Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

sábado, 3 de abril de 2010

Monografia de: Edileuza Pimenta de Lima

A aluna presta uma homenagem ao Genésio Homem de Oliveira

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
Centro de Ciências Humanas – CCH
Curso de História
Edileuza Pimenta de Lima
"Trabalhador: arme-se e liberte-se":
A Ação Libertadora Nacional (ALN) e a resistência operária
pela luta guerrilheira.
Rio de Janeiro
2007
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Edileuza Pimenta de Lima
"Trabalhador: arme-se e liberte-se":
A Ação Libertadora Nacional (ALN) e a resistência operária
pela luta guerrilheira.
Monografia apresentada ao Curso de História
da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNIRIO) como requisito para
obtenção do grau de bacharel, orientada pelo
professor pós-doutor Marco Aurélio Santana.
Rio de Janeiro
2007
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Agradecimentos
A todos os entrevistados, que me abriram não somente suas casas, mas também
suas vidas. Agradeço por nossas conversas, por suas contribuições, críticas e
questionamentos. Agradeço a confiança depositada e espero nunca decepcioná-los.
A meus pais, que embora não tenham estudo legaram destino diferente a seus
filhos. Ao mano querido pela cumplicidade. Ao Josias, pessoa fundamental em minha
caminhada, mesmo que tenhamos tomado rumos diferentes.
A Carlos Henrique de Oliveira, guerrilheiro tardio da ALN, que honrando a
memória de seu pai, Genésio Homem de Oliveira, me abriu a rede de contatos em São
Paulo. Agradeço também, meu grande amigo e eterno companheiro, por você ter
reavivado minha paixão revolucionária e minha consciência latino-americana ao me
apresentar Victor Jara.
A Paulo Carvalho, pela força em Belo Horizonte, seja por ocasião deste trabalho
seja por motivos que só pertencem ao baú de segredos de dois grandes amigos que nos
tornamos.
A Reinaldo Guarany Simões, guerrilheiro "faca-grande", por nossos muitos
papos e pelos seus sempre bem humorados questionamentos. Só não aceito concorrer
com você ao Jabuti de ficção.
A Luís Roberto Clauset e a Manoel Cyrillo de Oliveira Neto pelo carinho e pelos
bons papos. A Clauset por seus sempre valorosos conselhos e pelas grandiosas
oportunidades, e ao Maneco pelo respeito (como ele diz, "avalie a magnitude do respeito
de uma personagem – mesmo que seja a de um guerrilheiro – diante da (oni)presença de
sua autora").
A meu orientador, Marco Aurélio Santana, quem primeiro acreditou em mim e
estendeu-me a mão. Ensinou-me que ousadia é diferente de precipitação, e nossa
convivência me marcou muito pelas críticas sutis, mas contundentes.
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Ao NETS (Núcleo de Estudos e Referências sobre Trabalho, Trabalhadores e
Sindicatos), onde trabalhei com o professor Marco Aurélio e com caros colegas que me
permitiram muitas trocas.
A UNIRIO, por me proporcionar as experiências mais significativas possíveis em
termos de conhecimento e por fazer de mim uma historiadora.
A Icléia Thiesen, grande amiga, pelo carinho e preocupação que sempre
demonstrou, pela sensibilidade diante de minhas angústias e pelas muitas lições de vida.
Exemplo de mulher que me inspira pela força, competência, equilíbrio e sensatez.
Aos amigos do trabalho, com quem muito aprendi no último ano e presenciaram
minha "transformação": A Ana e a Chris, que viram desmoronar minha coleção de
certezas absolutas e conferiram a mim a leveza necessária para viver, e não "encarar" a
vida; a Victor, Patrícia, Célia, Fátima e Silvana, seres preciosos de características
radicalmente distintas uns dos outros e que por isso mesmo me permitem partilhar o que
há de mais diverso possível; a Leyla, minha mãe adotiva, quem muito me abriu os olhos
em diversos momentos e cuja maior luta foi tentar me convencer da existência do
operário taxista (sic). Ao Roberto, quem muito contribuiu com este trabalho ao saber
compreender minhas ausências.
Aos puros e muitos amigos dos bancos escolares de meus primeiros anos. Aos
poucos, mas valorosos, da faculdade, que buscaram se eximir da torpe vaidade
acadêmica.
Aos muitos outros amigos, os presentes e os ausentes com quem sei que posso
contar, anjos que sempre souberam muito bem rir e chorar junto. Cada um a seu modo
contribuiu para que eu me tornasse o que sou hoje, mas responsabilizo-os apenas pelas
minhas qualidades, pois meus defeitos reservo-os à autocrítica.
A Deus, aos deuses, aos espíritos, à natureza, enfim, à Metafísica e a todas as
suas contribuições diretas ou indiretas.
A todos os guerrilheiros que lutaram, tombaram e não tiveram tempo de se
perceber entrando para a História. Fica registrada toda a minha reverência e a promessa
de sempre honrar os seus nomes.
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Em memória de Genésio Homem de Oliveira, guerrilheiro
operário que aprendi a amar.

4 comentários:

  1. Genesio, o Raboti foi um homem dos quais podemos chamar de pequeno gigante! Não se acovardou diante da ditadura militar e diante do que lhe era apresentado no momento não teve dúvidas em aderir à luta armada. Genésio não morreu e nem nunca morrerá, às vezes pela manhã levanto e lembro quando, logo cedo, me ligava fosse para contar uma inteligente piada ou mesmo para contar seus pr´´oprios casos. Ainda vamos conhecer o Rabote.
    Parabéns Edileuza por lembrar de resgatar uma importante figura da nossa histária.
    Porem nem tudo está perdido seu filho, Carlos Henrique de Oliveira, certamente dará continuidade a história desse gigante.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Um ícone brasileiro..onde poucos o conhecem mas quem conhece sabe que muitos o conhecem!

    Constata-se que, apesar de torturado e sob ameaça de novas sevícias, Genésio não disse absolutamente nada que pudesse levar à prisão de militantes da resistência ou, de alguma outra forma, contribuir para os objetivos da repressão policial a serviço da ditadura militar.

    Uma pessoa íntegra, merecedora do respeito e da estima de todos os que com ela conviveram no cárcere e no decorrer dos anos de chumbo da recente história nacional.

    Processo n. 263.860

    Interessado: GENÉSIO HOMEM DE OLIVEIRA

    Decisão: deferimento do pedido e indenização fixada de acordo com a Lei 10.726.

    Além de tudo que tentaram e que foi feito com esse GRANDE homem e ainda mais sem falar uma sequer palavra....

    EU, Vittor de Oliveira Ferreira, tenho orgulho imenso de ser NETO desse bravo guerrilheiro, humilde e amigo, meu eterno AVÔ!
    Dos atos de bravura em combate, de sua dedicação até a morte, eis o coração do povo onde cumpriu seu dever!

    Lágrimas caem no meu rosto quando toco em seu nome...lembranças ficaram...saudades imensas do meu velho!

    você meu vô está muito bem representado por amigos , onde considero como familia!

    Obrigado meus amigos por não deixar esse cara deixar a gente!

    beijos e abraços revolucionários

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    1. Ola, alguem poderia me passar algumas informações sobre Genésio.
      Atualmente interpreto esse guerrilheiro em uma peça de teatro, e gostaria de saber mais sobre sua historia.
      Rafael Torres..
      Contato
      rafaeltorres_rst@hotmail.com

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