece a Constituição do país com as normas internacionalmente aceitas em matéria de democracia e direitos humanos e fabricar a imagem de uma sociedade intolerante que não permite a mínima diversidade e pluralidade política. Para isso, conta com poderosos instrumentos de propaganda e abundantes recursos que utiliza para o recrutamento, organização e financiamento de pequenos grupos contra-revolucionários que apresenta como “oposição política”, tanto dentro como fora do país.

A manipulação do conceito da democracia pelas principais potências ocidentais atingiu recentemente magnitudes muito perigosas. Aqueles que se afastam do modelo democrático que preconizam, dos padrões e valores que promovem, não só são submetidos a fortes críticas através da propaganda e das instituições internacionais que controlam a chamada “defesa da democracia”, como também se convertem em potenciais “vítimas” da doutrina de intervenção que desenvolvem as potências imperialistas.

Cuba defende e apoia o direito dos povos à livre determinação, reconhecida internacionalmente como um direito inalienável no consenso atingido na Conferência Mundial de Direitos Humanos, celebrada em Viena, em 1993. Na própria Declaração e Programa de Ação de Viena se estabeleceu, assim mesmo, que “a democracia se baseia na vontade do povo, livremente expressa, para determinar seu próprio regime político, econômico, social e cultural e em sua plena participação em todos os aspectos da vida”, e se reconheceu a importância “das particularidades nacionais e regionais, bem como dos diversos patrimônios históricos, culturais e religiosos”.

É sobre a base destes postulados, ignorados abertamente pelos que tentam impor seus modelos como “únicos”, que se erige o sistema político cubano, um modelo escolhido e defendido pelos próprios cubanos, genuinamente autóctone e autêntico, fundamentado na igualdade e solidariedade entre os homens e mulheres, na independência, na soberania e na justiça social.

Nosso país já conheceu o modelo que hoje tentam impor-lhe, já viveu a triste experiência do sistema de “vários partidos” e “representativo” que lhe receitou os Estados Unidos, e que trouxe, como conseqüência, a dependência externa, a corrupção, o analfabetismo e a pobreza de amplos setores da população, o racismo, em resumo, a completa negação dos mais elementares direitos individuais e coletivos, incluindo o direito a umas eleições verdadeiramente livres e democráticas.

Este sistema e a permanente política de ingerência norte-americana, não só criaram dirigentes ladrões e corruptos, como impuseram ditaduras tirânicas e assassinas, promovidas e apoiadas diretamente pelo governo dos Estados Unidos.

Por tudo isso, a Revolução cubana não podia assumir este sistema se, verdadeiramente, queria resolver os males herdados. Desta forma, o país se propôs a desenhar seu próprio modelo, para o qual, remexeu em suas próprias raízes e foi ao pensamento social, humanista e patriótico dos mais preclaros proveres da nação cubana.

O primeiro que teria que sublinhar então para explicar o sistema político cubano, é que nosso modelo não é importado, nunca foi uma cópia do modelo soviético, nem do existente nos países socialistas naquele momento, como quiseram fazer ver os inimigos da Revolução. O sistema político de Cuba nasce e se corresponde com o devir da evolução histórica do processo político-social da nação cubana, com seus acertos e desacertos, com seus avanços e retrocessos. O fato de que a formação e desenvolvimento da nação cubana, durante seus mais de 130 anos de existência, tenham enfrentado praticamente os mesmos fatores externos e internos, favoreceu uma história coerente, permitindo desenvolver a ideia de construir uma nação forjada pelos próprios cubanos.

A existência de um só partido no sistema cubano está determinada, entre outros, por fatores históricos e contemporâneos. Nosso Partido é a continuidade histórica do Partido Revolucionário Cubano fundado por José Martí para unir todo o povo, com o objetivo de atingir a absoluta independência de Cuba. Aqueles fatores que deram origem a dito Partido, libertar Cuba e impedir sua anexação aos Estados Unidos, são os mesmos que estão presentes hoje quando nosso povo enfrenta um férreo bloqueio econômico, comercial, financeiro e outras ações hostis que têm como objetivo depor o governo e destruir o sistema instaurado no país por decisão soberana de todos os cubanos.

Nosso Partido desenvolve seu labor mediante a persuasão, o convencimento e em estreita e permanente vinculação com as massas, e as decisões que adota são de obrigatório cumprimento, unicamente, para seus militantes. Não é um partido eleitoral e lhe está proibido, não só de nomear candidatos, como de participar em qualquer outro momento do processo eleitoral. Esta concepção e esta prática garantem que, num sistema onde existe um só partido, desenvolva e prevaleça a mais ampla pluralidade de opiniões.

Características do sistema político e eleitoral cubano:

1. Inscrição universal, automática e gratuita de todos os cidadãos com direito a voto, a partir dos 16 anos de idade.

2. Postulação dos candidatos diretamente pelos próprios eleitores em assembleias públicas (em muitos países são os partidos políticos os que nomeiam os candidatos).

3. Inexistência de campanhas eleitorais discriminatórias, milionárias, ofensivas, difamatórias e manipuladas.

4. Total limpeza e transparência nas eleições. As urnas são custodiadas por meninos e jovens pioneiros, são seladas na presença da população e a contagem dos votos se faz de maneira pública, podendo participar a imprensa nacional e estrangeira, diplomatas, turistas e todos o que desejarem.

5. Obrigação de que todos os eleitos o sejam por maioria. O candidato só é eleito se obtiver mais de 50% dos votos válidos emitidos. Se este resultado não for atingido no primeiro turno, irão ao segundo os dois que mais votos obtiveram.

6. O voto é livre, igual e secreto. Todos os cidadãos cubanos têm o direito de eleger e ser eleitos. Como não há lista de partidos, vota-se diretamente no candidato que se deseje.

7. Todos os órgãos representativos do Poder do Estado são eleitos e renováveis.

8. Todos os eleitos têm que prestar conta de sua atuação.

9. Todos os eleitos podem ser revogados em qualquer momento de seu mandato.

10. Os deputados e delegados não são profissionais, portanto não recebem salário.

11. Alta participação do povo nas eleições. Em todos os processos eleitorais que se celebraram desde o ano 1976, participaram mais de 95% dos eleitores. Nas últimas eleições para Deputados, em 1998, votaram 98,35% dos eleitores, sendo válidos 94,98% dos votos emitidos. Foram anulados 1,66% dos votos e, em branco, só 3,36%.

12. Os Deputados à Assembleia Nacional (Parlamento) elegem-se para um mandato de 5 anos.

13. A integração do Parlamento é representativa dos mais variados setores da sociedade cubana.

14. Elege-se um deputado por cada 20 000 habitantes, ou fração maior de 10 000. Todos os territórios municipais estão representados na Assembleia Nacional e o núcleo base do sistema, a circunscrição eleitoral, participa ativamente em sua composição. Cada município elegerá, no mínimo, dois deputados e a partir dessa cifra se elegerão, proporcionalmente, tantos deputados em função do número de habitantes. 50 % dos deputados têm que ser delegados das circunscrições eleitorais, os quais têm que viver no território da mesma.

15. A Assembleia Nacional elege, dentre seus Deputados, o Conselho de Estado e o Presidente do mesmo. O Presidente do Conselho de Estado é Chefe de Estado e Chefe de Governo. Isso quer dizer que o Chefe do Governo cubano tem que se submeter a dois processos eleitorais: primeiro, tem que ser eleito como Deputado pela população, pelo voto livre, direto e secreto e depois pelos Deputados, também pelo voto livre, direto e secreto.

16. Ao ser a Assembleia Nacional o Órgão Supremo do Poder do Estado e estando subordinada a ela as funções legislativas, executivas e judiciais, o Chefe de Estado e de Governo não pode dissolvê-la.

17. A iniciativa legislativa é patrimônio de múltiplos atores da sociedade, não só dos deputados, do Tribunal Supremo e da Promotoria, como também das organizações sindicais, estudantis, de mulheres, sociais e dos próprios cidadãos, requerendo-se, neste caso, que exercitem a iniciativa legislativa o mínimo de 10 000 cidadãos que tenham a condição de eleitores.

18. As leis se submetem ao voto majoritário dos Deputados. O específico do método cubano é que uma lei não se leva à discussão do Plenário até que se esgotem consultas reiteradas aos deputados, levando em conta as propostas que fizeram, devendo ficar claramente demonstrado que existe o consentimento majoritário para sua discussão e aprovação. A aplicação deste conceito adquire relevância maior quando se trata da participação da população, conjuntamente com os deputados, na análise e discussão de assuntos estratégicos. Nessas ocasiões, o Parlamento se desloca aos centros trabalhistas, estudantis e camponeses, fazendo-se realidade a democracia direta e participativa.

O expresso, até aqui, põe em evidência a essência da democracia cubana, do sistema que instituiu, referendado e apoiado pela imensa maioria dos cubanos.

No entanto, não pretendemos ter atingido um nível de desenvolvimento democrático perfeito. A principal qualidade do sistema político cubano é sua capacidade para o constante aperfeiçoamento em função das necessidades propostas para a realização de uma participação plena, verdadeira e sistemática do povo na direção e no controle da sociedade, essência de toda democracia.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores da República de Cuba

sábado, 25 de setembro de 2010

Eleições 2010



Internet do Sr. Eduardo Azeredo

cartorio.gifO Senador Eduardo Azeredo, não contente em entrar para a história como a origem do mensalão, decidiu achar um caminho mais rápido para a imortalidade. O destino reservava-lhe papel mais grandioso, o de ser o senador que tentou aprovar um projeto que exige a identificação dos usuários antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros. O projeto já foi saudado como demente, absurdo, inconstitucional, orwelliano, ditatorial, e produto de uma massa encéfalica que não tem a menor idéia de como funciona a internet.

Os primeiros cinco adjetivos se aplicam, sem dúvida, mas pelo que vi até agora só os leitores do Nova Corja sabem que No texto do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar intitulado “As Cabeças do Congresso”, de 2003, o senador Eduardo Azeredo (PSDB/ MG) é descrito da seguinte forma: “É especialista em tecnologia da informação, tendo sido presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais, superintendente da DATAMEC, da Empresa de Processamento de Dados de Belo Horizonte, além de presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO”. O senador teve o financiamento de R$ 150 mil para sua campanha de 2002 da Scorpus Tecnologia S.A. (link). O Rodrigo Alvares do Nova Corja vai além e mostra o interesse do Bradesco, financiador de Azeredo, nesse projeto.

Mais adiante, o mesmo blog apontou que Quando a Receita Federal decidiu ampliar seus serviços na internet, adivinhe qual empresa chamou garantir os certificados digitais. Isso mesmo: a Serpro de Eduardo Azeredo (PSDB/ MG). Desde 2001, com a criação da Infra-estrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), a empresa passou a emitir certificados para órgãos da Administração Pública Federal. O negócio foi tão lucrativo que a empresa apostou no novo negócio e começou a oferecer a certificação como um produto para seus clientes.

Fui eu quem passou batido em algum detalhe ou o Nova Corja deu um baile investigativo no Globo, Folha, Estadão e congêneres? O máximo que me lembro ter lido na Folha foi uma referência a um vago "lobby dos bancos". Como se sabe, a votação do projeto foi adiada. Mas que ele tenha sido aprovado na Comissão de Educação do Senado já é motivo suficiente para que façamos barulho.

Site:http://www.idelberavelar.com/archives/2006/11/a_internet_do_sr_eduardo_azeredo.php


Escrito por Idelber.(Retirado do site O biscoito fino e a maça)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FICHA LIMPA Corre Risco


"STF suspende julgamento da Lei da Ficha Limpa

Após empate em 5 a 5, não há previsão para tribunal retomar análise do recurso de Roriz. Impasse deve permitir que candidatos 'sub judice' disputem eleição." - O GLOBO 24/09

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Caros amigos,

A Ficha Limpa corre sério risco. Candidatos corruptos, barrados das eleições de outubro, estão apelando para o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a "constitucionalidade" da lei. Se eles ganharem, todos os candidatos corruptos que conseguimos banir serão liberados para disputar as eleições de outubro.

Assine a petição ao STF pedindo a validação da lei Ficha Limpa. A petição será entregue diretamente ao Presidente do STF em alguns dias!

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/?cl=758162675&v=7202

Graças à Ficha Limpa, mais de 242 candidatos notoriamente corruptos foram barrados das eleições e outubro. Esta lei simboliza uma melhoria imensa na qualidade dos nossos governantes. Porém, em uma medida desesperada para permanecer no poder, os candidatos banidos estão recorrendo ao STF para julgar a Ficha Limpa inconstitucional, a fim de concorrer nas eleições de outubro.

A Ficha Limpa é uma das leis mais democráticas do país, sendo introduzida e aprovada por um esforço da sociedade civil brasileira sem precedentes. Ela se tornou um símbolo de esperança por um governo livre da corrupção. Percorremos um longo caminho pressionando o Congresso, com telefonemas, e-mails e mobilização popular, agora precisamos nos certificar que o STF irá defender a vontade dos brasileiros e não dos corruptos. Assine a petição agora para garantir a validade da Ficha Limpa em outubro:

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/?cl=758162675&v=7202

Obrigado por fazer parte deste incrível movimento contra a impunidade e por um governo sem corrupção.

Com esperança por uma eleição sem corruptos,

Graziela, Alice, Ricken, Paul, Milena, Iain, Mia, Alex and the whole Avaaz team

Prezados amigos e amigas,

Gostaria que conhecessem o Questão Pública. org.br . Uma plataforma que identifica afinidades entre eleitores e candidatos ao Senado em todos os estados do Brasil. Eis o link: http://www.questaopublica.org.br/ . Basta clicar. As organizações podem colocar em seus sites. É um bem público desenvolvido por varias organizações, entre elas o Instituto Ágora. Peço para que usem e divulguem. Todos os candidatos foram convidados e incentivados a participar (insistentemente, devo acrescentar), os que não comparecem, ao que parece, não se preocupam em responder às solicitações de sociedade civil. Não deixa de ser um indicador importante inclusive para a escolha de um Voto Responsável.

Muito obrigado.

Por favor consulte http://www.questaopublica.org.br/

Gilberto de Palma

Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia - Diretor Institucional

Gilberto, muito obrigada por informar.

Muito bom!

Peço que abra também o http://www.fichapublica.org.br/

Complementamos assim as informações para o voto .Este é um processo que não tem retorno.

À cada eleição teremos mais candidatos aproveitando nossos VEICULOS DE INFORMAÇÃO gratuita e absolutamente democrática , usando a WEB.

Abraços comunitários,

Celina Marrone

http://www.votoconsciente.org.br/

Celina,

Percebo o quanto essas duas ferramentas se complementam, uma para a Câmara, outra para o Senado. Tomo a liberdade agora em reta final de enviar as duas para todas as nossas redes. Peço que façam o mesmo. Voto Consciente e Voto Responsável, não precisamos muito, apenas um do outro. Sempre.

Obrigado.

Só voto em quem responde ao http://www.questaopublica.org.br/ e não voto sem consulta ao http://www.fichapublica.org.br/

Gilberto de Palma

Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia