Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Andronico: Dona Daise sofre calúnia e vira o jogo

 Dona Daise Larazini, com sua primeira neta


      Muitos acompanharam os acontecimentos de 2003 na Escola Andronico de Mello, que vinha sendo classificada e premiada como a mais forte escola estadual de ensino médio em todo o Estado de São Paulo, graças, principalmente, ao trabalho da diretora Dona Daise Lazarini Ferreira. Naquele ano, várias acusações foram lançadas sobre a diretora e, com o abalo sofrido pelo estabelecimento diante disso, o então presidente da APM (Associação de Pais e Mestres) decidiu solicitar intervenção da Diretoria Regional de Ensino Centro-Oeste (Delegacia de Ensino) na unidade escolar.

'    Agora, oito anos depois, Dona Daise falou à Gazeta Cidadã sobre aquele período difícil em sua vida profissional e pessoal, discorrendo sobre as acusações infundadas que lhe imputaram e sobre a total absolvição, quatro anos depois, no processo disciplinar administrativo que instalaram contra ela.

'    Ela não tem dúvida de que os ataques dirigidos surgiram de pessoas inconformadas com o fato de uma escola oficial estar no topo, equiparando-se às boas escolas privadas da capital de São Paulo.

'    Em setembro de 2003, com o início da intervenção, Dona Daise transferiu-se para a Diretoria Regional de Ensino Sul-3, no bairro de Socorro, onde passou a atuar no setor de pagamentos, até se aposentar em 2010. Muitos de seus amigos, ex-alunos, colegas gestores e professores que trabalharam sob sua liderança foram prestar depoimentos nos meses iniciais do processo. Um auxiliar da diretora contou à Gazeta Cidadã que o professor Wladimir Lunardi, um dos depoentes, chegou a afirmar no Departamento de Recursos Humanos: "Esta profissional, depois de tudo o que fez pela população, responde aqui a um processo administrativo, mas ela merece mesmo é uma estátua, erguida na frente do colégio!"

'    Sob a gestão de Dona Daise, a Escola Andronico de Mello funcionava com uma estrutura invejável, que não se pode mais vislumbrar após a política de terra arrasada implementada pelos interventores. Sempre restaurada e pintada a cada final de ano, com jardins sempre bem cuidados e gramado aparado pelo menos a cada dois meses, a escola tinha aspecto físico mais apresentável que o das caras escolas particulares da região. Não por acaso, a Rede Globo a visitava várias vezes por semestre para suas reportagens, em que dava a entender que se tratava de uma escola privada. Duas máquinas Xerox, novas, compradas através da APM, e uma fanfarra bem equipada, que nos últimos anos vinha desfilando no Parque Anhembi nas comemorações do Dia da Pátria, eram patrimônios valiosos que se desfizeram na intervenção.

'    No final de cada bimestre os alunos faziam o 'Provão', uma prova de múltipla escolha envolvendo todas as matérias, elaborada em conjunto pelos professores. Com essa prova os alunos saíam do colégio muito bem preparados para enfrentar vestibulares e concursos, e essa garantia existia também porque os conteúdos eram trabalhados como em nenhuma outra escola estadual de São Paulo. Nas várias disciplinas, dificilmente faltava algum tópico. Mesmo com falta de docentes, os alunos nunca ficavam sem aula, pois, em não havendo algum professor disponível para cobrir faltas, a própria diretora pegava um livro e ministrava a aula. Como reflexo disso, ainda em 2007 a escola Andronico de Mello foi apontada como o primeiro lugar, entre as estaduais de melhor desempenho na Fuvest, com vinte alunos aprovados, sendo a maioria formada na época da Dona Daise.

'    Nos primeiros meses em que correu o processo, Dona Daise sofreu muito, como ela mesma afirma, porque havia nada menos que onze acusações. Vários auxiliares seus, incluindo inspetores de alunos, foram também acusados, todos respondendo a um número menor de calúnias.

'    No final de 2007, veio a boa notícia: Dona Daise e todos os auxiliares acusados foram completamente absolvidos.

(Publicado na Gazeta Cidadã, edição 059, de novembro de 2011, pág. 6)

Veja a última edição da Gazeta Cidadã em:

     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_59.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_60.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_61.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_62.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_63.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_64.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_65.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_66.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_67.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_68.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_69.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_70.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_71.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_72.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_73.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_74.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_75.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_76.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_77.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_78.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_79.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_80.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_81.htm
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     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_88.htm
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     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_90.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_91.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_92.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_93.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_94.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_96.htm 
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_97.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi102.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi103.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi104.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi111.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi112.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi113.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi114.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi115.htm

Veja a página do mestre de panificação Valdenor:

     http://www.mestredenoro.com.br

Veja a página do editor Cacildo Marques:

     http://www.cacildo.webs.com



     https://www.scribd.com/Cacildo/documents

     http://www.amazon.com/JESUS-CHRIST-childhood-history-Infancy/dp/1508427496

     http://www.amazon.com/Amazonian-Fanfare

     http://www.amazon.com/JesusMenino


sábado, 21 de abril de 2012

Quadrilha de que?

Quadrilha de que? Seu Francisco, o que é quadrilha? Pergunta Chicão com ar de curiosidade. Disse-lhe que quadrilha é um tipo de dança típica das festas juninas em que se comemoram o dia dos três santos, S. Antonio, S. Pedro e S. Paulo. É uma importante festa popular, dancei muito quadrilha e desse tempo guardo belas recordações... Não seu Francisco eu estou falando de quadrilha que Datena fala em seu programa. - Foi pego uma quadrilha de ladrões de Banco! Pegaram um da quadrilha, mas o restante fugiu com o dinheiro ou pegaram três, mas um fugiu com o dinheiro! É isso que eu quero saber! Disse-me o curioso Chicão. Bem Chicão, esse é outro tipo de quadrilha, é uma gangue de assaltantes que denomina-se também de quadrilha quando passa de quatro elementos. São bandidos fortemente armados preparados para enfrentar a polícia ou qualquer um que cruzar sua frente. Também há as facções criminosas, grupos de extermínios, bando de salteadores, malta! Todos esses termos são usados para denominar organizações criminosas. Algumas são criadas com objetivos políticos como a Al-Qaeda, as FARCs na Colômbia o Ira na Irlanda e o ETA na Espanha, movimento dos bascos, região entre a França e a Espanha, que lutam por sua independência, entre outras. Aqui mesmo já teve vários movimentos armados para derrubar um governo que havia derrubado um presidente legitimamente eleito pelo povo. Também existe os grupos de extermínios que muitas vezes parte de elementos da própria polícia. Dentre esses grupos, destaco dois: O comando vermelho e o grupo liderado pelo Cabo Bruno famoso aqui em São Paulo. Chamam esses grupos também de terroristas porque metem medo, terror na população. Formam se grupos armados ou não para um fim, ou seja: Roubar o cidadão. Esses elementos dificilmente agem sozinhos sempre em bando, juntos são fortes e poderão conseguir o que querem com mais facilidade. As vezes criam instituições legais do ponto de vista institucional e com um nome legitimamente constituído partem para a ilegalidade são as famosas ONG que são abertas para conseguirem dinheiro com os governos e repassarem em época de eleições aos seus apoiadores, são instituições usadas para lavagem de dinheiro. Mas, devemos separar o joio do trigo há ONG sérias. A inconfidência mineira, onde foi enforcado, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, também foi um movimento secreto para retirar o Brasil da dependência de Portugal, em que enforcaram e esquartejaram o Tiradentes para que ficasse de exemplo àqueles que ousassem imitá-lo. Bem, seu Francisco, pelo que o senhor me disse essas organizações são mais ou menos como partidos políticos, é isso? Concluiu Chicão diante do meu estupefato silêncio... Francisco Gonçalves de Oliveira

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Como a ditadura me atingiu (see below: biography)





''' Primeiro, vamos ao ponto mais premente. Nos anos 70, quando a Dilea Frate foi presa, junto a outros professores da ECA-USP, ao voltar ela contou a uma amiga minha, Paula, um fato que ocorreu no DOI-Codi e que eu não mais esqueci: o delegado mostrou a ela o caderno de um aluno e perguntou se era aquilo que ela ensinava nas aulas de jornalismo. Ela pôde analisar o texto no caderno do aluno e memorizou bem o tipo de letra. Na volta à sala de aula verificou que a letra era de um aluno chamado S. Esse sujeito, S., da turma da Lilian Wite Fibe (que não era muito de conversas na época), do Caio Túlio Costa, do Matinas Suzuki Jr., do Laerte Coutinho, Da Mônica Teixeira, do Fausto Macedo, da Angela Pappiani e de outras figuras que se destacaram no ofício, deve ter entregue muitos dos professores da escola, talvez até o próprio Vlado.



''' TRAMA. Mas uma outra amiga, Yumi, veio me contar algo mais preocupante para o meu lado. Numa roda de alunos, não sei se em aula, S. afirmou que a pessoa que entregava os nomes dos professores para a repressão era eu. A história era tão idiota que não levei muito a sério, mas fiquei esperando encontrar-me com o agente S. para tirar as coisas a limpo. Só que eu nunca mais o vi por ali. O que eu cursava na ECA eram disciplinas optativas, que o meu curso obrigava a fazer.



''' PERFIL. A consequência do jogo criminoso do S. para o meu lado veio agora, décadas depois. Eu tinha amizade com os quatro filhos adultos do Rubens Paiva, e o Marcelo entrou na ECA para cursar Rádio e TV alguns anos depois daquela fase. Foram muitos anos sem que eu visse esses irmãos, a não ser por algum contato telefônico e também uma vez em que encontrei o Marcelo no Jô, quando o programa era no SBT. Ocorre que no final de 2011 encontrei no Facebook os perfis da Nalu, da Veroca e do próprio Marcelo (não cheguei a ter acesso ao da Eliana). Certamente, pedi para me adicionar, um depois do outro.



''' AMIZADE. O que aconteceu é que a Nalu não aceitou me adicionar. Tentei o Marcelo, idem. Finalmente, tentei a Veroca, e o perfil dela foi bloqueado para mim. Depois de vários dias intrigado, liguei os pontos. Só podia ser a injúria do S., que o Marcelo deve ter ouvido, por terceiros, e comunicou às irmãs. Isso foi muito doído, porque minha amizade com a Nalu e a Veroca ia muito além de coleguismo e de arriscar a vida juntos, na luta contra o regime.



''' DENÚNCIA. Sim, pode ter sido o S. que entregou meu nome para o DOI-CODI. Meses depois da morte do Herzog e do Fiel Filho, e antes da queda do general Ednardo no II Exército, fui investigado. A OBAN (Operação Bandeirante), braço de inteligentsia do DOI-CODI, levantou minha ficha. Não fui preso porque interferiu a meu favor o tio do Aloizio, que era da nossa turma e que hoje é Ministro da Educação. O pai do Aloizio, general, era o diretor da ESG na época. Os militares não me pegaram, mas dois anos depois fui mantido em cárcere privado e sofri tentativa de assassinato, sob ordens de civis, de gente das famílias que deram o golpe do primeiro de abril. Nem sob tortura vou declinar o nome dessa gente, porque o acerto de contas, se vier a ocorrer, tem de ser entre mim e eles.



''' GOLPES. Vendo a história em perspectiva, faço uma leitura que gostaria de compartilhar. Se me perguntassem em 1988, por exemplo, eu teria dito que houve um golpe militar em 1964. Ora, no dia 3 de outubro de 1930, os militares deram um golpe. Após dez dias, entregaram o poder aos civis, empossando Getúlio Vargas. Mas no dia 1 de abril de 1964 ocorreu o contrário: os civis deram um golpe. Como perceberam que não sustentariam a armação, dez dias depois elegeram um militar, através do Congresso Nacional. A partir do dia 11 de abril de 1964, os generais construíram a história que foi para os livros, dando conta de que eles tomaram o poder no dia 31 de março! A história foi outra. No dia 10 de abril de 1964 foi publicado número especial da Revista O Cruzeiro sobre o golpe civil. Nela, o Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais, era saudado como "O Herói da Revolução", embora o proclamador do golpe tivesse sido o Senador Auro de Moura Andrade (nosso prezado Darcy, Ministro-Chefe da Casa Civil, então muito jovem, cutucou a onça com vara curta, avisando que convocaria os militares leais ao governo para fechar o Congresso caso este depusesse João Goulart naquela madrugada). Nesse dia 10, os redatores da revista não podiam imaginar que no dia seguinte o Congresso Nacional trairia o país pela segunda vez no mesmo mês.



''' FILOSOFIA. Minhas queridíssimas Nalu, Veroca e Eliana, não esqueçam o que eu escrevi. Minha linguagem apenas amadureceu de lá para cá. Se o Marcelo ouviu aquela história, ela foi plantada pela repressão. Quando disse ao Mario Abramo que estava tendendo a abraçar o maniqueísmo, ele me alertou de que era uma filosofia atrasada, que mesmo o positivismo já havia superado isso. O Mario me trouxe uma nova visão da história. Os militares precisavam do maniqueísmo, nós, não. "A maldade dessa gente é uma arte", dizia Ataulfo, mas antes de ser uma arte é uma doença. Vamos identificar os doentes. Se alguém souber do paradeiro do S. (quem era da classe dele sabe de quem se trata), vamos levá-lo ao manicômio. Nem me passou pela ideia verificar isso na época, mas, com certeza quase absoluta, ele não ingressou na ECA pelo vestibular, via Fuvest. Os militares dos órgãos repressores tinham outros caminhos para os seus homens.




''' Cacildo Marques



Cacildo Marques Biography

     Cacildo Marques-Souza, or simply Cacildo Marques, was born at the district of Flagstones River, place of Minas, Chapada Diamantina, having been registered in Utinga, State of Bahia, Brazil, as having been born on May 9, 1952.

     Formation:

     He was alphabetized in 1958, in the only-teacher school of Flagstones River. He studied the elementary course in the School Group Clemente Mariani (1st and 2nd series, 1960 and 1961) and in the Group School Priest Joao Ramos Marinho (3rd and 4th series, 1962 and 1963), in Utinga. In 1964 he frequented the preparatory Course of Admission to the Junior School, in the School Group Priest Joao Ramos Marinho. From 1965 to 1968 he took the gymnasial course (current cycle from 6th to 9th grades) in the School Lord of Bonfim, in Utinga.
     The course of the high school was studied at the State School Goncalves Dias (1970-1972), in Sao Paulo SP. In 1973 he began the course of Baccalaureate in Statistics, in the Unicamp - Campinas SP, being expelled after one semester, because of the artistic-politics activities, developed at the academical campus against the military government.
     In 1974 he entered the University of Sao Paulo (USP), in the course of Mathematics. As he had to work during the course to sustain himself, he abandoned several disciplines of the curriculum, delaying it. In 1979 he entered the Baccalaureate in History, also of the USP, abandoning that course the following year. In 1981 he returned to the course of Mathematics, completing the Degree in 1982. Between 1997 and 2001 he went back to the USP to study Baccalaureate in Administration. He studied the Master's degree in Economics between 2007 and 2009, in the University of the State of Sao Paulo (Unesp), in Araraquara SP, having been approved in all the disciplines and in the qualification exam. On the eve of the presentation of his final dissertation, his work, on Keynesian Economics, it was rejected by the advisor, forsake of incompatible divergences.

     Profession:

     Since 1975 he exercised in Sao Paulo the occupation of basic teaching, in Junior School and in the High School, having ministered classes of Drawing, History, Statistics, English, Physics and Mathematics, after having worked some time in bureaucratic service, as in bank, as assistant of library and others. He always won some money with their artistic activities, as books, disks and shows, but he insisted on maintaining his work in the teaching, for guaranteeing a fixed remuneration, although small. That conservative attitude with the finances came from the fact of having been mother's orphan when he was 14 years-old and father's orphan when he was 17.

     Books:

     * "Rifts of Blue Fringe", poetry, by Publisher Scortecci (1982).
     * "Stories of the Future", stories in partnership with friends from IME-USP, by Editions Camatianas (1984).
     * "Eyes and Fonts of the Largest Latin Soil", poetry, by Publisher Lumine (1985).
     * "Brasilia, capital of the bonanza?", Economics, by Publisher Lumine (1988)
     * "Drawings in MSX", computation, by Publisher SCIPIONE (1989).
     * "The Sol of the flute", infanto-juvenile poetry, by Publisher Lumine (1992).
     * "Ten ways to abolish the inflation", rehearsal about Economics, by Publisher Lumine (1993).
     * "Stories of Friends", stories in partnership with friend teachers, by Publisher Scortecci (1994).
     * "How to build a world of only wealth", Behavior, by Publisher Lumine (1997)
     * "Mathematics for example", Mathematics for the High School, by Publisher Lumine (1997).
     * “Elegy to the destroyed teaching”, poetry on the education system, by Publisher Episteme (2005).
     * “From the Pinewoods to the Amazon”, poetry, by Publisher Episteme (2006).
     * “The Brussels Crisis”, Economics, by Publisher Scortecci (2012).

     Journalism:

     * He creates the Soirée Magazine, in the Cefisma (Center of Studies in Physics and Mathematics), in 1976.
     * "Perspectives for the Music and the Arithmetic" and "The Computer science in the Education",
       articles in the Jornal D'Aqui, of the Granja Vianna, Cotia SP (1986).
     * He creates and rules the "Contest of Chronicles Otto Lara Resende - 93", of the Brazilian Union of Writers,
       with sponsorship of Publisher Scipione. The Contest is destined to students of the High School (1993).
     * He participates in the creation of Vila Sonia's Newspaper (1999) and he maintains the column about education.
     * He grants interview to Folha de S.Paulo, about education (published on Sunday, 2001-11-4).
     * He becomes editor of Vila Sonia's Newspaper (2002).
     * He changes the name of Vila Sonia's Newspaper to "Gazeta Cidadan" (2005) and writes the poetry column.

     Music:

     * Presentations in programs of TV Cultura, as guitarist and composer of MPB - Folk Brasilian Music (1973 to 1977).
     * Presentations in the Display of Universitarian Music (I and II) - History-USP (1974 and 1975).
     * Composition of the songs of the play "Galileo Galilei", by Bertolt Brecht, for Cefisma Group of Theater (1976).
     * With Edmar Luciano, Manuel de Souza, Antonio Carlos and Eliete Negreiros, he plays and sings
       in all of the schools of the USP-Butantan, in the called "Tundra Project" (1976).
     * Presentation in the 1st Metropolitan Show of Universitarian Music (TUCA SP), with Deo Lopes, Eliete Negreiros,
       Arrigo Barnabe and others (1977).
     * Presentation, on May 6, in the Cycle of Universitarian Music, in the Theater of CAOC - Medicine-USP.
       Yves De La Taille, Priscilla Ermel and others was in the Cycle (1978).
     * Presentation in the 2nd Free Sample of Guarulhos SP (1981).
     * Presentation of the "Poetry and Music at the Mathematics", with the piper doctor Paulo Haiek Araujo (1981).
     * Presentation of the "Poetry and Music at the Chemistry", also with doctor Paulo Haiek Araujo (1982).
     * Composition of the songs of the play "the Bakery", by Bertolt Brecht, for the Group of Theater of IPT (1982).
     * Registration in the Nascent Project, as masters degree student, in the category Theatrical Text,
       with subsequent participation in report of VEJA Sao Paulo (1991-03-27, p. 106).



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Transporte público em Sao Paulo

De longa data o transporte público em SP é sinónimo de desrespeito permanente ao usuario, isto é ao passageiro, transportado sob as piores condiçoes. Indo de mal em pior apesar das mudanças introduzidas por autoridades municipais que nao conseguem enxergar no passageiro a razão de ser das próprias empresas de transporte público! Sem tanta gente para transportar e, especialmente, para trabalhar, produzir, criar riquezas e manter o país em pé, nao obstante todas as malversaçoes que sempre surgem, nao haveria necessidade de manter um sistema de transporte coletivo sempre saturado! Olhem nossos trens (urbanos), nossos onibus, nossos metros, nossas vias transitáveis: cheias o tempo todo! Até a linha 4, Amarela do metro, que mal foi inaugura, incompleta ainda, já está saturada! Usuário é transportado, goste ou não, amontoado um em cima do outro! O que é proibido para o transporte de animais, já que existem critérios rigidos que determinam o minimo de sofrimento para as espécies transportadas de um lugar p/ outro! Com o usuário/gente, infelizmente, há uma indiferença total ao mesmo tempo que os responsaveis pelo transporte público clamam por sua eficiencia e sua identificação com problemas que aflingem a qualidade de vida de seus eleitores! Eis que procedem a mais mudanças nas linhas de onibus, despejando passageiros fora de seu ponto de chegada em nome da modernidade e da santa eficiencia! A esses sobra invadir o metro ou seguir caminho pegando novos onibus, sem tempo de chegar aos compromissos. Isto é política pública de transportes?
Nao se trata aqui de indignaçao, mas da recusa de aceitar a ideia que usuários estao sendo despejados longe de seus pontos de chegada e todos acham isto normal! Logo virão as eleiçoes e vão correr pedir nossos votos. Merecem algo mais que nossa indiferença com seus propósitos eleitoreiros? Quando irão respeitar o cidadao aí sim voltaremos em falar em representantes que sejam capazes de defender interesses coletivos com coragem e determinaçao. Basta pegar ônibus urbano, metro em horas de pico, filas da saúde, desespero das creches inexistentes...etc...Começando por estabelecer um transporte decente para todos! Teo Attar

domingo, 15 de janeiro de 2012

Mobilização




FRASE TRISTE DO DIA - SAIU NO JORNAL ESPANHOL - EL PAÍS.

Que país é este que junta milhões de pessoas numa
marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica,
muitas centenas numa marcha a favor da maconha,
mas que não se mobiliza contra a corrupção?

(07/08/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal
espanhol El País)

Triste ler isto, escrito por um estrangeiro, que, com toda
propriedade e elegância, pôs o dedo em uma ferida que
nós
brasileiros não queremos ver. Vamos nos mobilizar ao menos
virtualmente e espalhar esta frase para nossos contatos?

Enviado por Tofic Kramer Attar

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Gazeta Cidadã e a Bicicleta

ESPORTE E LAZER

Francisco Gonçalves de Oliveira*

Mesmo sendo leigo no assunto, quando discutíamos a pauta do Jornal, assumi o compromisso de escrever sobre bicicross. Não vou aventurar-me em falar, com termos técnicos, de como deve comportar-se um ciclista nessa selva de pedra onde o transporte automotor tem preferência, mas, como apreciador de um belo passeio de bicicleta, nesse sentido posso meter meu bedelho. Quando vou de bicicleta do Parque Marabá à Vila Sônia, é como se eu fosse uma criança feliz, que ganhou um presente de Papai Noel, coisa que hoje perdeu um pouco do seu mistério, mas eu me orgulho de, quando criança, ter acreditado em Papai Noel. Como era gostoso acordar e ver em baixo da cama o tão sonhado brinquedo... No Ceará eu esperava que meu brinquedo aparecesse embaixo da rede. A ansiedade era tanta que naquela noite não fazia xixi na rede!

A OCDC há muito tempo vem defendendo a criação de uma ciclovia na região do Butantã, por entender que esse poderá ser o transporte do futuro, isso quando o cidadão conscientizar-se de que o uso da bicicleta como meio de transporte lhe trará três importantes benefícios, a saber, a saúde, a economia e a preservação do meio ambiente. Pensando assim, certamente ele irá trocar o seu carro por uma bicicleta, pois em países bem mais evoluídos que o nosso já utilizam esse meio de transporte.

Contrariando especialistas, quando saio a pedalar vou pela contra mão. Aprendi em uma revista que não lembro o nome, sei apenas que era editada no Rio Grande do Sul, e que falava de como andar de bicicleta. Quando você pedala pela contra mão, segundo a revista, fica mais fácil você saber quem está à sua frente. Essa tática é boa, mas seria necessário que motoristas respeitassem os ciclistas; talvez os gaúchos sejam mais conscientes que os paulistas ou a revista fizesse referência a uma cidade pequena. Eu prefiro mesclar entre uma vaga na calçada e andar circundando a guia da calçada, recurso esse utilizado em locais onde ainda não existe uma ciclovia.

O empresário Antônio Bertolucci, de 68 anos, dono do grupo Lorenzetti, foi atropelado e morto por um ônibus quando ia para o trabalho em sua bicicleta. Sua atitude deveria servir de exemplo para que outros também trocassem suas Mercedes por uma bicicleta. Fernando Gabeira como deputado ia todos os dias à Câmara de bicicleta, para dar exemplo aos seus colegas, mas infelizmente isso não pegou. A OCDC está empenhada em defender essa ideia e para isso já estamos discutindo um passeio de bicicleta pelo Butantã. De minha parte estarei presente ao evento pedalando e contribuindo como cidadão pela qualidade de vida da nossa população.

(*) Francisco Gonçalves de Oliveira é formado em Letras.
fgdeoliveira@hotmail.com

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pitágoras inventou a matriz?



Foto de Lewis Carroll




Pitágoras inventou a matriz - diz o samba do crioulo doido educacional
'
'' Em meados de novembro de 2011 este editor recebeu mensagem eletrônica de uma repórter da revista de educação da Editora Abril. Ela queria uma entrevista sobre tabuada, tema de uma palestra proferida na USP no mês de setembro e que chegou até ela através da internet.
'' Havia uma surpresa no episódio, uma vez que a linha da revista é claramente contrária aos propósitos de todos os que tratam a educação como coisa séria, não como espetáculo. Mas, enfim, foi dado um crédito de confiança e a entrevista foi feita, por telefone, em conversa que durou aproximadamente uma hora.
'' Como sempre, uma decisão prévia trazida pela repórter direcionou a entrevista. Tratava-se de duas informações, ou duas teses, que não poderiam ser justificadas, porque eram mentirosas. A primeira era a ideia de que havia uma tabuada matricial de Pitágoras e a segunda, que a tabuada de multiplicar deveria ser ensinada a partir da ideia de proporção.
'' Quanto à primeira 'tese', foi explicado à repórter que Pitágoras, como todo grego da época, usava letras para representar números e que uma ideia de tabela de multiplicação que ele usasse não seria algo aproveitável hoje. Para a segunda 'tese', ela foi informada de que a noção de proporção depende da ideia de razão, que por sua vez vem do conceito de fração. Usá-la para ensinar tabuada é algo tão prematuro quanto deslocado. Conhecer a tabuada e as operações de frações são pré-requisitos para a aquisição da noção de proporção. Fazer o contrário é como querer que a criança nasça antes de ser concebida.

'' Em lugar de sancionar as duas 'teses' sem sentido, este editor explicou como devem ser usadas as propriedades da multiplicação para que a criança aprenda a tabuada com menos esforço, de modo que o ato de decorar seja uma consequência do uso da tabela, mas de um modo que a criança saiba o que está fazendo. Desse modo, pode-se mostrar ao aluno como ele pode utilizar as propriedades comutativa, associativa, distributiva e do elemento neutro, sem necessidade de que ela conheça esses nomes.
'' Finalmente, a matéria saiu publicada no número de dezembro de 2011, como reportagem de capa. O título foi "Uma nova luz sobre a tabuada". As coisas estariam no seu leito normal não fossem duas situações lamentáveis: as 'teses' malucas foram confirmadas por pessoas desavisadas, uma delas do Estado de Rondônia, do modo como a repórter queria (não se sabe quem vendeu a ela gato por lebre), e explicações deste editor sobre uso das propriedades foram estampadas, até em balões ilustrativos, com o nome de quem deu a informação sendo sonegado ao leitor. Este segundo fato é coisa menor, ante a insistência em contar histórias mentirosas aos professores do ensino básico espalhados por todo o país.
'' Há, sim, o mito de uma tabuada usada por Pitágoras, mas qual seria essa tabela pitagórica? Ora, uma matriz, esquema que foi inventado 25 séculos depois da morte do Pai da Matemática! Como confirmar essa informação quando se tem um mínimo de conhecimento de história? Só mesmo Stanislaw Ponte Preta, ressuscitado, apresentando uma nova versão do Samba do Crioulo Doido.
'' O que foi mostrado como tabela de Pitágoras é nada mais que a tabela de dupla entrada, criada por Lewis Carrol, no século XIX, época em que a noção de matriz foi desenvolvida nos Estados Unidos por Benjamin Peirce, pai do extraordinário cientista-filósofo Charles Sanders Peirce, que traduziu em circuitos elétricos os conectivos lógicos da álgebra de Boole, propiciando a construção dos computadores binários em 1946 por John Von Neumann, passando, em 1937, pela dissertação de mestrado de Claude Shannon, que foi quem enxergou a utilidade daquela descoberta.
'' Como teria avançado a matemática e, por consequência, o mundo, se a ideia de matriz e de tabuada com algarismos tivesse sido utilizada já por Pitágoras! Matriz é uma ideia muito simples, mas a simplicidade para ser atingida custa séculos de pergaminhos, papéis, grafites e tintas. O que não tem data para começar nem para terminar é a confusão que se faz com a gênese e a evolução dos conceitos em sua história.

Cacildo Marques - editor da Gazeta Cidadã
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