Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Desdobramentos do processo na Suiça

Quero primeiro apresentar minhas desculpas por eventuais erros, seja de digitação, seja da maneira de expor certas reflexões. Me perdoem e me corrigem por favor. Quero deixar claro que repudio, de antemão, toda tentativa de ver nas reflexões do autor preconceitos ou incitação a descriminação racial. Pelo contrário, é o valor humano que prevalece qq que seja a situação. Para poder criticar, ou mesmo aplaudir, é preciso poder mergulhar no significado dos casos e dos eventos que suscitam nossa reação. A construção de um Brasil maior, socialmente falando, capaz de combater as mazelas sociais, é o pano de fundo. Entao ao abordar-mos assuntos que nem de hoje é preciso entender que a História pode prestar preciosos serviços para quem dela consegue tirar boas lições. Mergulho fundo neste Processo na Suiça reagindo a afrimação dos advogados da defesa que " é assim por lá, nos países de origem" como p/ justificar que atos de corrupção e jeitinhos podem perpetuar uma impunidade mãe de muitos males que corroem as vidas sociais no Brasil e mundo afora. Até desembocar em crises atípicas onde poucos sabem a solução.
FIFA, JUSTIÇA SUIÇA E O BRASIL.


 FIFA, JUSTIÇA SUIÇA E O BRASIL.


Vamos deixar em aberto outros aspectos que merecem reflexões.

Falar do hábito dos latino-americanos, entre os quais dois brasileiros que, por decisão da justiça suíça tiveram seus nomes liberados. Mantendo sob sigilo todos os outros. Particularmente esses que não tiveram nenhuma participação mesmo com altos cargos (dos quais um vice-presidente bem suíço) na própria FIFA. Assim o Sr. Blatter saiu todo orgulhoso por sua inocência assim provada! Como para confirmar a validade dos argumentos dos advogados da defesa dos réus que invocaram “ costumes locais” como já dissemos anteriormente.

Fazer dos costumes locais justificativas para atos que atos que só foram tolerados mediante acordo bilionário (os danos foram evidentemente muito maiores) é abrir um grave precedente quanto aos costumes que acabam se tornando traços culturais. Assim, se no Brasil a corrupção ganhou um caráter endêmico, a Suiça não está por fora de graves ataques naquilo que ela tem de mais profundamente enraizado e mundial: o segredo bancário! Asilo e abrigo seguro daquilo que fez a prosperidade dos bancos suíços e. porque não, já que isto gera emprego, de muitos suíços!

Eis que este sacro-santo segredo bancário esteve nos bancos dos réus, com os maiores bancos suíços nele envolvidos, atacados pelo nada menos feroz adversário: o fisco norte-americano que agiu sob determinação da administração Obama autorizando retaliações contra funcionários desses bancos que acobertaram transações ilegais nos Estados-Unidos. Exigência máxima e inabalável: a quebra do sigilo bancário das fortunas ali refugiadas ilegalmente e a relação de quem ali remeteu acima de certo montante! Os bancos suíços, logicamente, tentaram reagir. Mas, a justiça suíça acabou cedendo diante das claras ameaças quanto as conseqüências do acobertamento: tais bancos seriam proibidos de operar nos USA! A Suíça cedeu!
Bem que poderiam invocar que esses funcionários agiam de acordo com os costumes locais!
O fisco alemão seguiu o exemplo, chegando a um acordo com a Suiça, obrigando fortunas alemãs ali refugiadas, a pagar multas p/ poder normalizar sua situação. Evidentemente o efeito dominó vai continuar pela U.E. na medida que a crise de cada país vai exigir rigor com fortunas que escaparam por baixo dos panos dos países de origem. De qualquer modo, um costume local, princípio de vida até, está sendo questionado abertamente! Até quando vai perdurar esta situação de acolher fortunas sem origens conhecidas, transparentes?
Eis como alegações de advogados de defesa permitem fazer ligações naturais entre o mundo econômico e as demais esferas econômicas onde circula uma grana fabulosa de valor desconhecido. Porém, em tempos de tempestades e secas na área financeira internacional, o que não se inventa para buscar somas altas que viriam amenizar crises locais! Bem que o fisco brasileiro poderia cuidar da repatriação das fortunas levantadas ao longo do processo na Suíça!
Não dá p/ entender porque a FIFA perdoou e não quis de volta sua grana. Lembrando que não é tão pouca nem nada desprezível. O fisco brasileiro como vai se comportar? O precedente aberto pelos dois exemplos acima, afinal USA e Alemanha, as duas locomotivas do mundo moderno, poderia incitar nosso governo a repatriar somas que seriam muito bem vindas em épocas de combate a miséria e a desigualdade social.
Continuação na sexta feira ou sábado. Obrigado por partilhar estas notas.



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