Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nota de Falecimento - Lourdes


NOTA DE FALECIMENTO



Maria de Lourdes Soares – 08 de maio 2014.
Esposa de nosso querido Roldão Soares, Mãe e Avó dedicada, Mulher engajada e solidária que lutou a vida toda por um Brasil melhor, consciente, mobilizado e capaz de semear felicidade.
Deu o exemplo com sua participação na vida local, trazendo conforto por onde ela passava, militando por verdadeiras mudanças na condução da política. Sua porta sempre aberta lhe assegurou amizades sinceras e duradouras. Assentou suas bases na Vila Morse e espalhou pela Vila Sônia e Butantã sua solidariedade humana.
Seu falecimento deixou comovidos todos que puderam chegar a tempo do velório e enterro.  Morreu feliz por ter cumprido sua missão na terra e com tanto amor que legou ao seu redor.
Nós, amigos dela, registramos aqui nossas condolências e solidariedade com toda sua família, realçando o exemplo de mulher que representou ao longo de toda sua vida.
Descanse em Paz!
OCDC
10/05/2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

PEQUENO COMERCIO CLAMANDO POR SOCORRO!



 
Falar deste assunto no blog da OCDC é expressar as preocupações de seus diretores e simpatizantes com um setor esquecido ou abandonado de nosso dia a dia: o Pequeno Comércio & Serviços. Ele é vital para manter tanto o seu dinamismo como a própria harmonia de viver ao todo seu redor.

  • Mantemos aqui no BLOG-OCDC a mesma preocupação da Gazeta Cidadã de oferecer um jornalismo responsável e engajado com a plena cidadania. Ademais, qual é o comerciante que vai admitir que está em apuros, sabendo que esta postura pode lhe ser ainda mais prejudicial? Após conversar com alguns comerciantes e prestadores de serviço, tomamos a iniciativa desta pequena reportagem.
  • Estes feriados são as famosas pontes, devendo considerar sua vigência desde a sua véspera até a manhã seguinte quando ocorre a retomada normal da vida urbana. Eles fazem a alegria de muita gente, desde agencias de viagem e transportadoras (aviões, bus estaduais e interestaduais) passando pelas Tvs e mídias em geral, até cidades do interior que recebem estes milhões de turistas que se evadem de São Paulo.
  • No entanto, é preciso tomar cuidado: a alegria de uns pode estar escondendo a tristeza de muitos outros, pequenos demais para poder comprar um espaço na mídia mostrando suas dificuldades e necessidades.
  • Andando pelo Butantã, nas imediações da Av. Vital Brasil, por exemplo, pudemos comprovar isto com o comércio de rua praticamente morto diante da evasão de boa parte da população consumidora de seus serviços. Em Pinheiros, na Rua Fradique Coutinho conserva ainda características de shopping a céu aberto, pudemos recolher  vários testemunhos; dos quais uma dona de café que admitiu uma situação nem fácil nem agradável, pois teve que tomar empréstimo bancário para cobrir buracos criados por praticamente oito dias de paralisação entre meado de abril e inicio de maio. O problema dela é o mesmo que a maioria dos pequenos comerciantes: como cobrir 30 dias de despesas permanentes, entre aluguel, luz, telefone, água e impostos, com menos de 20 dias de atividades? 
  • Esta aritmética alguém tem que fazer, além dos comerciantes envolvidos. Alguém que possa sentir na pele quanto é temerário ser empreendedor quando inexistem mecanismos de proteção! Se as grandes empresas podem recorrer a mais de um turno e outras providências custosas, aqui encontramos donos de comercio que podem escolher entre trabalhar sempre, sem descanso, ter que emendar forçosamente ou baixar as portas. Sem contar que com ruas vazias não há muita defesa possível a não ser a precaução de fechar até a volta a normalidade. Uns correm o risco. Cada um deles, separadamente, sabe se valeu a pena. Cada caso sua boa sorte ou mal sorte.
  • Existe algum esquema fiscal que venha compensar estes prejuízos provenientes de força maior?
  1. É preciso que a ACSP e suas unidades regionais saiam em defesa destes que ousam ter um comércio não obstante todas as dificuldades. Apoiar o empreendedorismo é apontar soluções e lutar por elas! 
  2. Do mesmo modo o SEBRAE que não para de convidar, o tempo todo, a ser empreendedor sem deixar claro como prever estas anomalias nos Planos de Negócio tão valorizados hoje. Todavia, com certeza, passou a ser obrigatório planejar a administração de tantos feriados com antecedência, prevendo caixa-socorro para situações emergenciais. Ambos têm que correr atrás de soluções satisfatórias.  
  • Vejam o quadro 2014 e pensem sobre o malabarismo que deve fazer quem se arrisca a ser independente:
  1. Dez 2013 – euforia, consumismo em alta. Oba, caixa cheio! Férias merecidas.
  2. Janeiro 2014 – impulsionado pelas férias escolares, São Paulo se torna transitável, fazendo a alegria dos motoristas de ônibus que exclamam “ah se fosse sempre assim! Que maravilha!”
  3. Fevereiro – Março – Viva o pré-carnaval e o pleno Carnaval! Aguardando a normalidade da vida.
  4. Abril- Maio – 2 pontes:18 a 21/Abril e 01 a 05/Maio.
  5. Junho/ Julho – Copa FIFA - Surpresa! Inútil prever com antecedência resultados que trabalham co hipoteses quando todos pedem certezas, na área econômica pelo menos.
  • Nota: Acompanhem a programação da Globo anunciada em Março. Fica claro que, para ela pelo menos, o ano novo começa a valer em Abril: todos os programas quentes são anunciados a partir desse mês com a volta das “grandes atrações” e quando cessam as retomadas que tapam buracos na programação.
Toufic Attar

Feliz ano novo, então, a todos! E que 2014 continue cheio de grandes esperanças, mas também de grandes realizações. Pelo menos do lado da mobilização cidadã.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Conversando com os Haitianos na Missão de Paz em São Paulo


Resposta seguidores Facebook c/ mesmo assunto.


Minha participação neste episódio foi mínima, ficando surpreso com tantas reações positivas que a Sheyna, minha filha, fez questão de me mostrar na noite de ontem. Claro, sem o convite da Joyce, estimulada pelo seu grupo, Tania, Thelma e Cia, não haveria nada a contar.

Quando a Joyce Néia me chamou, eu estava me auto questionando, procurando saber minha postura em relação a vinda dos haitianos e sua acolhida no Brasil para trabalhar. Já tinha alguma ideia sobre o assunto, preocupado particularmente sobre como pegaria este tipo de ajuda sabendo que milhões de brasileiros se acham excluídos na sua própria terra, buscando empregos decentes e duradouros. 

Fiz questão de afirmar isto ao encontrar o grupo, como tive oportunidade de me posicionar com os próprios Haitianos, que pareceram entender perfeitamente minha preocupação: o Brasil não pode ignorar os graves problemas de sua própria gente, já que nossos políticos parecem ter abandonado sua missão de resgatar a dignidade de viver neste imenso país e passaram a analisar as coisas a partir da rentabilidade dos serviços mínimos essenciais, a preservação da dignidade cidadã, ela mesmo sacralizada por nossa Constituição 1988. 

Por exemplo,  na simples questão do transporte coletivo, eles não parecem perceber que os usuários brasileiros têm direitos que lhe são negados pelo Sistema de Transporte Urbano e que o problema de finanças é algo técnico, enquanto o problema do transporte humano e decente é algo vital, elemento motor de toda a base econômica e social. 

Em algum momento o cidadão deve prevalecer sobre o mestre-das-urnas! 

Enfim, conversando com os Haitianos pude perceber que acolheram em mim o tradutor voluntário (alguns já pensavam que fosse empregador), aceitando a ideia de facilitar a comunicação entre uns e outros.

Mais uma vez na vida, surgia a vocação de servir de ponte entre lados opostos. O que é o papel realizado pelo nosso Jornal Gazeta Cidadã, ponte em construção entre noticias e comunidades locais. 

Funcionou perfeitamente para nosso pequeno grupo, como funcionou quando a Thelma Queiroz teve a boa ideia de levar ali seu amigo repentista, Adão. “Quem é ele, o que quer?”, perguntaram automaticamente. Ao saber que ele os estava brindando com seus talentos de “troubadour”, menestrel, ficaram contentes e acolheram melhor ainda, pois estas palavras eles entendiam bem! 

Fiquei mais curioso ainda com a cultura deles!

Em suma, o que tiro desta pequena aventura é o alto teor humano, que circulou e se estabeleceu entre nós.

De repente, me ofereci para fazer todas as perguntas que queriam ou precisavam fazer. Desencadeou a roda e a aproximação de mais gente. Isto merece outra abordagem, em separado. 

Mas o tradutor ali teve o papel de permitir a expressão das angustias, facilitando o trabalho das voluntárias.

Aos poucos o Gesner, meu interlocutor na foto divulgada no Facebook, se transformou num porta-voz improvisado. Como explicou: ele não mora lá (no abrigo improvisado, na Igreja Missão da Paz), pois achou uma pequena pensão, a preço exorbitante, que só pode continuar se vier o emprego prometido, rapidamente. Aliás "Por que aumentam tanto os preços dos quartos quando descobrem que somos haitianos?!", perguntaram vários deles! Mas estava lá em solidariedade e não podia estar em outro lugar. 



                             Gesner, Toufic Kamel Attar (Jornal Gazeta Cidadã) e Tania Peral Mujica, do GT Haitianos em São Paulo, com os demais haitianos abrigados na Igreja Missão da Paz, localizada na Baixada do Glicério, centro da cidade de São Paulo.


Na cabeça deles, todos, uma mesma obstinação: trabalhar. Estranharam o fato que nos metrôs as pessoas demonstravam medo deles, haitianos. Foi preciso explicar que este medo é uma componente de nossa vida, e não hostilidade automática contra eles. Disseram para eles que os brasileiros detestavam a África e já sentiam como algo negativo a enfrentar. 

De diálogo em diálogo, abordamos fatos históricos, de sua própria história. E aí surgiu uma evidência nada visível à primeira vista: eles estão cientes e orgulhosos, ainda, de ter sido a primeira republica negra a ter declarado sua independênciaCultivando este traço, como conscientes do pleno valor de sua negritude, nada inferiores a outras raças. Mas sem saber ainda o que isto significa no Brasil. 

Eu fui ajudar minimamente. Aprendi além do que esperava.

Creio que no círculo imediato ao redor da gente começava a brotar uma confiança mútua, ambos conscientes das limitações individuais. E fizeram circular entre eles um pedido de respeito com nosso grupo, pois estávamos ali para ajudar. 

E ainda me brindaram com uma fala entre eles, em “creole”: não entendi nada! 

Parecia uma destas metralhadoras que dispara palavras! 

No final brinquei com o Gesner, dizendo-lhe: “para vocês, estarem aqui, na Missão de Paz, neste recinto, me parece como entrar num porto buscando abrigo contra as tempestades e a fúria do alto mar. Será que é assim?" 

Todos responderam dando risada: “É isto mesmo!” 

Ao ponto que só saem de lá se aparecer a miragem que estão tanto procurando: o trabalho! 

O curioso é que me pediram para voltar .... confiança conquistada? Who knows? Espero que sim... 

Ao mesmo tempo, fiquei curioso (o que é de minha natureza), para saber a resposta da França e das Guianas (as 3), diante deste desafio, que exige mais do que humanismo diante da calamidade, que leva um povo inteiro a buscar o exílio como solução para seus problemas de sobrevivência. 

Se acompanharem os outros assuntos em nosso Blog OCDC, Organização Cultural em Defesa da Cidadania, blog-ocdc.blogspot.com, poderão verificar como a preocupação com a conquista de plena cidadania é permanente. 

Mas, o que vale esta sem liberdade e sem a reabertura do diálogo entre aqueles que querem o Brasil uma nação inteira, independente e capaz de assegurar o bem-estar a todos os seus, sem temer de acolher quem vem construir junto um país melhor?

Saudações, Toufic (Téo)!


sábado, 3 de maio de 2014

Toufic Attar presidente da OCDC Meu amigo TEO que tão prontamente foi hoje ser o intérprete do francês para os haitianos, durante o cadastramento dos mesmos para encaminhamento empresarial. Que posso dizer-lhe? GRATIDÃO!!! E Tania Mujica!!!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Surdos, mudos, cegos, canto dos quatro sentidos!



  • Pessoal, localizei nos meus arquivos este texto composto entre 1980/82 sob o signo da liberdade (de ser, de pensar). O Brasil então era um pouco mais que 90 milhões em ação (lema da Copa 70). Hoje, menos de 50 anos depois, somos perto dos 200m com uma infraestrutura deficiente ao ponto de faltar luz e água de maneira constante. É preciso lembrar que uma das maiores aspirações reinantes era sair do ciclo ditatorial. Este parecia ser o único obstáculo que separava um povo inteiro do tão sonhado amanhã ao abrigo das necessidades básicas. Passamos a acreditar que a saída dos anos de chumbo traria necessariamente uma nova dignidade no conceito de viver. Poder caminhar com liberdade e democracia para um Brasil melhor, uma sociedade mais justa. O sonho esbarrou em mudanças de rumos brutais ao termos gente que pareciam identificados com este sonho, decididos em abrir o caminho com seu exemplo de dedicação e seriedade na condução da nova política pós-ditadura 1964/ 86.
  • Ao reler estas linhas percebi quanto pouco fizeram nossos políticos e partidos de plantão. Me desculpem, portanto, tomei a liberdade de editá-lo aqui pois já era, no meu inconsciente, uma luta pela liberdade e pelo direito de viver bem sem ser necessariamente rico. Nem fazer cambalachos para chegar lá. Já era um grito pelo reconhecimento e direito da plena cidadania, decente, livre, respeitada ao longo da vida, do nascimento até a morte.
  • Espero que o canto aos quatro sentidos, especialmente o último, o da liberdade de expressão e de pensar diferente. Espero que apreciem.
  • Só corrigi algumas incorreções mantendo o texto original intacto. Eis os anos 8o/82!

Temas da liberdade.
Exercício sobre Ouvir, Falar, Ver e Sentir.
Os quatro sentidos
Surdos, mudos, cegos. É o que a política de nossos governantes no Brasil exige dos cidadãos deste país.
Cegos perante as desigualdades, as injustiças, a miséria galopante que invade o Brasil do Norte ao Sul, do Este ao Oeste, deixando-o arrasado com os seus problemas sociais, rurais e urbanos.
Cegos, sim, diante dos desvios e desperdícios do tesouro publico tão penoso para economizar com o suor e a escassez de grana das classes pobres e médias.
Mudos devem ficar os cidadãos, mesmo aqueles que pregam a igualdade em nome de Deus, sem deixar de apoiar uma política criminosa na suas consequências sobre a população brasileira.
Mudos devem ficar os professores, médicos, enfermeiras e todos que possam opinar ou criticar a atuação de nossos políticos que acreditam serem os únicos a enxergar a verdade nesta terra de Deus.
Mudos devem ficar as igrejas, as sinagogas, os templos, as mesquitas, que mesmo enxergando as diferenças sociais gritantes, absurdas, e suas calamidades consequentes, devem calar em nome do não envolvimento nos assuntos internos governamentais.
Mudos devem ficar também os advogados, os juízes e os jornalistas que reclamam pela inação do governo perante a violência crescente, desenfreada, portadora das piores calamidades que entristecem as nossas vidas e acabam atingindo as novas gerações privadas de boa qualidade de vida que todos nossos filhos e netos merecem.
Cegos, mudos, surdos!
Surdos devem ficar os deputados quando os seus eleitores os incumbiram de lutar para assegurar um estômago mais satisfeito, sem fome nem fator de fragilidade humana, um cérebro dos filhos mais cultos e educados e a decência de uma moradia que não é a fartura dos palácios como não é a do aperto e do desumanidade das favelas e cortiços.
Surda deve ficar a nação inteira!
E isto que querem de nos? Surdos, cegos e mudos? Será o nosso triste destino de aceitar sem revolta este percurso para os nossos filhos e nossos entes queridos ?
É impossível existir, sem lhe dizer "basta", um governo que possa aceitar e oferecer tanta calamidade para os seus conterrâneos sem que a  Historia, um dia, o coloque no banco dos réus.
Porém, se somos cegos, mudos e surdos por imposição, pela força, felizmente sobra ainda o poder da palavra escrita, valorizando este quarto sentido que nos propicia a liberdade de escrever!
Ou seremos mutilados também ?!!
Toufic Attar
Retirado do baú, corrigido e editado em 27/03/2014
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domingo, 23 de março de 2014

BRÉSIL, VIVRE ET SURVIVRE TABLEAU DE FOND aux indignations collectives.




 De combien d’indignations est composée l'actuelle onde d'indignation collective au Brésil?

Combien sont-elles passées sous le signe de l'indifférence, ancrées dans la nuit des temps? Sans jamais voir des punitions exemplaires sinaliser des nouveaux temps á tolérance zero, soumettant á des punitions exemplaires tous les excès qui portent atteintes au bien-être collectif ? Paradoxalement. elle finit par atteindre bien plus l’indigné que la cause qui le tourmente. C’est lui qui est soumis au ridicule et montré du doigt. Voyons donc quelques unes qui ont un fond différent:
  • Il y a donc l’indignation devant le silence qui suit les lendemains de tout scandale rendu public. Mais qui devra attendre que procés suive son cour, 10/12 ans plus tard, Sauf aspects mis sous Secret de Justice. Qui n'est qu'un silence officiel!
  • Comment peut-on considérer que vivre dans des conditions inhumaines, sans habitat ni transports publics décents est vivre? N'est-ce une source d'indignation?
  • Pouvor assurer une Education á la hauteur des richesses dilapidées sans jamais réussir á implanter un bon système éducatif qui puisse rétablir l’ordre des choses, n'est-ce l’origine de bien des cris clamés par les foules d’indignés?
  • Cette lamentable politique de la Santé Publique inexistente lá il le faudrait le plus, parmi la population qui ne peut se payer des services privés de santé, ne peut elle être la source de tant de révoltes, de tant d'indignation ? 
  • Quand tout ce qui touche aux besoins de l’homme est dégradé dès l’enfance avec l’inexistence de crèches suffisantes, non adaptées aux besoins d'éliminer les inégalités sociales, n'est-ce justifier une colère montante? On a fini par aboutir á plusieurs réalités dans le vécu de l’enfance. Celle qui vit entre des murs de sécurité dressés pour la protéger de violences dont elle n’est pas coupable. Est-on coupable de naître dans des familles riches ou aisées ? Tout comme on ne l’est pas á naître dans ces autres réalités classées sous C/D/E, bafouant le droit constitutionnel qui protège tout enfant et adolescent. Combien sont-ils á avoir leurs droits ignorés par tous et montrés coupables d'un état de violence provenant des conditions de vie?
  • Il y a l’indignation devant les résultats des fruits du travail collectif quand travailler sans répit ne donne pas le droit de profiter de l’évolution économique du pays, réservant á une minorité absolue des suplus jamais distribués équitablement. Ainsi ceux qui en ont les moyens peuvent se permettre de vivre dignement, avec un luxe extraordinaire pour un pays atteint par un cataclisme social. Légitime des fois. Mais qui ne peut qu‘interpeller devant un voisinage immédiat de favelas et de quartiers d’où sortent ceux qui vont travailler « en face ».
  •  L’indignation collective finit par ne plus distinguer entre les bons et sérieux politiciens de ceux qui ne cherchent qu’á atteindre les îles paradisiaques des classes privilégiées et connaissent une nette évolution, immédiate, dans leur qualité de vivre alors que tout un peuple doit s'y attendre dans  un lointain et incertain avenir.  
Il y a un parcours identique quand tombe le mur du silence concernant quelques « affaires » : tous clament leur innocence et protestent contre la presse (coupable de chercher le sensacionalisme et non pas la vérité). Les humeurs s’enflamment entre accusateurs et supposés coupables. Un scandale fait surface et alimente les principales nouvelles et médias. Qui enflamment á leur tour plus encore. Le peuple, quant á lui, en rit, comme s'il nous disait "á quoi vous attendez-vous donc?"  Et on finit par paraître idiot á se scandaliser autant! Puis d’autres raisons d’indignation surgissent banalisant la premiére, inchangée et impunie. Des millions finissent par disparaitre ainsi sans coupables. A peine une ou deux personnes si l'on va loin! Par contre, quand il s’agit de petits vols dans le commerce la loi et la police sont implacables. Et l'on applique la sévérité au nom d'une morale douteuse.
Et pourtant, combien sommes-nous qui souhaitons des changements profonds? Comment s’y prendre? Il faut absolument créer une conscience collective des enjeux. A niveau interne qu’á l'international; quand des liens entre peuples peuvent être plus confiables que ceux des gouvernements concernés. Puisque l'indignation par le monde n'est pas étrangère á une overdose de corruption qui atteint en plein le bien-être social collectif (en Europe, aux Etats-Unis et ailleurs).
Suite lundi prochain....Toufic Attar  23/03/14
Bientôt dans ces colonnes nos hommages pour un triste anniversaire: 1914/2014! Cent ans déjà.