ESPORTE E LAZER
Francisco Gonçalves de Oliveira*
Mesmo sendo leigo no assunto, quando discutíamos a pauta do Jornal, assumi o compromisso de escrever sobre bicicross. Não vou aventurar-me em falar, com termos técnicos, de como deve comportar-se um ciclista nessa selva de pedra onde o transporte automotor tem preferência, mas, como apreciador de um belo passeio de bicicleta, nesse sentido posso meter meu bedelho. Quando vou de bicicleta do Parque Marabá à Vila Sônia, é como se eu fosse uma criança feliz, que ganhou um presente de Papai Noel, coisa que hoje perdeu um pouco do seu mistério, mas eu me orgulho de, quando criança, ter acreditado em Papai Noel. Como era gostoso acordar e ver em baixo da cama o tão sonhado brinquedo... No Ceará eu esperava que meu brinquedo aparecesse embaixo da rede. A ansiedade era tanta que naquela noite não fazia xixi na rede!
A OCDC há muito tempo vem defendendo a criação de uma ciclovia na região do Butantã, por entender que esse poderá ser o transporte do futuro, isso quando o cidadão conscientizar-se de que o uso da bicicleta como meio de transporte lhe trará três importantes benefícios, a saber, a saúde, a economia e a preservação do meio ambiente. Pensando assim, certamente ele irá trocar o seu carro por uma bicicleta, pois em países bem mais evoluídos que o nosso já utilizam esse meio de transporte.
Contrariando especialistas, quando saio a pedalar vou pela contra mão. Aprendi em uma revista que não lembro o nome, sei apenas que era editada no Rio Grande do Sul, e que falava de como andar de bicicleta. Quando você pedala pela contra mão, segundo a revista, fica mais fácil você saber quem está à sua frente. Essa tática é boa, mas seria necessário que motoristas respeitassem os ciclistas; talvez os gaúchos sejam mais conscientes que os paulistas ou a revista fizesse referência a uma cidade pequena. Eu prefiro mesclar entre uma vaga na calçada e andar circundando a guia da calçada, recurso esse utilizado em locais onde ainda não existe uma ciclovia.
O empresário Antônio Bertolucci, de 68 anos, dono do grupo Lorenzetti, foi atropelado e morto por um ônibus quando ia para o trabalho em sua bicicleta. Sua atitude deveria servir de exemplo para que outros também trocassem suas Mercedes por uma bicicleta. Fernando Gabeira como deputado ia todos os dias à Câmara de bicicleta, para dar exemplo aos seus colegas, mas infelizmente isso não pegou. A OCDC está empenhada em defender essa ideia e para isso já estamos discutindo um passeio de bicicleta pelo Butantã. De minha parte estarei presente ao evento pedalando e contribuindo como cidadão pela qualidade de vida da nossa população.
(*) Francisco Gonçalves de Oliveira é formado em Letras.
fgdeoliveira@hotmail.com
domingo, 18 de dezembro de 2011
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