Organização Cultural de Defesa da Cidadania - Entidade Apartidária

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

INDIGNAÇÃO & SILENCIO (S)

A OCDC - ORGANIZAÇÃO CULTURAL DE DEFESA DA CIDADANIA ENTENDE QUE A DEFESA DA CIDADANIA EFETIVA PASSA PELO RESGATE DA CIDADANIA DIGNA, RESPEITADA EM TODAS AS MANEIRAS DE SER.

Sendo este espaço reservado á LIBERDADE DE EXPRESSÃO surgiu a necessidade de exteriorizar publicamente os sentimentos de indignação que domina há muitos anos o nosso cotidiano. Isto leva a refletir sobre as estranhas ligações entre silêncios, omissões e passividade sob o enfoque dos quentes acontecimentos mundiais ao Norte da África e proximidades.

Durante o mês de setembro próximo apresentaremos aos nossos leitores divagações de quem há muito tempo está indignado ao ver como um país tão rico como o Brasil dilapida fortunas colossais sem nunca resolver seus graves problemas internos.

Há um estranho silencio composto por uma soma de silêncios que dominaram e ainda dominam a nossa História no momento que lá fora o momento é da quebra do silencio que parece predominar e liberar a ira de massas incontidas clamando por Liberdade e Democracia.

Ao leitor será preciso de uma longa paciência, pois de divagação em divagação, a mente da gente acaba abraçando a História contemporânea além dos limites dos eventos relatados.

Por ser um blog de Defesa da Cidadania é natural focar o fato de que abusos contínuos à dignidade humana, ao longo dos anos, acabaram por levar massas de diversos países, iradas, às ruas, com as conseqüências que estamos assistindo e de futuro ainda imprevisivél.

Escutamos de cara oescritor Amim Maluf, radicado na França, citar num dos seus livros esta sentença premonitória:

“ J’ai la profonde conviction, en ce début de siecle (1900) que, si l’Orient ne parvient pas a se réveiller, bientôt c’est l’Occident qui ne pourra plus dormir.” Amin Maluf Saramande La fin du millénaire

"Eu tenho a profunda convicção, neste inicio de século, 1900, que, se o Oriente não conseguir despertar. logo logo é o Ocidente que não vai mais conseguir dormir. "

Os últimos acontecimentos mostram isto. Tunísia, Egito, Líbia, regimes abalados do Iemen e Síria. mobilizando massas importantes em Israel pedindo mais presença social do governo, criando graves problemas para Europa com a questão cada vez mais crucial da fuga em massa em busca de paraísos de paz (e possível trabalho). Mal se sabe onde vão parar ainda. Mas já criaram perplexidades, angústias e medos diante dos próximos a cair e das incertezas do que advirá de tudo isto. Gente conciliadora e disposta a dialogar ou gente cheia de hostilidades semeando mais ódios e mais obscurantismo? O importante agora é que a quebra do silencio e suas consequencias vão exigir respostas onde a dignidade humana será a palavra chave. Inchallah! Oxala! Tomára! Até breve e boa reflexão...Teo

domingo, 21 de agosto de 2011

Onde começou o CEO





* Publicado no então Jornal da Vila Sônia, às vésperas da posse da Prefeita Marta Suplicy, este artigo delineou o que deveria ser um CEO (a sigla CEU tinha sido descartada, por pretensiosa). Das ideias abaixo, o autor deixou de defender a Universidade Municipal, porque as vagas pedidas foram aumentadas nas universidades federais e estaduais. Exemplar do Jornal com o artigo foi entregue ao então futuro Secretário de Finanças da Prefeitura João Sayad.
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Fazer da cidade um jardim



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Cacildo Marques (*)



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* Se os antifascistas todos não colaborarmos com a prefeita nos próximos anos, para que sua gestão melhore a cidade, teremos em seguida a eleição do partido da ditadura, o PPB, para comandar o Estado, ou até o país. Um jardim não significa apenas o lugar físico, cheio de árvores e flores. É antes uma metáfora, lançada na recomendação de Voltaire: 'cultiver son jardin', que significa 'manter uma vida saudável, fazendo aquilo que convém e que dá prazer'. Popularmente, fazer de um lugar um jardim é um modo de dizer que se vai transformá-lo num lugar muito bom.



* Mais verbas. Antes de qualquer coisa, temos de pôr 'brainstorms' em ação para trazermos à luz idéias sobre como arrecadar mais, ou como otimizar os recursos disponíveis. E um primeiro lampejo que surge é a respeito da demagógica isenção do IPTU para imóveis abaixo de certo valor, forma marota de compra de votos. Pois os donos de pequenos imóveis são proprietários, livres do aluguel, e podem pagar a cota de IPTU que lhes cabe, e que é pequena. Não se aboliria de chofre a isenção, que isso não seria político, mas deve-se enviar o carnê para todas as propriedades. Aquelas que pela lei atual estão isentas devem receber esse documento com a anotação 'pagamento voluntário'. Pode-se imaginar algum prêmio, que pode ser por sorteio, para incentivar os pagantes dessa modalidade.



* Universidade. Para resgatar a cidade são necessários mais recursos. Pois a universidade municipal, por exemplo, é uma necessidade, uma vez que o número de vagas públicas em cursos universitários é muitíssimo pequeno em São Paulo, e a USP já é uma instituição gigante, não cabendo cobrar dela aumento de vagas.



* Mananciais. Os mananciais devem ser transformados em locais turísticos, com ciclódromos, pistas de'jogging', pomares, gramados para piqueniques, tudo protegido por guardas florestais.



* Rios limpos. Dia desses sonhei que havia acontecido com o córrego que passa perto de casa aquilo que há anos imagino para o Tietê: o esgoto corria em canaleta coberta paralela ao leito límpido e piscoso, sobre o qual não se despejava nenhuma sujeira. Sem mais enchentes. É necessário deixar a chuva voltar a penetrar o solo das ruas e avenidas, pois o fenômeno da enchente surgiu depois que tudo foi coberto com asfalto. Registrei na Biblioteca Nacional anos atrás a idéia dos 'ilhoses de permeabilização', que são anéis de cimento, com grama ou arbusto ao centro, dispostos nas laterais das vias públicas.



* Escolas de período integral. Convém fazer de algumas escolas projetos pilotos de ensino em período integral. Segundo proposta defendida por Roldão Soares e por Eliseu Gabriel, isso deve ocorrer em bairros violentos, nos quais as crianças precisam estar mais resguardadas dos riscos que a rua oferece. Cada uma dessas escolas passa a contar com um local anexo chamado CEO (Centro de Entretenimento e Oficinas), onde o aluno fica um dos períodos do dia, junto com inspetores de alunos, em atividades instrutivas, lúdicas e culturais, como esportes, leituras, treino de datilografia, pesquisas, elaboração de trabalhos das disciplinas da grade regular e assim por diante. O aluno que tem aula no período da manhã fica no CEO à tarde, e vice-versa.



* Novo currículo. A escola continuará um martírio para as crianças se as matérias continuarem como estão. Urge mudar. As dez disciplinas do Ciclo Fundamental I devem ser: Português, Matemática, 'Geometria', Ciências, História, Geografia, 'Ética e Etiqueta', 'Desenho Artístico', 'Canto Coral' e Educação Física. As dez disciplinas do Ciclo Fundamental II (alunos de 12, 13 e 14 anos) devem ser: Português, Matemática, 'Geometria', Ciências (Biologia/Química/Física), História, Geografia, Língua Estrangeira, 'Teoria Musical', 'Técnicas Manuais' e Educação Física.



* A arte do mês. Cada mês do ano deve ser dedicado a uma arte. A Secretaria de Cultura, com patrocínio de empresas privadas, deve promover festivais relativos a cada uma dessas modalidades. Janeiro - Pintura; fevereiro - Escultura; março - Teatro; abril - Desenho e Artes Gráficas; maio - Paisagismo; junho - Dança; julho - Música; agosto - Literatura; setembro - Cine e Vídeo; outubro - Arquitetura; novembro - Culinária; dezembro - Decoração. A indústria do turismo só ganhará.






(*) Cacildo Marques é professor




domingo, 7 de agosto de 2011

Indignaçao e silencio: causas ou consequencias?

Desde os tempos das "Mudanças Já" e da série de eleiçoes posteriores, vi o cenário social brasileiro se deteriorar de maneira preocupante acompanhado sempre de uma sentença portadora de esperança: "pior do que está é impossivel"!
Os diversos governos, todos conhecem de quem se trata, prometeram governar por um Brasil melhor, certos de que o desenvolvimento economico seria consequente de um desenvolvimento social mais equitavel. Todos cantaram vitórias e louvores para si mesmo como se governar bem fosse um favor e não uma obrigaçao. Destes tempos longiquos portadores de esperança portanto foi se desenvolvendo em mim uma espécie de indignaçao permanente, um estado de coisas que me fazia reagir a cada vez que denuncias graves irrompiam no cenário nacional (e internacional, como a situaçao dos clandestinos brasileiros lá fora quando a politica de reciprocidade nunca é aplicada, até hoje). De indignaçao em indignaçao fui colhendo reaçoes que pouco diferiam umas das outras: "Você nao sabe em que pais está" e "no Brasil é assim", triste consolo de quem acredita que uma boa gestao pública, durante algumas décadas, ajudaria a sanar boa parte das mazelas sociais aqui existentes.
Foi assim quando tentei reclamar da Telefoonica no Procon. A pergunta: porque no Brasil a ficha telefonica, hoje cartao, não tem um preço fixo, igual no resto do mundo dito civilizado? Porque a mesma Telf vende cartoes nos terminais rodoviarios como se fossem mercadorias e nao serviços? Na França que saiba, como na Espanha e demais países da U.E. é possivel comprar cartao em qualquer lugar, tabacarias em geral, sem pagar um tostao a mais? O serviço prestado pelos que repassam estes cartoes é embutido no preço público, ficando um acerto interno entre Servidor Publico e seus agentes. Porque aqui não podieria ser igual ao ter-mos a Telefonica espanhola? Resposta: Você nao sabe em que país está? Ademais a legislaçao nacional permite isto. Porque não mudar então? Ah! como a gente é chato quando queremos retificar distorçoes do sistema!
Prometo voltar com mais exemplos destes. Aos leitores e apoiadores de uma cidadania mais respeitada vai o convite de citar seus próprios momentos de perplexidade e indignaçao pessoal.
É preciso que a indginaçao seja pública, quebrando o silencio atual. É preciso que ela saia do campo pessoal para permitir a visão de que são problemas coletivos que atingem todos e todas! Menos aqueles beneficiados por amplos financiamentos públicos que tornam gratuitos serviços de correio, de gasolina, de carros a disposiçao. Esses são cidadaos superiores que vivem fora das fronteiras brasileiras pois acham normal usufruir privilégios enquanto a maioria absoluta da populaçao luta para sair da lamentável sina de tentar sobreviver, a qualquer custo, ao ponto de aceitar que a corrupção desenfreada que assola terras (e vidas) brasileiras nao poupa ninguém de suas consequencias. E nós, cidadãos comuns, sentimo-nos como que abandonados por quem promete maravilhas em momentos de acolher nossos votos nas urnas.
É possivel mudar isto! É possivel mudar este trágico rumo. Vejam lá fora, Paises Arabes, Espanha, Israel, onde as massas lembram aos governos locais que é tempo de ensar a politica diferente.
A indignaçao e a quebra do silencio (no plural seria melhor) são as melhores armas, pacificas é importante dizer isto, para alertar os responsáveis pela catastrofe socioeconomica: cuidado, as juventude particularmente, uqer sair de vãs promessas e buscar novos caminhos que faça da preocupação social um dever básico de qualquer governo, esquerda ou direita.
A juventude que clama por aí e puxa as massas está defendendo seu futuro, sem dúvida. Porém ela não fala somente de seus interesses! Ela deixa claro que é no momento presente que as coisas têm que começar a mudar. Esta juventude é porta-voz de seus pais, seus familiares, de idosos, crianças, desempregados ou empregados precários. Será que no Brasil nada disto é verdade? Será que estámos em outro planeta e que nada disto mexe conosco? Indignaçao? Silencio? Omissão? Participaçao cidadã? Janelas existem, muros invisíveis podem ser derrubados, dependendo das opçes escolhidas!~....Peço desculpas por erros no texto. Mente indignada é dificil de controlar!
Até breve
Teo

H.C; QUANDO A FALTA DE HIGIENE É GRAVE

Sou usuário frequente do HC (Hospital das Clinicas) e venho tornar públicos alguns pontos que me deixam perplexos quanto a este mais famosos centro de saúde do Brasil.
Nao venho falar aqui da competencia profissional dos médicos. Nao é disto qe se trata aqui. Mais competentes que eles sejam, me pergunto como podem conviver, sem eles mesmos se sentirem indignados, mas impotentes, diante do estado dos banheiros públicos da ala conhecida como Predio dos Ambulatórios.
Por ali passam diariamente milhares de pessoas portadores de doenças, uns graves, outros menos, fragilizados por um estado de saúde que os obriga a estar ali. Quem tentou entrar naqueles banheiros? Num Hospital onde uma das maiores preocupaçoes é a infecçao hospitalar, isto nao poderia acontecer. Tenho certeza que nao compete ao médico bverificar o estado dos banheiros nem zelar por sua higiene. A quem compete isto e porque nao tomam as providencias de oferecer a decencia de aendimento a cidadaos justamente que nao reclamam porque (como eu) se sentem privilegiados em relaçao aos demais ao serem atendidos enquanto milhares estão na fila aguardando a sua vez.
Outro ponto grave: os elevadores de acesso que leva a rampa de embarque/desembarque das Rebouças, até a passarela. Ali consta que a prioridade é do cadeirante.....mas o tamanho da gaiola deixa dúvidas quanto a eficiencia deste serviço ao ser bem estreita. São intervençoes pequenas e nao necessariamente custosas que poderiam demostrar mais respeito a cidadania.
Se presidentes, deputados e outros, frequentassem tais banheiros públicos e tais elevadores, certamente a situaçao seria outra. Quando vao normalizar estas anomalias?
Este espaço está aberto para quem quer apontar outras anomalias ou questoes graves relativas a Saúde Pública.
Teo

terça-feira, 26 de julho de 2011

Foi assim que o Mappin faliu




Engraçado e surpreendente!!!



Moisés Rabinovitz consegue finalmente marcar uma hora com o gerente de compras do Mappin.



- Meu nome está Moisés Rabinovitz e eu vende fitas. Eu está conhecido como a melhor vendedor de fitas da mundo todo. Eu vendeu fitas para todos os lojas neste país. O única exceçón, o única falha, é que nunca vendeu nada para a Mappin. Eu se vai aposenta na mês que vem, e gostaria de ter uma história de vendedor perfeito. Eu gostava que a senhor me comprasse algum de meus fitas. Nó precisa compra muita coisa. Pode ser um pedaço pequeno de fita do tamanho que senhor quiser. Eu só quer pode dizer que conseguiu vende os fitas em todos os lojas do Brasil!



O comprador, com um ar de gozador, responde:



- Bem, se for esse seu desejo... Pode me vender um pedaço de fita de tamanho igual à distância entre a ponta do seu nariz e a ponta de seu pinto... ah, ah, ah!



Por um momento Rabinovitz se sente ofendido com as palavras do comprador, mas rapidamente se recupera e diz:



- Sim senhor. E de que cor? De que modelo?



- Sr Rabinovitz, - responde o comprador - eu não me importo com a cor e o modelo. Só quero um pedaço de fita do que vai da ponta do seu nariz à ponta do seu pinto.



Rabinovitz, com toda a cerimônia, tira o talão de pedidos e, emocionado, preenche o campo de "cliente": Mappin! Depois formaliza o pedido, que o comprador assina. Quatro dias depois, telefonam do depósito para o comprador:



- Que história é essa de dezenas de caminhões aqui entregando fitas? O depósito está cheio e ainda continuam chegando. Estão dizendo que foi você que comprou.



O comprador liga para Rabinovitz e explode:



- Rabinovitz, ficou maluco, seu velho tratante! Porque está me mandando todas estas fitas?



- Desculpa, senhor, mas eu está com seu pedido aqui no meu mesa. Mappin pediu "Uma fita de qualquer tamanho e modelo, de comprimento igual à distância entre o ponta de nariz e o ponta da pênis do sr.Rabinovitz".



- Então? Era só isso o que eu queria!



- Acontece que o ponta da meu nariz está aqui, mas o ponta da meu pinto estar no Israel, desde o meu circuncisón...

E foi assim que o Mappin faliu!

*Dedicado ao Teo.
Obs: recebi por email sem indicação do autor.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

OCDC e Saúde Pública




Desenho de Eduardo Souza Camargo - EMEF Des. Theodoro Dias






Reunião de sábado - 2 de julho de 2011





' Nessa última reunião pudemos contar com dois testemunhos diretamente ligados à questão da saúde, tanto na região do Butantã como na saúde em geral em qualquer ponto de São Paulo.


' A Aída e o Nilton focaram essa questão mostrando que tinha chegado o tempo de a OCDC, como entidade que defende a dignidade cidadã em todos os seus aspectos, interceder a favor dos usuários da saúde nessa região, onde fixou justamente a sua base, formando uma aliança natural com todos e todas que expressam a sua indignação com o atual estado de coisas.


' Aída traçou um quadro claro e alarmante onde a sua indignação pessoal achou respaldo nos demais presentes. E o Nilton, forte em sua vivência nessa área, reforçava com informações que vinham completar o quadro em questão.



' À OCDC, além de procurar somar suas forças às vozes que exigem posturas imediatas do Poder Público (Federal, Estadual e Municipal), cabe o papel de transformar essa indignação individual, encontrada inclusive ao redor de nós, nos restaurantes da região, por gente que concorda que é preciso impedir a implosão do sistema de saúde pública diante das graves ocorrências registradas nas diversas unidades de saúde, incluindo as hospitalares. É preciso que as demais entidades da região, que defendem o bem-estar social, venham clamar juntos, publicamente, pela defesa de uma mobilização capaz de salvar vidas e famílias que dependem da precária situação atual.



' O clamor público precisa incorporar essa indignação para transformá-la numa questão de vida ou morte, exigindo dos representantes dos eleitores, em todas as instâncias e câmaras representativas, que olhem de perto o que está realmente acontecendo e agir em consequência.



' É preciso que o Ministério Público fiscalize de perto fatos e denúncias graves, fazendo-se agente de fato da vigilância pelo bem-estar social, da saúde em particular. Ele tem os instrumentos para fiscalizar, exigir esclarecimentos e complemento de informações, estabelecer uma transparência necessária que permita o bom uso das verbas existentes ou o encaminhamento certo de verbas que nunca chegam ao destino certo. É estarrecedor o caso da falta de material de saúde e de higiene.



' O autor destas linhas não esquece a sua perplexidade e indignação, numa de suas hospitalizações, ao ver como garrafas de água eram transformadas em pinicos, toalhas de banho mendigadas, atendentes e pessoal de enfermagem assustados por cenas deprimentes (numa delas, um bêbado enfurecido, totalmente fora de si, derrubando a sua maca, levando junto as demais que estavam ao lado), que nos forçam a perguntar como é possível trabalhar deste jeito, exercer com eficiência uma atividade que lida com a vida e a morte o tempo todo.



' Roldão Soares, vice-presidente da OCDC, expressou a sua indignação pessoal ao ver como o HC praticava uma política dupla, misturando o público e o privado. Por que, questionava ele, o HC dá prioridade aos conveniados dispensados das longas filas e do tempo de espera ante os que chegam ali pelo SUS? Por que uns têm atendimento quase imediato e os outros, isto é, a maioria dos que chegavam ali, tinham de ter uma paciência de Jó? Afirmação amplamente confirmada, recentemente, por importantes jornais de SP, informando inclusive que o atendimento aos particulares ia receber mais atenção e mais recursos ainda. É tolerável esta situação onde cidadãos de um mesmo país, sujeitos à mesma Constituição, recebem tratamento diferenciado de acordo com o seu poder aquisitivo?



' Não vamos ficar indiferentes, omissos ou silenciosos diante de tal situação na saúde pública. A soma das indignações pode resultar num eco tão grande e importante ao ponto de obrigar os responsáveis por este caos a ouvir, olhar e interferir a favor da enorme maioria dos brasileiros que dependem da Saúde Pública.



' Um Brasil na fila do atendimento para mendigar o cumprimento de seus direitos constitucionais destoa escandalosamente desse outro Brasil onde fortunas fabulosas se fazem em poucos anos e onde uma dinheirama de valor desconhecido some todo ano sem que sejam resolvidas necessidades elementares de todos, uma delas a Boa Saúde.



' É preciso, o quanto antes, colocar a questão da Saúde Pública no seu devido plano de urgência urgentíssima, clamando os profissionais do setor a uma mobilização permanente e solidária com as comunidades locais que sofrem a falta total de condições adequadas para atender o seu público.



' Todos e todas têm, pelo menos, uma coisa em comum: a cidadania, que deve ser amplamente reconhecida, respeitada e dignificada! Isto é, atendentes e atendidos, na questão da Saúde, têm tudo a ganhar se o caos atual ceder a vez à eficiência, com o mútuo reconhecimento de que nada mudará se a indiferença continuar acobertando quadros que Aída, Nilton e Roldão, como tantos outros, descrevem ao falar da saúde tão mal gerenciada em todos os seus níveis!



' É tempo de mobilização permanente, que permita expressar publicamente a indignação coletiva.




Toufic Attar - Teo





terça-feira, 7 de junho de 2011

Andronico






EE Andronico de Mello, a escola de ensino médio mais importante da Vila Sônia, não tem mais sua página web no portal Hpg, que acaba de ser fechado. A página do colégio tem novo endereço: