Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

quinta-feira, 5 de julho de 2012

AUDIÊNCIA DE ELISEU GABRIEL SOBRE A RAPOSO TAVARES



Patrícia Yamamoto*

    Compartilhamos aqui um relato da audiência sobre a questão de mobilidade da Rodovia Raposo Tavares para quem não pôde estar presente, feito em conjunto com a Lúcia e o Bruno.
    A audiência pública, realizada na terça-feira, dia 19/06, na Câmara dos Vereadores do Município de São Paulo, promovida pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB), contou com a exposição de técnicos de órgãos do poder público:
    - Companhia de Engenharia e Tráfego-CET, mencionou ajustes em semáforos e intervenções pontuais visando a fluidez;
    - São Paulo transportes - SPTrans, apresentou corredores de ônibus previstos e intervenções de competência da Companhia do Metrô: Corredores de ônibus Vila Sônia a Capão Redondo, Itapevi a estação Butantã, Monotrilho Linha 17 e Monotrilho sobre a Raposo, Terminal Rodoviário Vila Sônia (alteraram projeto para não haver desapropriações);
    - Departamento de Estradas e Rodagem-DER (falou principalmente sobre as adequações geométricas que o DER vem fazendo até o km 34 para reduzir o índice de acidentes, mão inglesa no KM 12,5 na rotatória rebaixada ao lado dos bombeiros, melhoria de todos os acessos, pontos de parada de ônibus, etc...);
    - e da sociedade civil organizada do Butantã: a Associação dos Moradores Amigos do Parque Previdência-AMAPAR, por meio do Sérgio Reze que realizou uma excelente explanação sobre a questão do automóvel e mercado imobiliário.
    Além destes, a presença de representantes de associações de Embu, Cotia e Granja Viana forneceu importantes depoimentos, propostas e queixas.

    Alargamento?

    Foi unânime o entendimento de que o alargamento das vias não é uma solução, pois atende e induz unicamente o uso do transporte individual por automóvel, e torna-se uma obra obsoleta em curto prazo. A promoção do uso individual de automóveis já demonstrou estar fadada ao fracasso além das incontáveis consequências ao meio ambiente e à saúde humana.
    Apontou-se a necessidade de melhor utilizar a infraestrutura viária já existente, privilegiando o transporte coletivo sobre trilhos em superfície, de média a alta capacidade, e oferecendo infraestrutura adequada para que as pessoas possam acessá-lo deixando seus veículos individuais, quando necessários, próximos aos locais de origem. Os estacionamentos em geral estão localizados de forma totalmente desarticulada aos terminais, desestimulando a troca de modal do automóvel para o transporte público.
    O Prof. Calazans citou a necessidade de haverem outras rotas, como por exemplo o acesso a Cotia por Osasco, aproveitando o percurso paralelo ao Rio Tietê, pois são alternativas aos veículos vindos de bairros da zona oeste que poderiam acessar as marginais desafogando a Raposo.
    Ficou evidenciada a necessidade de atender a mobilidade dos pedestres, de forma qualitativa e segura, nos diversos trechos de travessia para transpor a Raposo, bem como na chegada dos terminais de metrô.
    Além do que, a implantação de novos empreendimentos imobiliários é preocupante e não condizente com a capacidade da infraestrutura dos equipamentos públicos e de transporte disponíveis hoje para absorver a demanda já existente. Tal carência tem entregue ao mercado imobiliário, a título de melhorar o acesso dos moradores à infraestrutura, a construção de centros comerciais, shoppings, prédios residenciais, loteamentos e condomínios sem qualquer ordenamento urbano planejado para a melhoria da qualidade de vida da população.

    Avenida

    Tratando-se de uma via utilizada para deslocamento local, devido à quantidade de núcleos urbanos instalados ao seu redor, foi levantada a possibilidade de torná-la avenida ao invés de rodovia, devendo a revisão do Plano Diretor da Cidade viabilizar sua municipalização.
    A maioria dos questionamentos por parte da população não foi esclarecida devido à ausência quase que absoluta de diálogo entre os órgãos, e consequentemente da falta de conhecimento acerca do conjunto das intervenções propostas. A ausência da Companhia do Metrô na audiência, responsável pelos projetos do monotrilho e rodoviária na Vila Sônia, prejudicou o entendimento por parte da população.
    O vereador Celso Jatene, presente à audiência, propôs em sua fala final que nos próximos encontros haja representantes do Metrô, da EMTU, das empresas de ônibus e sobretudo da Secretaria Municipal de Habitação-SEHAB, que aprova condomínios residenciais ao longo da Raposo.

    Bombardier

    Tratando-se do descaso do poder público em discutir com a sociedade civil os planos e projetos que pretende executar, a representante do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta, bem frisou que a população ali presente foi pega de surpresa, estarrecida, ao ter sido informada de que a SIURB elabora, a quatro paredes, o Programa de Mobilidade e Acessibilidade para São Paulo, com 15 grandes empreendimentos já sendo licitados. Apontou também o interesse político da instalação de monotrilho em vários segmentos da cidade: por compromissos com a empresa Bombardier, que está se instalando no Brasil no interior de São Paulo, em detrimento da alternativa realmente adequada que é a única que pode atender a demanda imensamente represada de transporte na cidade que são mais e mais linhas de Metrô. Precisamos de Metrô, precisamos de Metrô, precisamos de... Metrô!
    Assim, é imprescindível que o Poder Público Estadual trabalhe articulado aos municípios e sociedade civil, de forma a atender a demanda de mobilidade existente, o que não ocorrerá por meio de projetos pífios e carentes de critérios técnicos, tais como a implantação do Monotrilho e da ampliação das faixas de rodagem da Rodovia, e nem convidando a população a participar dos projetos em audiências públicas, no momento em que já foram finalizados.

    Fórum

    A proposta de criação de um Fórum, sugerida pelo representante da AMAPAR, Sérgio Reze, e de um e-grupo com o e-mail dos presentes para o amadurecimento do debate, foi encaminhada ao final e espera-se que não seja necessário um grande esforço conjunto das entidades para a boa sugestão não cair no vazio.
    O vereador Eliseu Gabriel encerrou a audiência solicitando que as associações procurem se articular e formulem questões objetivas, a fim de que sejam encaminhadas, pelo seu Gabinete, e respondidas nos próximos encontros, de modo a sensibilizar os órgãos envolvidos na solução dos problemas relacionados à Raposo Tavares.
    Foi falado da alternativa para solução da desarticulação de ações na Raposo e o fato de não podermos tratá-la como Rodovia, como se não tivessem bairros residenciais colados ao seu redor, e aproveitar o ano de revisão do Plano Diretor da Cidade, 2012, para propor a Municipalização da Raposo: Avenida Raposo Tavares, inclusive municipalizar até Cotia.
    Foi apontado ainda o fato inadmissível de não ter ainda sinal de pedestres na saída da Estação Butantâ, com trânsito ininterrupto de veículos, se a Prefeitura é que impõe condicionantes para adequar a circulação em projetos classificados como Pólos Geradores de Tráfego. Parece que para o Metrô isso não foi exigido. Uma pessoa da plenária acrescentou: e baias de desembarque para automóveis! O responsável pela SPTrans em sua fala final disse que vai averiguar essa situação.
    Sergio Reze, da AMAPAR, frente a uma solicitação de um pessoa da plenária, disse que um e-grupo vai ser montado com o e-mail dos presentes, para amadurecermos o debate.
    Poderia acrescentar-se ainda a necessidade urgente de se construir a passarela no km 11,2 (cruzamento com a Benjamin Mansur), independentemente da eliminação semafórica, que deve demorar a sair, devido às polêmicas que envolvem o projeto, como foi demonstrado. O fato é que para quem vem da região da Corifeu e deseja visitar o parque Previdência, ou vice-versa, a travessia é perigosíssima. O sinal trifásico é problemático, visto que é frequente o desrespeito de motoristas da Benjamin que viram à direita na Raposo com o sinal fechado.

    Estacionamento

    E, sobre o Metrô Butantã, há a necessidade também urgente de se fazer um estacionamento. Não é possível que se gastem os tubos, literalmente, para escavar e construir estações enormes, e essa escavação não inclua uma grande garagem. Se querem mesmo desestimular o uso do carro, que façam garagens nos lugares certos, onde ele será trocado por outro modal. Nossa cidade é invertida: estacionamentos na área central, caros e totalmente impermeáveis, grande estímulo ao carro; ausência completa de estacionamento nas estações de transporte público, grande desestímulo a esse transporte e novamente estímulo ao carro!

(*) Patrícia Yamamoto é integrante do Movimento Butantã-Pode

Edição de junho-julho de 2012 da Gazeta Cidadã:

Edição de agosto de 2012 da Gazeta Cidadã:

http://gazetacidada.atspace.cc/edi_65.htm


Página da Gazeta:

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Os Cachoeiras



Tancredo Neves dizia que política é como as nuvens, hora estavam de um jeito hora de outro. Um cidadão acima de qualquer suspeita, o arauto do denuncismo useiro e vezeiro em falar mal dos outros agora cai na mesma armadilha que armara para seus oponentes. Nada mais natural que a divergência de opiniões, mas precisamos está repletos de moral para emitir nossa humilde opinião. O grande cearense D.Helder Câmara dizia: “Se tu diverges de mim, tu me enriqueces.” No entanto tem pessoas que tremem de raiva só de pensar emitir uma idéia e ser refutado.
   Temos eleições municipais em outubro próximo e já vejo pré-candidato se promovendo com a lei da ficha limpo. “Sou ficha limpa vote neu!” E sabe-se que a ficha do tal candidato é mais suja que pau de galinheiro. Gostaria muito que essa lei pegasse, mas não creio. A cachoeira não vem com águas límpidas e transparentes, mas expondo toda sujeira que há nesse tenro país! As águas já começam a encostar-se à grande imprensa. isso é bom porque mostra que assim como Demóstenes Torres era o limpo, o insuspeito, e se tornou o sujo e suspeito, a imprensa, que as pessoas de bom senso nunca confiaram sem ressalvas, também aparece ligada ao homem que proporciona um dos maiores divertimentos ao povo brasileiro, o Jogo do Bicho.
    Gostaria que as coisas fossem tudo bem claras para o cidadão, mas não é! Por isso que há a política. O eleitor quando tem uma relação promiscua com um político não é para comprá-lo e sim para se vender por uma roupa nova, um par de sapatos, um pequeno agrado, e muitos com a simples amizade. Agora os "Cachoeiras da Vida," não! Eles dão, mas querem retorno com juros e correção monetária, e que correção! É cruel, mas infelizmente ainda é assim em todo Brasil. A abstenção nas eleições desse ano, acredito eu, será muito grande, pois o povo não está acostumado, ainda, com as verdades dos bastidores da política.
 

                             Francisco Gonçalves de Oliveira

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Andronico: Dona Daise sofre calúnia e vira o jogo

 Dona Daise Larazini, com sua primeira neta


      Muitos acompanharam os acontecimentos de 2003 na Escola Andronico de Mello, que vinha sendo classificada e premiada como a mais forte escola estadual de ensino médio em todo o Estado de São Paulo, graças, principalmente, ao trabalho da diretora Dona Daise Lazarini Ferreira. Naquele ano, várias acusações foram lançadas sobre a diretora e, com o abalo sofrido pelo estabelecimento diante disso, o então presidente da APM (Associação de Pais e Mestres) decidiu solicitar intervenção da Diretoria Regional de Ensino Centro-Oeste (Delegacia de Ensino) na unidade escolar.

'    Agora, oito anos depois, Dona Daise falou à Gazeta Cidadã sobre aquele período difícil em sua vida profissional e pessoal, discorrendo sobre as acusações infundadas que lhe imputaram e sobre a total absolvição, quatro anos depois, no processo disciplinar administrativo que instalaram contra ela.

'    Ela não tem dúvida de que os ataques dirigidos surgiram de pessoas inconformadas com o fato de uma escola oficial estar no topo, equiparando-se às boas escolas privadas da capital de São Paulo.

'    Em setembro de 2003, com o início da intervenção, Dona Daise transferiu-se para a Diretoria Regional de Ensino Sul-3, no bairro de Socorro, onde passou a atuar no setor de pagamentos, até se aposentar em 2010. Muitos de seus amigos, ex-alunos, colegas gestores e professores que trabalharam sob sua liderança foram prestar depoimentos nos meses iniciais do processo. Um auxiliar da diretora contou à Gazeta Cidadã que o professor Wladimir Lunardi, um dos depoentes, chegou a afirmar no Departamento de Recursos Humanos: "Esta profissional, depois de tudo o que fez pela população, responde aqui a um processo administrativo, mas ela merece mesmo é uma estátua, erguida na frente do colégio!"

'    Sob a gestão de Dona Daise, a Escola Andronico de Mello funcionava com uma estrutura invejável, que não se pode mais vislumbrar após a política de terra arrasada implementada pelos interventores. Sempre restaurada e pintada a cada final de ano, com jardins sempre bem cuidados e gramado aparado pelo menos a cada dois meses, a escola tinha aspecto físico mais apresentável que o das caras escolas particulares da região. Não por acaso, a Rede Globo a visitava várias vezes por semestre para suas reportagens, em que dava a entender que se tratava de uma escola privada. Duas máquinas Xerox, novas, compradas através da APM, e uma fanfarra bem equipada, que nos últimos anos vinha desfilando no Parque Anhembi nas comemorações do Dia da Pátria, eram patrimônios valiosos que se desfizeram na intervenção.

'    No final de cada bimestre os alunos faziam o 'Provão', uma prova de múltipla escolha envolvendo todas as matérias, elaborada em conjunto pelos professores. Com essa prova os alunos saíam do colégio muito bem preparados para enfrentar vestibulares e concursos, e essa garantia existia também porque os conteúdos eram trabalhados como em nenhuma outra escola estadual de São Paulo. Nas várias disciplinas, dificilmente faltava algum tópico. Mesmo com falta de docentes, os alunos nunca ficavam sem aula, pois, em não havendo algum professor disponível para cobrir faltas, a própria diretora pegava um livro e ministrava a aula. Como reflexo disso, ainda em 2007 a escola Andronico de Mello foi apontada como o primeiro lugar, entre as estaduais de melhor desempenho na Fuvest, com vinte alunos aprovados, sendo a maioria formada na época da Dona Daise.

'    Nos primeiros meses em que correu o processo, Dona Daise sofreu muito, como ela mesma afirma, porque havia nada menos que onze acusações. Vários auxiliares seus, incluindo inspetores de alunos, foram também acusados, todos respondendo a um número menor de calúnias.

'    No final de 2007, veio a boa notícia: Dona Daise e todos os auxiliares acusados foram completamente absolvidos.

(Publicado na Gazeta Cidadã, edição 059, de novembro de 2011, pág. 6)

Veja a última edição da Gazeta Cidadã em:

     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_59.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_60.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_61.htm
     http://gazetacidadã.atspace.cc/edi_62.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_63.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_64.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_65.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_66.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_67.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_68.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_69.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_70.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_71.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_72.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi_73.htm
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     http://gazetacidada.atspace.cc/edi114.htm
     http://gazetacidada.atspace.cc/edi115.htm

Veja a página do mestre de panificação Valdenor:

     http://www.mestredenoro.com.br

Veja a página do editor Cacildo Marques:

     http://www.cacildo.webs.com



     https://www.scribd.com/Cacildo/documents

     http://www.amazon.com/JESUS-CHRIST-childhood-history-Infancy/dp/1508427496

     http://www.amazon.com/Amazonian-Fanfare

     http://www.amazon.com/JesusMenino


sábado, 21 de abril de 2012

Quadrilha de que?

Quadrilha de que? Seu Francisco, o que é quadrilha? Pergunta Chicão com ar de curiosidade. Disse-lhe que quadrilha é um tipo de dança típica das festas juninas em que se comemoram o dia dos três santos, S. Antonio, S. Pedro e S. Paulo. É uma importante festa popular, dancei muito quadrilha e desse tempo guardo belas recordações... Não seu Francisco eu estou falando de quadrilha que Datena fala em seu programa. - Foi pego uma quadrilha de ladrões de Banco! Pegaram um da quadrilha, mas o restante fugiu com o dinheiro ou pegaram três, mas um fugiu com o dinheiro! É isso que eu quero saber! Disse-me o curioso Chicão. Bem Chicão, esse é outro tipo de quadrilha, é uma gangue de assaltantes que denomina-se também de quadrilha quando passa de quatro elementos. São bandidos fortemente armados preparados para enfrentar a polícia ou qualquer um que cruzar sua frente. Também há as facções criminosas, grupos de extermínios, bando de salteadores, malta! Todos esses termos são usados para denominar organizações criminosas. Algumas são criadas com objetivos políticos como a Al-Qaeda, as FARCs na Colômbia o Ira na Irlanda e o ETA na Espanha, movimento dos bascos, região entre a França e a Espanha, que lutam por sua independência, entre outras. Aqui mesmo já teve vários movimentos armados para derrubar um governo que havia derrubado um presidente legitimamente eleito pelo povo. Também existe os grupos de extermínios que muitas vezes parte de elementos da própria polícia. Dentre esses grupos, destaco dois: O comando vermelho e o grupo liderado pelo Cabo Bruno famoso aqui em São Paulo. Chamam esses grupos também de terroristas porque metem medo, terror na população. Formam se grupos armados ou não para um fim, ou seja: Roubar o cidadão. Esses elementos dificilmente agem sozinhos sempre em bando, juntos são fortes e poderão conseguir o que querem com mais facilidade. As vezes criam instituições legais do ponto de vista institucional e com um nome legitimamente constituído partem para a ilegalidade são as famosas ONG que são abertas para conseguirem dinheiro com os governos e repassarem em época de eleições aos seus apoiadores, são instituições usadas para lavagem de dinheiro. Mas, devemos separar o joio do trigo há ONG sérias. A inconfidência mineira, onde foi enforcado, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, também foi um movimento secreto para retirar o Brasil da dependência de Portugal, em que enforcaram e esquartejaram o Tiradentes para que ficasse de exemplo àqueles que ousassem imitá-lo. Bem, seu Francisco, pelo que o senhor me disse essas organizações são mais ou menos como partidos políticos, é isso? Concluiu Chicão diante do meu estupefato silêncio... Francisco Gonçalves de Oliveira

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Como a ditadura me atingiu (see below: biography)





''' Primeiro, vamos ao ponto mais premente. Nos anos 70, quando a Dilea Frate foi presa, junto a outros professores da ECA-USP, ao voltar ela contou a uma amiga minha, Paula, um fato que ocorreu no DOI-Codi e que eu não mais esqueci: o delegado mostrou a ela o caderno de um aluno e perguntou se era aquilo que ela ensinava nas aulas de jornalismo. Ela pôde analisar o texto no caderno do aluno e memorizou bem o tipo de letra. Na volta à sala de aula verificou que a letra era de um aluno chamado S. Esse sujeito, S., da turma da Lilian Wite Fibe (que não era muito de conversas na época), do Caio Túlio Costa, do Matinas Suzuki Jr., do Laerte Coutinho, Da Mônica Teixeira, do Fausto Macedo, da Angela Pappiani e de outras figuras que se destacaram no ofício, deve ter entregue muitos dos professores da escola, talvez até o próprio Vlado.



''' TRAMA. Mas uma outra amiga, Yumi, veio me contar algo mais preocupante para o meu lado. Numa roda de alunos, não sei se em aula, S. afirmou que a pessoa que entregava os nomes dos professores para a repressão era eu. A história era tão idiota que não levei muito a sério, mas fiquei esperando encontrar-me com o agente S. para tirar as coisas a limpo. Só que eu nunca mais o vi por ali. O que eu cursava na ECA eram disciplinas optativas, que o meu curso obrigava a fazer.



''' PERFIL. A consequência do jogo criminoso do S. para o meu lado veio agora, décadas depois. Eu tinha amizade com os quatro filhos adultos do Rubens Paiva, e o Marcelo entrou na ECA para cursar Rádio e TV alguns anos depois daquela fase. Foram muitos anos sem que eu visse esses irmãos, a não ser por algum contato telefônico e também uma vez em que encontrei o Marcelo no Jô, quando o programa era no SBT. Ocorre que no final de 2011 encontrei no Facebook os perfis da Nalu, da Veroca e do próprio Marcelo (não cheguei a ter acesso ao da Eliana). Certamente, pedi para me adicionar, um depois do outro.



''' AMIZADE. O que aconteceu é que a Nalu não aceitou me adicionar. Tentei o Marcelo, idem. Finalmente, tentei a Veroca, e o perfil dela foi bloqueado para mim. Depois de vários dias intrigado, liguei os pontos. Só podia ser a injúria do S., que o Marcelo deve ter ouvido, por terceiros, e comunicou às irmãs. Isso foi muito doído, porque minha amizade com a Nalu e a Veroca ia muito além de coleguismo e de arriscar a vida juntos, na luta contra o regime.



''' DENÚNCIA. Sim, pode ter sido o S. que entregou meu nome para o DOI-CODI. Meses depois da morte do Herzog e do Fiel Filho, e antes da queda do general Ednardo no II Exército, fui investigado. A OBAN (Operação Bandeirante), braço de inteligentsia do DOI-CODI, levantou minha ficha. Não fui preso porque interferiu a meu favor o tio do Aloizio, que era da nossa turma e que hoje é Ministro da Educação. O pai do Aloizio, general, era o diretor da ESG na época. Os militares não me pegaram, mas dois anos depois fui mantido em cárcere privado e sofri tentativa de assassinato, sob ordens de civis, de gente das famílias que deram o golpe do primeiro de abril. Nem sob tortura vou declinar o nome dessa gente, porque o acerto de contas, se vier a ocorrer, tem de ser entre mim e eles.



''' GOLPES. Vendo a história em perspectiva, faço uma leitura que gostaria de compartilhar. Se me perguntassem em 1988, por exemplo, eu teria dito que houve um golpe militar em 1964. Ora, no dia 3 de outubro de 1930, os militares deram um golpe. Após dez dias, entregaram o poder aos civis, empossando Getúlio Vargas. Mas no dia 1 de abril de 1964 ocorreu o contrário: os civis deram um golpe. Como perceberam que não sustentariam a armação, dez dias depois elegeram um militar, através do Congresso Nacional. A partir do dia 11 de abril de 1964, os generais construíram a história que foi para os livros, dando conta de que eles tomaram o poder no dia 31 de março! A história foi outra. No dia 10 de abril de 1964 foi publicado número especial da Revista O Cruzeiro sobre o golpe civil. Nela, o Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais, era saudado como "O Herói da Revolução", embora o proclamador do golpe tivesse sido o Senador Auro de Moura Andrade (nosso prezado Darcy, Ministro-Chefe da Casa Civil, então muito jovem, cutucou a onça com vara curta, avisando que convocaria os militares leais ao governo para fechar o Congresso caso este depusesse João Goulart naquela madrugada). Nesse dia 10, os redatores da revista não podiam imaginar que no dia seguinte o Congresso Nacional trairia o país pela segunda vez no mesmo mês.



''' FILOSOFIA. Minhas queridíssimas Nalu, Veroca e Eliana, não esqueçam o que eu escrevi. Minha linguagem apenas amadureceu de lá para cá. Se o Marcelo ouviu aquela história, ela foi plantada pela repressão. Quando disse ao Mario Abramo que estava tendendo a abraçar o maniqueísmo, ele me alertou de que era uma filosofia atrasada, que mesmo o positivismo já havia superado isso. O Mario me trouxe uma nova visão da história. Os militares precisavam do maniqueísmo, nós, não. "A maldade dessa gente é uma arte", dizia Ataulfo, mas antes de ser uma arte é uma doença. Vamos identificar os doentes. Se alguém souber do paradeiro do S. (quem era da classe dele sabe de quem se trata), vamos levá-lo ao manicômio. Nem me passou pela ideia verificar isso na época, mas, com certeza quase absoluta, ele não ingressou na ECA pelo vestibular, via Fuvest. Os militares dos órgãos repressores tinham outros caminhos para os seus homens.




''' Cacildo Marques



Cacildo Marques Biography

     Cacildo Marques-Souza, or simply Cacildo Marques, was born at the district of Flagstones River, place of Minas, Chapada Diamantina, having been registered in Utinga, State of Bahia, Brazil, as having been born on May 9, 1952.

     Formation:

     He was alphabetized in 1958, in the only-teacher school of Flagstones River. He studied the elementary course in the School Group Clemente Mariani (1st and 2nd series, 1960 and 1961) and in the Group School Priest Joao Ramos Marinho (3rd and 4th series, 1962 and 1963), in Utinga. In 1964 he frequented the preparatory Course of Admission to the Junior School, in the School Group Priest Joao Ramos Marinho. From 1965 to 1968 he took the gymnasial course (current cycle from 6th to 9th grades) in the School Lord of Bonfim, in Utinga.
     The course of the high school was studied at the State School Goncalves Dias (1970-1972), in Sao Paulo SP. In 1973 he began the course of Baccalaureate in Statistics, in the Unicamp - Campinas SP, being expelled after one semester, because of the artistic-politics activities, developed at the academical campus against the military government.
     In 1974 he entered the University of Sao Paulo (USP), in the course of Mathematics. As he had to work during the course to sustain himself, he abandoned several disciplines of the curriculum, delaying it. In 1979 he entered the Baccalaureate in History, also of the USP, abandoning that course the following year. In 1981 he returned to the course of Mathematics, completing the Degree in 1982. Between 1997 and 2001 he went back to the USP to study Baccalaureate in Administration. He studied the Master's degree in Economics between 2007 and 2009, in the University of the State of Sao Paulo (Unesp), in Araraquara SP, having been approved in all the disciplines and in the qualification exam. On the eve of the presentation of his final dissertation, his work, on Keynesian Economics, it was rejected by the advisor, forsake of incompatible divergences.

     Profession:

     Since 1975 he exercised in Sao Paulo the occupation of basic teaching, in Junior School and in the High School, having ministered classes of Drawing, History, Statistics, English, Physics and Mathematics, after having worked some time in bureaucratic service, as in bank, as assistant of library and others. He always won some money with their artistic activities, as books, disks and shows, but he insisted on maintaining his work in the teaching, for guaranteeing a fixed remuneration, although small. That conservative attitude with the finances came from the fact of having been mother's orphan when he was 14 years-old and father's orphan when he was 17.

     Books:

     * "Rifts of Blue Fringe", poetry, by Publisher Scortecci (1982).
     * "Stories of the Future", stories in partnership with friends from IME-USP, by Editions Camatianas (1984).
     * "Eyes and Fonts of the Largest Latin Soil", poetry, by Publisher Lumine (1985).
     * "Brasilia, capital of the bonanza?", Economics, by Publisher Lumine (1988)
     * "Drawings in MSX", computation, by Publisher SCIPIONE (1989).
     * "The Sol of the flute", infanto-juvenile poetry, by Publisher Lumine (1992).
     * "Ten ways to abolish the inflation", rehearsal about Economics, by Publisher Lumine (1993).
     * "Stories of Friends", stories in partnership with friend teachers, by Publisher Scortecci (1994).
     * "How to build a world of only wealth", Behavior, by Publisher Lumine (1997)
     * "Mathematics for example", Mathematics for the High School, by Publisher Lumine (1997).
     * “Elegy to the destroyed teaching”, poetry on the education system, by Publisher Episteme (2005).
     * “From the Pinewoods to the Amazon”, poetry, by Publisher Episteme (2006).
     * “The Brussels Crisis”, Economics, by Publisher Scortecci (2012).

     Journalism:

     * He creates the Soirée Magazine, in the Cefisma (Center of Studies in Physics and Mathematics), in 1976.
     * "Perspectives for the Music and the Arithmetic" and "The Computer science in the Education",
       articles in the Jornal D'Aqui, of the Granja Vianna, Cotia SP (1986).
     * He creates and rules the "Contest of Chronicles Otto Lara Resende - 93", of the Brazilian Union of Writers,
       with sponsorship of Publisher Scipione. The Contest is destined to students of the High School (1993).
     * He participates in the creation of Vila Sonia's Newspaper (1999) and he maintains the column about education.
     * He grants interview to Folha de S.Paulo, about education (published on Sunday, 2001-11-4).
     * He becomes editor of Vila Sonia's Newspaper (2002).
     * He changes the name of Vila Sonia's Newspaper to "Gazeta Cidadan" (2005) and writes the poetry column.

     Music:

     * Presentations in programs of TV Cultura, as guitarist and composer of MPB - Folk Brasilian Music (1973 to 1977).
     * Presentations in the Display of Universitarian Music (I and II) - History-USP (1974 and 1975).
     * Composition of the songs of the play "Galileo Galilei", by Bertolt Brecht, for Cefisma Group of Theater (1976).
     * With Edmar Luciano, Manuel de Souza, Antonio Carlos and Eliete Negreiros, he plays and sings
       in all of the schools of the USP-Butantan, in the called "Tundra Project" (1976).
     * Presentation in the 1st Metropolitan Show of Universitarian Music (TUCA SP), with Deo Lopes, Eliete Negreiros,
       Arrigo Barnabe and others (1977).
     * Presentation, on May 6, in the Cycle of Universitarian Music, in the Theater of CAOC - Medicine-USP.
       Yves De La Taille, Priscilla Ermel and others was in the Cycle (1978).
     * Presentation in the 2nd Free Sample of Guarulhos SP (1981).
     * Presentation of the "Poetry and Music at the Mathematics", with the piper doctor Paulo Haiek Araujo (1981).
     * Presentation of the "Poetry and Music at the Chemistry", also with doctor Paulo Haiek Araujo (1982).
     * Composition of the songs of the play "the Bakery", by Bertolt Brecht, for the Group of Theater of IPT (1982).
     * Registration in the Nascent Project, as masters degree student, in the category Theatrical Text,
       with subsequent participation in report of VEJA Sao Paulo (1991-03-27, p. 106).



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Transporte público em Sao Paulo

De longa data o transporte público em SP é sinónimo de desrespeito permanente ao usuario, isto é ao passageiro, transportado sob as piores condiçoes. Indo de mal em pior apesar das mudanças introduzidas por autoridades municipais que nao conseguem enxergar no passageiro a razão de ser das próprias empresas de transporte público! Sem tanta gente para transportar e, especialmente, para trabalhar, produzir, criar riquezas e manter o país em pé, nao obstante todas as malversaçoes que sempre surgem, nao haveria necessidade de manter um sistema de transporte coletivo sempre saturado! Olhem nossos trens (urbanos), nossos onibus, nossos metros, nossas vias transitáveis: cheias o tempo todo! Até a linha 4, Amarela do metro, que mal foi inaugura, incompleta ainda, já está saturada! Usuário é transportado, goste ou não, amontoado um em cima do outro! O que é proibido para o transporte de animais, já que existem critérios rigidos que determinam o minimo de sofrimento para as espécies transportadas de um lugar p/ outro! Com o usuário/gente, infelizmente, há uma indiferença total ao mesmo tempo que os responsaveis pelo transporte público clamam por sua eficiencia e sua identificação com problemas que aflingem a qualidade de vida de seus eleitores! Eis que procedem a mais mudanças nas linhas de onibus, despejando passageiros fora de seu ponto de chegada em nome da modernidade e da santa eficiencia! A esses sobra invadir o metro ou seguir caminho pegando novos onibus, sem tempo de chegar aos compromissos. Isto é política pública de transportes?
Nao se trata aqui de indignaçao, mas da recusa de aceitar a ideia que usuários estao sendo despejados longe de seus pontos de chegada e todos acham isto normal! Logo virão as eleiçoes e vão correr pedir nossos votos. Merecem algo mais que nossa indiferença com seus propósitos eleitoreiros? Quando irão respeitar o cidadao aí sim voltaremos em falar em representantes que sejam capazes de defender interesses coletivos com coragem e determinaçao. Basta pegar ônibus urbano, metro em horas de pico, filas da saúde, desespero das creches inexistentes...etc...Começando por estabelecer um transporte decente para todos! Teo Attar

domingo, 15 de janeiro de 2012

Mobilização




FRASE TRISTE DO DIA - SAIU NO JORNAL ESPANHOL - EL PAÍS.

Que país é este que junta milhões de pessoas numa
marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica,
muitas centenas numa marcha a favor da maconha,
mas que não se mobiliza contra a corrupção?

(07/08/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal
espanhol El País)

Triste ler isto, escrito por um estrangeiro, que, com toda
propriedade e elegância, pôs o dedo em uma ferida que
nós
brasileiros não queremos ver. Vamos nos mobilizar ao menos
virtualmente e espalhar esta frase para nossos contatos?

Enviado por Tofic Kramer Attar